The Untouchables - Ruthless People Livro 2

4

"Honestamente, eu não entendo
porque as pessoas ficam tão animadas
com um pequeno assassinato!"
- Patricia Highsmith

CHRISTOPHER

— PORRA! — eu gritei, enquanto eu pressionava minha coxa.

Essa foi a segunda vez que essa mulher tinha atirado em mim. A bala atingiu de raspão a minha coxa, mas ainda doía pra caralho. Se não fosse por esse silenciador, todo o maldito hotel teria ouvido. Eu percebi que Declan e Coraline tinham fugido.

— Agora você tem um par igual. — ela me olhou e, sem pensar, eu avancei em cima dela a forçando para o chão e prendendo seus braços para baixo.

— Você está me dando nos nervos, mulher! — eu gritei quando ela me agarrou.

— Eu poderia dizer o mesmo sobre você!

— Juro por Deus, se acalma porra.

Ela olhou para mim com uma raiva tão grande, seus olhos castanhos claros agora pareciam pretos. Ela lutou, tentando me afastar, mas apesar de suas habilidades, ela ainda era muito menor do que eu.

Quando parecia que ela tinha desistido, a filha da puta mordeu meu lábio inferior tão forte que eu senti o gosto de sangue. Soltei as mãos dela e ela aproveitou a oportunidade para me dar um soco antes de me tirar de cima dela.

— Juro por tudo o que é mais sagrado — ela sussurrou, logo antes de esticar as pernas para me chutar.

Ela estendeu a mão para o abajur e atirou na minha cabeça. Reagindo rapidamente, eu abaixei e senti seu pé colidindo com minha mandíbula.

Limpando o sangue do meu queixo, eu já estava melhor. Quando ela tentou me chutar novamente, eu agarrei seu braço e a puxei para mim antes de forçar seu corpo no espelho. Ele quebrou com o impacto.

Como uma cobra, ela embrulhou o corpo dela ao redor do meu, apertando com força, o que tornou quase impossível eu me soltar. Girando para outra parede, eu novamente bati as costas dela contra ela e ela me soltou. Prendendo minha mão em seu pescoço, eu segurei minha arma na sua cabeça. O olhar em seus olhos me assombrou. Eles não estavam mais escuros, mas cheios de uma dor que estava matando sua raiva e desabando a minha.

— Faça isso — ela disse. — Puxe o gatilho, Christopher.

— Você é louca — eu disse a ela antes de beijá-la com força.

Ela tinha que estar louca para pensar que eu iria querer matá-la, que eu consideraria até mesmo puxar o gatilho, que eu iria traí-la. Eu só queria que ela se acalmasse, que ela soubesse que eu a amava.

Rasguei o vestido dela e o puxei do seu corpo, tirei o sutiã e joguei ao lado do vestido.

— Você realmente tem um problema com a minha roupa — disse ela, quebrando nosso beijo quando ela enrolou as pernas em volta de mim.

— Sim.  Então, pare de usar perto de mim.

Antes que ela pudesse falar, eu a penetrei e ela se arqueou contra a parede puxando meu cabelo.

— Ahh — sua boca se abriu enquanto seu corpo tremia em estado de choque e prazer.

Tanto quanto eu a amava, eu ainda estava chateado por ela ter atirado em mim... de novo. Eu ainda queria bater nela, mas eu queria que fodê-la em vez disso.

— Christopher...

Eu apertei suas coxas, impulsionando para frente de novo e de novo. Suas unhas cravaram em meus ombros. Quanto mais rápido eu ia, mais alto seus gemidos ficavam.