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"Eu vou te matar em poucos minutos.
Vai ser bom para você."
- Frederick Weisel

Christopher

— Vamos ficar no castelo? — perguntou Coraline, sorrindo pela janela do avião. — Eu não piso lá desde que nos casamos.

Eu me virei e olhei para Declan que sorria enquanto olhava para Coraline.

— Eu não sei. Christopher? — ele se virou para mim.

Revirei os olhos e balancei a cabeça, sabendo que eles não ficariam felizes com o lugar que iríamos ficar.

— Christopher — minha mãe disse.

— Não me diga que... — Lorenzo disse, ajeitando a gravata quando me olhava com raiva.

— Não diga a ele o que?

— Christopher...

— Nós vamos ficar na casa de Shamus, na vila — eu disse, apertando a ponta do meu nariz.

— Na casa de Shamus? — Coraline repetiu suavemente. — Na casa do cara que todo mundo acredita que foi assassinado na nossa casa, o homem que vive nas colinas da Irlanda, com seus homens... homens muito leais?

— Não Coraline, o Shamus da máfia passada. — Ironizei.

Ela franziu a testa, se inclinando para trás e Declan me olhou com raiva.

Mas, um pequeno riso ecoou da mulher na minha frente. Olhei para ela, e notei que ela não estava dormindo como eu pensava.

— Eu não sabia que você estava acordada.

— Quem consegue dormir com todo esse barulho? — Ela revirou os olhos para mim. — Então, a casa de Shamus... — ela sorriu, se recostando. — Um pouco mórbido, você não acha?

— Você também não — Eu gemi.

— Mórbido, mas não é ruim. Afinal de contas, os romanos matavam e fizeram a sua própria casa...

— Sim e o Império Romano caiu — meu pai a interrompeu.

Minha mãe balançou a cabeça para ele, folheando a revista como se nada tivesse acontecendo.

— Sim — afirmou Dulce, seus olhos frios. — O Império Romano caiu e ainda assim, os italianos tem toda a glória. Os ternos e os sapatos que você usa, são feitos de onde? — ela disse. — Você não é poderoso a menos que tenha algo italiano.

Revirei os olhos.

— O seu ego agora-

— Qual era o nome daquele carro que você estava tentando comprar?

— Ferrari En... — Declan parou de falar quando meu pai deu um tapa na cabeça dele.

— Não é ego quando você sabe a verdade.

Dulce sorriu e deitou novamente na cadeira. Ela esfregou as têmporas e fechou os olhos mais uma vez. As dores de cabeça dela foram se tornando cada vez mais frequentes a cada dia que passava.

O médico nos disse que ela e o bebê estavam bem e que eu não deveria me preocupar. Mas como eu poderia não me preocupar quando a mulher que eu quase nunca vejo fazer uma careta de dor não conseguia sequer levantar a cabeça?

— Pare de me olhar assim. Eu estou bem, eu vi o maldito médico. Seu bebê só está fodendo com a minha mente antes dele nascer — disse ela com os olhos fechados.

— Como ele se tornou só meu de repente? — Eu bufei.

Ela abriu os olhos e me olhou.

— Ele? Sinto muito, você e Deus tiveram uma conversa privada sem mim?

The Untouchables - Ruthless People Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora