Grite

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Ele me leva até o seu quarto, e eu tremo de frio e fico arrepiada quando minha pele sente o vento frio do ar condicionado.

- Merda, Reiner, tá frio! Desliga isso!

- Vai por mim, já já você esquenta. Mas realmente, está muito frio, e pra completar, está chovendo forte.

Ele vai até as janelas de vidro e fecha as cortinas, mas antes disso eu consigo ver os pingos de chuva que batiam violentamente no vidro da janela. Ele liga as luzes de LED que tinham no teto do seu quarto, em um tom de vermelho, liga o computador e coloca uma música. Enquanto isso, eu caminho de volta a sala onde tínhamos deixado o rum e os copos, e volto para o quarto, fechando a porta atrás de mim.

E mesmo com uma luz fraca e eu meio bêbada, não tinha como não observar cada pedaço daquele homem. Eu me perdi próxima da porta, completamente hipnotizada, olhando seus músculos, suas coxas torneadas, os cabelos molhados, pingando sobre os ombros... eu poderia passar horas o observando, e eu ainda não encontraria defeito nenhum. Eu recobro meus sentidos quando ele olha pra mim e ri, chegando próximo de mim.

- Ei, você tá bem? Tá com uma cara estranha...

- Tô ótima, melhor impossível. Tava só apreciando a paisagem, o próximo navio que a pirata aqui vai saquear. – Eu respondo, com uma voz maliciosa.

- E eu me rendo à pirataria. Não seria diferente, com uma pirata tão linda quanto essa. – Ele responde, pegando um dos copos e o rum da minha mão, e enchendo nossos copos. – E pra completar, ainda estamos bebendo rum. Mais pirata que isso, impossível.

Ele bate o seu copo no meu, e bebe, e eu o acompanho virando o copo. Ele tira o copo da minha mão e o coloca na mesa do computador, junto com a garrafa e seu copo. Ele volta sua atenção a mim, me agarrando forte pela cintura e me puxando para ele, levando seu rosto para o meu pescoço. Eu instintivamente levo minhas mãos ao seu cabelo, dando leves puxões enquanto ele arranhava sua barbar por fazer na minha nuca, e eu ficava arrepiada.

- Sabe, mesmo que seu namoro seja de mentira, eu ainda sou sua amante, certo? Por que, para todos os efeitos, todo mundo acha que seu namoro é de verdade, e você ainda está envolvido com ela.

Ele olha pra mim, confuso.

- Sim..., mas por que você está falando disso agora?

- Bom, eu só estava pensando aqui... – Então eu começo a andar com ele em direção a cama. – Não precisa ser nada romântico, e sinceramente, eu tô afim de fazer muita coisa essa noite com você. Acho que é justo, tendo em vista que ficamos dois meses desejando um ao outro sem poder fazer nada, não é mesmo?

- Aurora... você tá estranha... tô começando a ficar com medo de você.

Eu o empurro em cima da cama, e ele me olha com uma expressão de surpresa.

- Medo de quê? Tenho certeza de que você vai gostar.

Eu pego a garrafa de rum e volto para a cama, e viro a garrafa na minha boca, mas deixo propositalmente um pouco do rum escorrer pelo meu corpo.

- Ah, que droga! Caiu um pouquinho em mim... você pode me ajudar a limpar, por favor?

Ele entende o recado que minha expressão e voz de malícia querem passar, e se ajoelha na cama de frente a mim, e começa a lamber o caminho que o rum fez ao se derramar sobre meu corpo, e eu pendo minha cabeça para trás, gemendo baixinho enquanto a língua dele percorre meus seios e abdômen.

- No seu corpo, o rum fica mil vezes melhor. – ele diz, com seus olhos dourados me fitando.


Fila Ranqueada - Reiner BraunOnde histórias criam vida. Descubra agora