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"Todas as coisas boas são difíceis de alcançar, e coisas ruins são muito fáceis de obter".
- Confúcio

Christopher

— Por favor, me diz que o que eu ouvi está errado.

Lorenzo suspirou, se servindo de um copo de conhaque.

— Eu não tenho medo, filho. Aparentemente, seu avô irá fazer uma parada nos Estados Unidos.

— Mas meu avô odeia a América — Declan disse o óbvio, me fazendo querer jogar meu copo na sua cara.

Dulce se encostou na mesa, me obrigando a me acalmar com seus olhos. Ela poderia controlar o que eu estava sentindo com apenas seus lindos olhos castanhos. Mas ela não conseguia entender o quanto eu odiava o meu avô e o quanto ele me odiava.

— Quando ele vai estar aqui? — perguntou Poncho, não se importando muito. De todos, ele era o único que nosso avô "gostava". Se Poncho não tivesse no seu caminho, o nosso avô teria me matado há muito tempo.

— Eu não dou à mínima, ele não vai se hospedar aqui! Ele pode tirar a sua bunda velha e enfiar...

— Enfiar aonde, neto? — o próprio diabo disse, vestido em um terno de dez mil dólares, enquanto a minha mãe abria a porta para ele e seus três guarda-costas.

Meu pai, Poncho, Declan e até mesmo minha própria mãe ficaram eretos, cada um deles deu ao meu avô o respeito do seu título. Eu posso ser a pessoa que cuidava do clã Uckermann agora, mas meu avô foi quem construiu. Ele era o original. Antes dele, nós éramos um bando de criminosos de rua. Um dia, ele retrucou e tirou o título do filho da puta. A guerra estourou. Meu avô tinha três habilidades muito simples: matar, roubar e pensar. Se ele quisesse alguma coisa, ele conseguia.

— Acho que ele ia dizer, "enfiar isso em sua bunda velha". — disse Dulce com facilidade, fazendo com que toda a família ficasse quieta.

Não importava o quão poderoso eu era, eu não poderia falar com ele assim. Quando o nosso avô levou o negócio para a família, ele mandou o meu pai assinar um contrato - o mesmo que eu tinha que assinar - afirmando que ele iria ficar com cinco por cento de tudo e que ele sempre seria tratado com respeito. Tudo isso estava no papel como se isso fosse algum tipo de acordo de negócios.

Sua mão velha e enrugada firmemente apertou o seu bastão de madeira quando ele deu um passo em frente.

Quando crianças, Declan e eu costumávamos brincar que ele tinha poucas rugas porque isso iria assustá-lo quando ele se olhasse no espelho. Embora agora ele parecesse um pouco desgastado.

— Você deve ser a vaca italiana que agora partilha o meu sobrenome. — ele a olhou de cima a baixo com desgosto.

Dulce foi para trás da mesa e ficou de frente ao rosto dele, fazendo com que seus guarda-costas dessem um passo a frente.

— Velho, você está na minha casa. Isso faz de você um maldito convidado. Eu não te devo merda nenhuma e você vai me respeitar se você quiser o meu respeito. Meu nome é Dulce María. Sra. Uckermann se isso combina com você, mas... — ela se inclinou fazendo com que seus narizes quase se tocassem. Ela era menor, mas os saltos pretos ajudaram. — Se alguma vez você me chamar de vaca de novo, eu vou te matar lentamente. E eu não me importo quantos guardas você tem.

Dois de seus guarda-costas sacaram suas armas e o último tinha uma faca escondida na manga.

Merda. Eu pensei enquanto ela puxava a arma. Declan e Poncho já estavam ao seu lado a apoiando. Meu pai apenas revirou os olhos e levou a minha mãe para o canto.

The Untouchables - Ruthless People Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora