•Capítulo 11• Amo-o pois Ele amou-me primeiro

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Após esse abraço consolador misturado com um alívio provido pelo Santo Espírito de Deus nos dois jovens, o abraço desfazia-se lentamente e ao afastarem-se um pouco um do outro, abaixaram as suas máscaras descartáveis que estavam um pouco molhadas e automaticamente entreolharam-se contemplando a beleza da criação de Deus que eram eles próprios.

Apesar de toda a emoção que contagiava Augusto, ainda dentro de si, a batalha não cessara.

Todos nós passamos por batalhas internas que são sim reais, inerentes e ao mesmo tempo são cansativas e intensas e, por isso, é necessário termos bom ânimo em Cristo Jesus pois ele venceu o mundo: Ele é o caminho; Ele é o fôlego de vida; Ele é o pão da vida; Ele é a fonte de água viva; Ele é a luz do mundo. Ou seja, Jesus Cristo é a própria vida.

Augusto quebra o silêncio e faz a última questão para Joyce, para poder fechar tudo isto com chave de ouro:

- Joyce, porquê que tu amas Jesus Cristo? - no final da pergunta, ele colocara a máscara de novo em seu devido lugar. Joyce acompanhara o mesmo comportamento.

Joyce abrira um grande sorriso, ela elevara o seu olhar ao lindo céu azul decorado com as formosas nuvens. Joyce sentira uma leve brisa em seu rosto e então, respondera da seguinte forma:

- Eu O amo porque é impossível não amá-lo. - ela olhava fixamente para as pupilas esverdeadas dele - Augusto, existem inúmeras palavras em um dicionário, porém nenhuma delas é suficiente para expressar este amor tão grande e tão avassalador que habita dentro de mim. Ele enche-me de vida, de força, de carinho, de perseverança, de coragem e de tudo de bom que existe. Como não amar aquele que é a razão do meu viver, do meu respirar e da minha esperança? Todo o meu ser pertence à Ele; Ele me "comprou" com seu sangue. - com os olhos marejados, de novo, ela prosseguira:

- Jesus preferiu morrer do que viver sem mim. Tudo isto é impressionante pois eu consigo perceber o cuidado d'Ele em relação à mim mesma. Ele constrange-nos de tal maneira para mostrar-nos que somente a graça d'Ele e o seu cuidado basta-nos. Às vezes, dizer que Ele é tudo para mim nem sempre chega, sabe? Pois Ele é inexplicável. As palavras fogem tanto da boca de um ateu como a de um cristão. O amor de Cristo atraiu-me e agora, para quê que eu vou tentar fugir desse amor? Prefiro logo render-me ao seu amor. Eu o amo pois Ele amou-me primeiro, e é por isso que eu o amo tanto.

Após sentir que o propósito de vir até ela e de realizar esta carta branca havia sido cumprida, Augusto pôde declarar muito satisfeito:

- Muito obrigado, Joyce. Por tudo.

- Não precisas de agradecer. Você acreditando ou não, e espero que sim, foi da vontade d'Ele que tu viesses até a mim para descobrires toda a verdade. - ela esboçara um belo sorriso.

Joyce, com o seu semblante alegre, percebera a passagem de um carro cinzento e dentro dele estava uma condutora que era muito familiar para ela: era a sua mãe - Maria.

Esta, por sua vez, acabara de chegar do seu trabalho e Joyce Fernandes já sabia que viriam perguntas a respeito do seu atraso no trajeto de regresso à sua casa.

Por isso, ela começou a despedir-se logo de Augusto desejando-lhe um ótimo dia e declarando que estava esperançosa a respeito da conversa esclarecedora que tiveram.

- Eu tenho que ir, Augusto. - o nível de ansiedade dela começara a aumentar em virtude dos segundos que passavam-se e isso era percetível para Augusto. Ela estava de pé, portanto, ele decidiu também levantar-se para despedir-se corretamente.

- Ok, mas... está tudo bem? Pareces nervosa.

- Não, não é nada de mais não. É que minha mãe acabou de passar com o carro e ela deve estar achando estranho eu ainda estar aqui fora, entendes?

- Sim, claro. Espero não te arranjar nenhum problema. - Augusto passou a mão na sua nuca dando um singelo sorriso para Joyce.

- Não! - sorriu - Não te preocupes com isso. Eles irão entender-me.

- Ok.

- Então, fique com Deus Augusto.

De início, Augusto hesitara de proferir outra vez aquelas palavras de despedida, todavia, a resistência inicial dele fora derrubada:

- Vá com Ele também, Joyce. - declarou Augusto, um pouco estupefacto consigo mesmo.

- Tchau, Augusto. - Joyce já dava alguns passos em direção à sua casa enquanto que acenava rapidamente.

- Tchau, Joyce. - Augusto também acenou para ela e sorriu sem mostrar os dentes.

Augusto voltou a sentar-se no pequeno muro de pedras e continuou olhando para Joyce até que a mesma desaparece-se de seu campo visual.

A batalha de Augusto ainda continuara, só que desta vez, Augusto abrira novamente espaço para um novo membro e sem perceber direito esse novo membro era o Rei dos Exércitos, o General de sua preciosa existência.

"Sua mente é o campo de batalha. Mas a boa notícia é que Deus está lutando a seu lado." - Joyce Meyer

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<1 Pedro 3:15>

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