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"Ser poderoso é como ser uma senhora...
Se você tem que dizer às pessoas
quem você é, você não é".
- Margaret Thatcher

DULCE MARIA

Batendo os dedos sobre a mesa, eu revirei os olhos enquanto as pesquisas apareciam no meu celular.

— Eu vou matar o seu irmão, Christopher. Eu juro.

Pegando o meu celular da minha mão, ele enfiou a mão no bolso da frente e se inclinou na cadeira folheando o seu livro.

— As pesquisas políticas não significam merda nenhuma. Não tem porque se preocupar com isso. Assim que desembarcarmos, vamos arrumar isso.

— Ele citou Shakespeare hoje de manhã. — Declan riu.

— Sério? — Coraline sorriu.

— Vocês podem parar de agir como se meu filho fosse um sem cérebro? Os talentos de Poncho são muito maiores do que seus defeitos. — Evelyn franziu a testa, enquanto bebia o seu café.

— Claro, mãe...

— De qualquer forma! — eu disse, tentando voltar ao tópico. — Eu disse para ele para nivelar o campo de jogo, mas aqui estamos nós, de mãos atadas. Essa estúpida deveria estar de luto pela morte do marido, não concorrendo a presidência no lugar dele!

Rindo, Christopher sacudiu a cabeça para mim, mas antes que ele pudesse falar, a voz de Jinx veio pelo interfone:

— Senhor, senhora, estaremos chegando ao Aeroporto Internacional de Chicago em dez.

Suspirando, afivelei de volta o meu cinto. Olhei para minha barriga. Quando ela tinha ficado tão grande?

Levantei minha cabeça novamente e notei que Christopher, Coraline e Evelyn estavam olhando para minha barriga também.

— Declan, entre em contato com Roy e pergunte sobre a cocaína pura. — eu disse, tentando desviar a atenção deles.

— Cocaína pura? — perguntou Lorenzo — Quanto?

— Oito mil — eu respondi. — É muito, mas queremos ter certeza que é puro.

— Se for, de onde um traficante de baixo nível como Roy conseguiu cocaína pura? — perguntou Christopher, me olhando nos olhos.

Eu os li por um tempo e entendi o que ele estava querendo dizer.

— Você acha que é uma armadilha.

— Quantas vezes você se depara com cocaína pura como aquela que ele está vendendo? — ele tinha um ponto.

— Você confia nele? — Coraline perguntou, quase muito inocentemente.

— Eu não confio em ninguém. — fiz uma pausa, e olhei para Christopher. — Eu não confio em ninguém, apenas na família. O que devemos fazer?

— Declan e eu iremos. — Lorenzo afirmou quando o avião começou a descer.

— E eu vou esperar por perto para observar.

— Muitos membros da família em um só lugar. Se isso for uma armadilha, a polícia vai estar lá — Declan acrescentou.

— O presidente acabou de ser assassinado — Evelyn lembrou, segurando em seu assento quando os pneus tocaram o chão. — Você realmente acha que eles fariam uma operação policial agora?

Ela tinha um ponto.

— Nós chegamos. — disse Jinx.

Christopher revirou os olhos e levantou.

The Untouchables - Ruthless People Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora