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"Reis matam por impérios,
loucos por aplausos".
- John Dryden

Dulce María

Eu sabia que era ele e ele sabia que eu estava acordada. Como alguém conseguiria dormir com ele batendo as gavetas da cômoda bem alto? Eu queria dizer a ele a atualização sobre o bebê e perguntar o que tinha acontecido para ele estar tão bravo, mas ele estava me irritando!

SLAM!

— Nós estamos aqui há uma semana — eu disse. — Não tem nada no maldito armário! Então, ou você pare de bater ou me deixe sozinha.

— É claro, vossa alteza! Deus me livre fazer você se sentir desconfortável. — ele bateu a cômoda tão forte que os livros em cima dela caíram.

Suspirando, eu mordi a língua, tentando não gritar com ele.

SLAM!

— URGH! — eu gritei, puxando o travesseiro e jogando em seu rosto.

Ele pegou o travesseiro com facilidade e eu levantei da cama, mas ele fingiu que nem percebeu.

— Vocês, homens e seus padrões estúpidos. Quantas empregadas você já fodeu, Christopher? Quantos delas ainda trabalham na nossa casa? Eu não sou sua...

— É aí que você está errada! — ele gritou. — Você é minha! Mas você sempre está empenhada em me lembrar que você não pertence a ninguém a não ser você mesma. É o meu último nome ligado ao seu. Você pertence a mim! E eu pertenço a você e quanto mais cedo você conseguir por isso na sua cabeça dura, menos cabelos brancos eu vou ter!

— Eu tenho uma cabeça dura? Você é a pessoa... — eu parei de falar e apertei a minha barriga quando senti dor.

— Amor? — Christopher se apressou, me puxando.

— Oh agora é "amor"? — eu disse, o empurrando enquanto eu cambaleava até a cama. — Droga, garoto, você não pode estar do lado dele.

— Dul. — ele chamou, me puxando para mais perto dele na cama. — O que aconteceu?

— O garoto mexeu depois que você saiu hoje. Não doeu, mas agora dói. — Suspirando, eu me inclinei, massageando minha barriga.

Deitando ao meu lado, ele massageou minha barriga lentamente.

— Você está bebendo o chá?

— Ugh, eu estou tão cansada de beber essa porcaria. Mas se isso vai ajudar, então eu vou beber um pouco amanhã.

— Quando voltarmos para os Estados Unidos, vamos tentar outra coisa. — respondeu ele, beijando meu ombro.

— Eu ainda estou chateada com você — eu disse suavemente, me inclinando nele.

— Mas eu não consigo ficar chateado com você, porque você está carregando o meu filho, e falando sobre moral. — respondeu ele.

— Christopher, eu não tenho vergonha do meu passado. Muito antes de você aparecer, eu transei com...

— Ahh não, eu ja entendi! Não precisa dizer. — Ele fez uma careta.

— Os homens nunca vão mudar. — eu ri, deitando enquanto a música começava a fluir através das janelas. Era estranho, era como se mil irlandeses bêbados tentavam cantar para a lua.

— O que é esse festival?

Christopher ouviu a música em silêncio por um tempo antes de se sentar.

The Untouchables - Ruthless People Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora