•Capítulo 14• O novo homem (Ressurreição da fé)

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Já era mais uma manhã de sábado tendo o sol a regozijar-se em mais uma de suas célebres performances do dia. As nuvens, por sua vez, estavam mais formosas do que nunca e os pássaros voavam em direção às suas inusitadas peripécias, piando e cantarolando.

Adicionando mais uma leitura bíblica em salmos 100:5, a graça que transbordava nele em virtude do fortalecimento de seu espírito com um hino, e uma agradável e revigorante dose de sorrisos de orelha a orelha formava-se no seu semblante enquanto orava a Quem ele afastara-se por muito tempo devido a feridas que, agora, estão sendo curadas e cicatrizadas por Ele.

Agora, com todo este contentamento e renovação da sua esperança, Augusto rendia completamente o seu coração à Cristo que, por sua vez, era o proprietário que "comprara" com o seu próprio sangue o direito de apropriar-se e cuidar do coração de Augusto definitivamente.

O velho homem (finalmente) morrera e, consequentemente, nascera sem mais delongas e cerimónias um novo homem, um novo Augusto.

Mesmo já sabendo que viriam novas provações e outras amarguras como por exemplo: o delicado momento em que ele terá de contar a boa nova para seu pai.

Entretanto, Augusto fortalecia-se em Filipenses 4:13 e Romanos 8:18.

Depois de terminar o seu devocional - a bendita mãe Olivia havia-lhe ensinado a fazer o mesmo, muito antes de acontecer aquela tragédia - de repente, Augusto recebe uma chamada de sua mãe e, sem perder mais tempo, ele conta a sua mãe sobre a boa nova.

- Oi mãe!

- Oi, meu filho! Como estás aí Augusto? Olha, estou com imensas saudades tuas.

- Eu também mãe. Sinto muito sua falta aqui. Mas está tudo bem. Não precisas de comprar uma passagem de última hora para vir a Cabo Verde. - garantiu Augusto com escárnio. Olivia sorriu com o que seu filho dissera-lhe.

- Ótimo, pois sabes que eu não pensaria duas vezes. - reiterou a mãe dele do cabelo loiro.

- Sim, eu sei. - Augusto riu.

- Como está o teu pai?

- Está bem. A trabalhar muito como sempre. Já sabes como ele é. - Olivia assentiu.

- Sim. Tens alguma novidade, meu filho?

- Por acaso sim e é algo muito bom. Tu vais amar...

- Acaba logo com esse suspense Augusto!

- Eu voltei a acreditar em Deus, mãe.

Olivia ficou petrificada por alguns segundos. Seus olhos humedeceram e rapidamente lágrimas de alegria e gratidão desceram dos seus olhos. Ela ainda estava incrédula com a mudança do seu filho que ela tanto almejava.

O regozijo da mesma contagiava o espírito de Augusto que agradecia, internamente, a Deus por o ter concedido uma mãe tão maravilhosa e virtuosa como a Olivia

Ela e Joyce foram, expressamente, decisivas na sua almejada mudança. Augusto contara tudo para a sua mãe e ela não parava de sorrir do outro lado da chamada e também, do outro lado do oceano.

Nada Além Da Esperança ▪︎ Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora