•Capítulo 4• Uma missão? - parte II

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O sino tocara causando uma grande euforia nos alunos que queriam ir rapidamente à cantina para serem os primeiros. Era o intervalo dos 20 minutos.

No entanto, surgira Isabella juntamente com a Emma à porta da sala de Joyce e com o dedo indicador as duas chamaram ela de modo que Joyce fosse até elas. A Joyce achava muito engraçado esse hábito delas e isso indicava que estavam a "tramar" alguma coisa.

Emma e Isa estavam na mesma turma - elas encontram-se na área de Humanística e mesmo as três estando separadas em função de suas turmas, a amizade e o amor delas não se esfriavam. Muito pelo contrário.

- Ei! Você está bem? A Emma contou-me que você quase ia dessa para melhor. Isso é verdade? - interrogara Isa, preocupada com sua amiga.

- Por acaso você acha que eu ia inventar uma coisa dessas? - perguntou Emma, indignada.

- Não precisas de ficar chateada, só estou preocupada com a nossa amiga! - Joyce ria por causa da pequena briga das suas amigas e dissera o seguinte:

- Meninas, eu estou bem graças a Deus. Aparentemente não chegara ainda a minha hora.

Emma quebrou o silêncio que se instalara a uns segundos atrás:

- Conta-nos como tudo aconteceu,  inclusive do rapaz bonito que salvou-te.

Joyce as explicara tudo e ficaram surpreendidas com todo o enredo, do começo ao fim.

- Tu não pediste o número dele? - interrogou Emma.

- Número? Não estava com cabeça para isso. Eu estava mais preocupada por estar atrasada, mas graças a Deus a professora atrasou-se.

- Pelo menos sabes o nome dele: Augusto. - declarou Isa.

- Verdade, mas também ia pedir número a um desconhecido?

- Um desconhecido que salvou-te a vida por acaso! - constatou Emma com os braços cruzados.

O sino de entrada tocou e as três amigas despediram-se. Joyce entrou na sua sala e após recordar-se da pequena conversa que teve com as suas amigas, ela voltara a indagar se ela voltaria a ver ele.

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Joyce já estava em casa, já tinha terminado de fazer seus tpc's (trabalhos para casa) e agora estava deitada em sua cama a ouvir uma música que cativara o seu interesse. Era uma nova música apresentada na novela Génesis - Joyce ama ver novelas bíblicas.

A bendita música era "Lembranças" da banda universos. Ela cantarolava internamente o refrão da mesma.

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Uma semana passou-se e Joyce não voltara a ver Augusto. Ela pedia a Deus que, se fosse da boa e agradável vontade d'Ele, que os dois se encontrassem novamente.

Uns minutos depois, Joyce foi estudar e enquanto estudava, de repente ouvira um som da chegada de uma notificação que, por sua vez, viera de seu telemóvel. Ela foi ver e percebeu que era uma notificação de pedido de amizade no facebook e já devem estar a pensar quem enviou este pedido.

Ele mesmo.

"Augusto?" "Será que é ele mesmo?" - indagou Joyce, inquietada.

Joyce foi conferir se era mesmo ele e quando viu as imagens ficara surpreendida. Era ele.

Até havia uma imagem em que ele estava usando uma máscara o que permitiu a Joyce de o reconhecer. Ela aceitou o pedido e logo foi enviar uma mensagem no messenger - um simples e introdutório "Oi".

- Joy! - disse Ayla já estando no quarto de Joyce.

Logo Joyce virou o seu telemóvel para baixo.

- Algum problema?

- Ainda estás a estudar? Quero brincar contigo. - falou Ayla fazendo a famosa "carinha de tristeza" para satisfazer a sua pretensão.

- Primeiro tenho que terminar de estudar. Depois eu vou brincar contigo.

Ayla ficara um pouco desiludida, porém feliz por saber que a irmã iria brincar com ela depois e por isso, distribuiu vários beijos na bochecha de Joyce. E saindo do quarto, Joyce virou o telemóvel para cima de modo a poder ver se Augusto respondera a sua mensagem, e sim, ele respondeu:

Augusto: Olá! Como tu estás?
Passaste a tomar mais cuidado ao atravessar a passadeira?

Joyce riu e de seguida percebera que ele não a deixaria em paz até que ele visse ela a cumprir toda a logística no estar prestes a atravessar uma passadeira.

Joyce: Estou bem graças a Deus que te colocou no lugar certo e no tempo certo para me ajudar. Ah, e não te preocupes, estou a tomar todos os cuidados, não precisarás de me salvar novamente. Kkkkkk

Augusto: Penso que na verdade foi graças a mim que estás salva, caso contrário não estariamos a ter esta conversa.

Joyce ficara intrigada com a resposta de Augusto e de seguida fez uma pergunta para ver se as suas suspeitas se confirmavam:

Joyce: Então, és ateu?

Augusto: Sim, Joyce. E tu pelos vistos és uma crente, ou estou enganado?

Joyce: Não, não estás não! Sou uma cristã com muito orgulho.

Augusto: Bom para ti... E eu estou bem com as minhas convicções, mas acho melhor mudarmos de assunto, pois este assunto é desconfortável para mim.

Joyce: Talvez seja mesmo... - escreveu Joyce entristecida com o que soube.

Apesar do pequeno atrito inicialmente, eles continuaram a conversar, Augusto falou que está a passar algum tempo neste arquipélago juntamente com o seu pai - Alan, que por sua vez, é um empresário e grande financiador de médias empresas na Inglaterra (e não só) e que está fazendo alguns negócios em Cabo Verde de modo a expandir a sua empresa.

Depois, os dois despediram-se desejando um ao outro forças para poder enfrentar os atuais acontecimentos.

Augusto: Foi um prazer falar contigo. Até breve! - despediu-se.

Joyce: Igualmente, Augusto. Até a próxima!

Joyce ficara completamente surpreendida por saber que seu herói é um ateu e que mesmo sendo uma boa pessoa, ele não terá a salvação por não crer em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.

Ela não queria que ele fosse parar nas garras do inimigo, tinha que tentar fazer algo, porém tinha uma completa convicção de que isso seria tudo menos fácil caso ela tentasse.

E em meio a tantas preocupações, ela pedia a Deus uma luz que iluminá-se suas ideias e a desse uma direção.

Seria isto uma missão?

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Que Deus vos abençoe grandemente!

<1 Pedro 3:15>

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