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"As ações são a primeira tragédia na vida,
as palavras são a segunda. As palavras são
talvez a pior. As palavras são impiedosas..."
- Oscar Wilde

CORALINE

Eu costumava odiar hospitais. Todo mundo estava morrendo ou já estava morto. Mas agora eu sentia que ia morrer de emoção. Ou nervosismo.

— O que você tem que está parecendo uma lâmpada megawatt? — perguntou Olivia, sentada à minha frente e calmamente verificando seu telefone.

— O quê?

— Seu rosto. Parece como se você estivesse prestes a sair em um show de música. Que é um pouco fodido vendo que Dulce está quase perdendo o bebê novamente.

Olivia era uma vadia.

— Olivia, você não sabe nada. — Poncho sussurrou.

— Ela estava sangrando, tenho certeza que os jornais estão falando disso agora...

— A menos que você magicamente tenha virado uma médica nas últimas duas horas, cale a boca, Olivia. Você não sabe de merda nenhuma. — Eu não consegui não gritar com ela.

Revirando os olhos azuis para mim, ela franziu a testa.

— Eu me esqueci, você é pau mandado dela. Eu me pergunto quanto tempo isso vai durar, talvez quando ela planejar matar o seu pai.

— Olivia, já chega. — Poncho segurou seu braço.

— Você iria matá-lo, não é? — Ela o olhou com os olhos frios.

— Esse não é o momento nem o lugar para isso. — ele sussurrou para ela.

— Para que? Para discutir sua lealdade? Porque, aparentemente, você não pode sequer lutar por mim, sua esposa. Outros homens movem céus e terra. Você, por outro lado, não dá a mínima. É tudo sobre a fudida da Dulce María, mas agora o karma está batendo na porta dela. Então para com isso. — ela gritou.

Ela ia se levantar, mas antes que fizesse, Declan apareceu sorrindo.

— Ela está bem. Assim como o filho dela.

— Um menino? — eu pulei em seus braços. — Evelyn deve estar nos céus agora.

— Quem foi que disse que Deus não tinha seus favoritos? — Olivia zombou e saiu.

— Diga a Christopher que eu disse parabéns. — disse Poncho, apertando a mão de Declan e saiu atrás de Olivia.

— Olivia está me deixando maluca. — eu sussurrei, me agarrando a ele.

Beijando meu nariz, ele apenas sorriu.

— O quê?

— Dulce está bem. Nós estamos em um hospital e agora podemos descobrir se você está ou não grávida. — ele sussurrou.

Mordendo os lábios, eu concordei e ele me levou para a recepção.

— Nós podemos fazer um teste de gravidez agora? — ele piscou para a mulher que sorriu.

— Se eu estiver, Evelyn vai ter um ataque cardíaco se disser a ela agora.

— Então nós vamos dizer mais tarde e tornar isso nosso pequeno segredo por enquanto. — ele sorriu, beijando minha bochecha.

OLIVIA

Não é justo. Eu estava sempre observando enquanto todos os outros avançavam, enquanto eu estava presa. Dulce era uma cadela do mal! Ela quebrou todas as leis, todos os mandamentos de Deus e ainda assim, sua vida era perfeita. A vida dela era do jeito que ela queria que fosse.

The Untouchables - Ruthless People Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora