Joyce jazia no chão duro muito enfraquecida e ainda coberta pelo seu próprio sangue. A fraqueza que jazia em seu corpo dava-lhe a impressão de que ela não conseguiria mexer-se. A única coisa que ela notava era a sua respiração fraca. Parecia que ela iria mesmo desfalecer ali mesmo.
Joyce mal conseguia abrir os seus olhos e em muitas tentativas a mesma optava pela desistência, neste caso, em virtude das várias gotas de sangue que deslizavam em sua fisionomia. Joyce mexia seus lábios como se quisesse dizer alguma coisa, no entanto, nada saía. Ela apenas sentia sua saliva e seu sangue a misturar-se na sua boca, causando assim uma sensação de enjoo dentro de si.
Enquanto Marco alongava os seus dedos antes de começar a desamarrar a sua vítima da cadeira abatida pois Joyce ainda estava presa naquela cadeira, e ainda caída no chão, Joyce começou a alucinar. Várias coisas estranhas passavam-se na sua mente até que em um certo momento Joyce começou a dizer palavras soltas.
Marco franziu suas sobrancelhas e fez uma careta que mostrava que ele estava curioso com o cenário. Ele aproximou-se ainda mais dela para ver melhor e agachou-se olhando atentamente a mulata que estava a ter alucinações.
Na consciência do Marco não havia nenhum pingo de remorso e muito menos de arrependimento. Muito pelo contrário. Ele orgulhava-se do que tinha feito e ainda planeava fazer muito pior.
Marco ficou alguns segundos observando Joyce da cabeça aos pés. Sua roupa toda ensanguentada, seu corpo coberto por hematomas escuras e ele ainda conseguia notar sua respiração fraca. Ela estava completamente debilitada.
No entanto, isso não o agradava totalmente. Joyce não podia morrer agora. Era só o começo...
Assim sendo, Marco levantou-se e desamarrou a Joyce que ainda estava presa na cadeira. Entretanto, um homem de porte físico atlético e de semblante mais jovial que o do Marco adentra no espaço e faz uma careta não muito admirada em função do que via.
- A rapariga não parece estar nada bem. - comentou o homem com um leve humor.
- Não deve ter sido muito difícil de perceber isso. Não é, Dave? - disse Marco com sarcasmo.
- Certo. - Dave revirou os olhos - Olha, vim avisar-te de um pequeno problema.
- Sempre começando pelas más notícias...
- Nem sempre tudo está ao gosto do freguês. - retrocou Dave com escárnio e Marco lançou-lhe um olhar de morte que já era típico do seu feitio. Dave logo recompôs-se e foi direto ao ponto.
- Estamos a ter problemas com o homem que fornece-nos os suplementos para a nossa subsistência.
- E então? - indagou Marco com uma sobrancelha levantada.
- E então?! Então que podemos ficar sem água, comida e outras coisinhas. - explicou Dave tentando soar óbvio.
- Resolvam o problema.
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Nada Além Da Esperança ▪︎ Livro 1
Romance🇨🇻Status: concluída (repostagem terminada) 🇨🇻1° livro da trilogia "Origens" ⚠️Contém cenas de violência, tortura, citação de abuso sexual e suicídio ☆SINOPSE☆ No decorrer de uma agravante crise sanitária pelo mundo inteiro, protagonizado pela C...