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Dulce María

— Me mate... — eu disse quando eles trouxeram outra pintura. O dinheiro que levantassem iria para a construção de alguma escola primária.

— Agora vamos, senhoras, soltem esses cheques, chame seus maridos se necessário. Essa escola é muito importante! — a mulher na frente gritou.

Eu estava segurando um garfo pequeno. Eu sabia que podia jogá-lo com força para calá-la. Mas, Evelyn colocou a mão no meu pulso e pegou o garfo de mim.

Eu suspirei e me sentei na minha cadeira, observando as mulheres pagarem de 5 a 900 dólares para qualquer obra de arte.

— Obrigado a todos, nós estamos indo muito bem, só temos dezenove pinturas sobrando! Vamos, senhoras, eu sei que vocês querem — a mulher estúpida disse de novo.

Dezenove pinturas ainda? Eu não consigo fazer isso. Vou arrancar os meus próprios olhos com uma colher se eu tiver que esperar e ver mais uma pintura.

Me levantei e todo mundo se virou para me olhar, dei o meu melhor sorriso.

— Será que $250.000 compra todos?

Houve suspiros, seguidos por uma salva de palmas enquanto a mulher olhava para mim espantada.

— Sra. Uckermann, você realmente é uma dádiva de Deus. Muito obrigada! — ela disse, começando os aplausos mais uma vez. Eu sorri e acenei como uma boneca, me sentando no meu lugar novamente.

— Agora vamos ter que aparecer em cada mostra de arte em cada maldito mês. — Olivia suspirou.

— Isso conclui a nossa tarde. Suas obras serão enviadas a você nessa noite! — disse a mulher.

Eu assinei um cheque e nós corremos para fora de lá. Quando entramos no carro Coraline caiu na gargalhada.

— Graças a Deus. Chegamos tarde e mesmo assim parecia que estávamos lá desde sempre.

— Agora vocês sabe como me sinto. Como vocês se atrevem a me deixar sozinha com essas pessoas? — Evelyn zombou, pegando o telefone.

— Sinto muito, mas Deus vem em primeiro lugar, o que eu posso fazer? — Eu disse.

— Eu não posso acreditar que você comprou todas essas pinturas. Onde você vai colocá-las? — perguntou Olivia.

— Eu não sei e eu não me importo. Eu só tinha que sair daquele lugar.

Coraline olhou pela janela e franziu a testa.

— Essa não é a direção de casa.

— É porque Olivia e eu estamos indo até um pit stop — eu respondi, fazendo com que Evelyn e Coraline me olhassem e Olivia congelasse.

Eu não contei a Olivia antes porque eu não queria que ela pensasse nisso. Era tão clichê: um armazém. Isso porque Christopher não queria que eu levasse o desgraçado para nossa casa.

Quando nós chegamos, o motorista abriu a porta para Olivia e eu vi Franco, juntamente com quatro outros atiradores nos telhados.

— Eu estou indo. — Evelyn saiu junto com Coraline.

— Essa não é uma viagem de campo e mesmo se fosse, eu seria a pessoa que assina a maldita permissão. — eu disse a ambas.

Mas Evelyn se aproximou e me olhou nos olhos mortalmente.

— Eu vou. Tente me impedir, querida. — ela me olhou.

— Dulce, você não quer adicionar à sua ficha que você passou mais de uma hora na confissão — Coraline disse rapidamente, tentando entrar entre Evelyn e eu.

The Untouchables - Ruthless People Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora