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CHRISTOPHER

Eu não sei o que aconteceu. Foi tudo um borrão. Num momento eu estava admirando ela, tão orgulhoso de que ela tinha sido aberta comigo. E depois, eu estava cercado pela imprensa enquanto eu a levava para uma ambulância. Eu não tinha certeza se eu tinha ficado surdo ou se meu cérebro foi momentaneamente desligado.

Durante a ida até o hospital, tudo estava se movendo tão rapidamente. Dulce estava apertando minha mão tão fortemente, e ainda assim eu estava congelado, sem saber o que estava acontecendo, sem saber o que dizer ou o que fazer, então eu segurei sua mão, massageei seus cabelos e beijei a sua testa.

Quando entramos no hospital, eles a levaram, cortando o seu vestido. A enfermeira já estava se preparando para pôr IV em seu braço, mas eu estendi a mão para detê-la.

— Nós não queremos as drogas.

— Sr. Uckermann...

— Seu trabalho é ajudá-la, não torná-la pior. — eu respondi com raiva.

— Sr. Uckermann, me desculpe, mas isso vai doer antes que fique melhor. De qualquer jeito, ela vai precisar de fluidos e os analgésicos têm uma dupla finalidade. Ela precisa estar calma ou corremos o risco de perder o bebê. — ela estalou de volta.

A enfermeira olhou diretamente para mim, esperando que eu soltasse o seu braço e quando o fiz, ela enfiou uma agulha no braço de Dulce.

— Nós vamos precisar de um ultrassom — ela falou para mim, ainda pressionando a barriga de Dulce.

Cada vez que ela aplicava pressão, Dulce apertava a minha mão. Foi assim por minutos até que Dulce parou e seu corpo relaxou.

— Você está horrível. — ela sussurrou com um sorriso.

— Assim como todos os homens quando as suas esposas decidem aprontar com eles. — Eu sussurrei de volta, me ajoelhando ao seu lado.

Ela revirou os olhos para mim e olhou para a enfermeira.

— O que você está me dando?

— Paracetamol. — a médica de cabelos loiros sorriu, enquanto ela agarrava o ultrassom. — Não se preocupe, é seguro.

— O que há de errado com ela, doutora...?

— Dr. Lewis. — ela corrigiu. — Dr. Amy Lewis, nos encontramos no ano passado e eu só quero...

— Primeira pergunta: o que há de errado comigo? — perguntou Dulce, indo direto ao ponto. — Pergunta dois: como está o meu bebê?

— Estou verificando seu bebê agora, mas ele ou ela deve estar muito bem. — disse ela, enquanto a enfermeira fechava a porta e a trancava. — Sra. Uckermann, do que podemos dizer, você tem pré-eclâmpsia. Não é uma ameaça à vida, ainda. Mas a sua pressão arterial está muito alta, e se caso não abaixar, há uma grande possibilidade de você desenvolver eclampsia, que pode ser perigoso para a sua saúde e a de seu filho. Você vai precisar ter calma nas próximas semanas, certo? — levantando o vestido e colocando um cobertor sobre as pernas dela, Dr. Lewis colocou algum tipo de gel na barriga de Dulce.

— Calma? Como ficar calma na cama?

— Não, eu não acho que seja tão grave ainda, mas eu honestamente recomendo ficar algum tempo fora do trabalho.

— A Sra. Uckermann realmente trabalha? — a enfermeira sussurrou atrás de nós, sem saber que eu podia ouvi-la e eu estava prestes a estrangulá-la com a IV de Dulce. Mas antes que eu pudesse comentar, uma pequena lufada ecoou pela sala.

— Isso é o batimento cardíaco do bebê.

Dulce sorriu, levando a mão até a sua barriga enquanto o barulho continuou. Ele era forte e bonito ao mesmo tempo. Era como uma música que eu poderia escutar pelo resto da minha vida, e eu não conseguia tirar os olhos do retrato preto e branco no monitor.

Sorrindo, a Dra. Lewis olhou para a tela, movendo o dispositivo na barriga de Dulce.

— Querem saber o sexo?

— Sim.

— Não.

— Não? — eu olhei para ela. Iríamos descobrir o sexo, agora.

— Seus pais queriam descobrir conosco. Evelyn me encurralou no carro. Ela está aqui?

Eu não fazia ideia. Tudo tinha acontecido tão rapidamente e minha principal preocupação foi trazê-la aqui o mais rápido possível.

— Você pode verificar se o resto da família Uckermann chegou? — Dra. Lewis instruiu a uma enfermeira.

Dulce estava lutando contra o sono. Nós estávamos quase 18 horas sem dormir. Ela precisava descansar mais.

— Não podemos descobrir uma segunda vez com eles na sala? Eu tenho certeza que eu posso fingir um rosto surpreso.

Com os olhos entreabertos, ela balançou a cabeça.

— Isso é o mínimo que posso fazer por sua mãe. Além disso, talvez ela fique um pouco mais calma.

— Aparentemente você não conhece minha mãe.

— Já está reclamando, filho?

Falam de anjos e eles aparecem.

Vindo até nós, minha mãe e meu pai pararam ao lado da cama, e ela beijou a testa de Dulce.

— Você nos deu um susto, jovem. — meu pai disse a ela.

Rindo, ela pegou sua mão.

— Lorenzo, você e eu sabemos que você estava ansioso para fugir daquele jantar de política.

Ele sorriu e beijou sua testa.

— O bebê está bem? — perguntou Evelyn, hipnotizada na tela preta e branca.

— Posso dizer o sexo agora? — Dra. Lewis perguntou a Dulce diretamente.

Ela não disse nada, apenas respirou fundo, pegou minha mão e acenou com a cabeça.

— Bem, então, o seu filho vai ficar bem, desde que a mamãe aqui pegue mais leve.

— Um menino? — eu sussurrei com um sorriso tão largo que o meu rosto parecia que ia se quebrar ao meio.

Balançando a cabeça, ela nos mostrou o rapaz pequeno, que aparentemente se expos ao mundo com orgulho.

— Assim como seu pai. — Dulce sorriu.

Eu beijei a testa, o nariz e as bochechas antes de beijar os lábios de Dulce. Tudo que eu poderia pensar em dizer era:

— Obrigado.

— Outro jovem Uckermann. Eu mal posso esperar para ajudar com o quarto dele! — minha mãe disse quase pulando.

— Eu aposto para você que eu posso fazer ele gostar de golfe. — acrescentou meu pai.

— Lorenzo, querido, você é o único homem na família que acha que esse é um esporte de verdade!

— Filho, não a ouça. Aqui entre nós, o seu pai não era bom, mas com os genes de sua mãe, há esperança para você. — ele disse perto da barriga de Dulce.

— E você pensou que isso ia acalmá-los?

The Untouchables - Ruthless People Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora