Nada Além Da Esperança ▪︎ Livro 1

•Capítulo 1• Família

- AYLA! - gritara Joyce enfurecida.

- O que foi? Tu também exageras demais! - disse Ayla coçando os ouvidos de seguida.

Enquanto respirava bem fundo e se acalmava, Joyce dissera o seguinte ainda chateada:

- Tu não vês por onde andas, irmãnzinha? - falara em um tom irónico e acrescentara:

- Tu quase deixaste a minha bíblia cair!

- Não precisas te estressar com isso. No final de contas, não ficou tudo bem?

- Dizes isso porque não é com as tuas coisas, não é?!

- Olha, assim pareces uma velha rabugenta. - Ayla deu de ombros. Joyce soltou o ar pesadamente, olhando a Ayla com os olhos semicerrados.

E antes que Joyce pudesse defender-se, ela ouvira os passos acelerados de sua mãe - a dona Maria.

- Qual é o motivo deste alvoroço todo, ah?

- A Joyce está muito rabugenta. Ela deve estar naqueles dias sabe mãe... - disse Ayla com o intuito de provocar Joyce.

- Mamã ela esbarrou em mim e quase deixou a minha bíblia cair no chão. E ainda por cima, ela nem me pediu desculpas para variar! - respondeu Joyce querendo que a justiça fosse feita.

- Meninas, por favor, deixem de se comportar como cão e gato. - disse colocando as mãos na cintura. - Joyce nada de elevar a voz à Ayla e Ayla não fiques a provocar a tua irmã pois lembra-te: Não faças aos outros o que não queres que façam a ti!

- Falta de juízo... - sussurrou Joyce com a sobrancelha esquerda levantada.

Enquanto a mãe dava passos largos até à cozinha, Ayla formava um "L" de "loser" com o dedo indicador e o polegar para Joyce ao passo que ela ia em direção ao seu quarto.

Joyce contava a partir de dez para baixo com o intuito de amenizar a raiva que estava sentindo e ao mesmo tempo respirava bem fundo.

Quando terminou todo esse processo, ela foi orar ao Pai pedindo que Ele a desse paciência para não perder a razão.

Por falar em paciência, Joyce se lembrara de uma frase relacionada com esta virtude.

"Ter paciência é difícil, mas o resultado é gratificante." - Jean- Jacques Rousseau

Logo percebera que não podia se deixar levar por esses sentimentos tóxicos, mas sim pelas coisas boas, agradáveis, doces aos ouvidos e que auxiliam na sua diária construção como pessoa, pois segundo a filosofia, somos seres inacabados e estamos sempre no processo de evolução. Logo, sempre estamos aprendendo.

Para além de Joyce ser uma cristã seriamente comprometida com a sua aliança estabelecida com Jesus, ela também possui muito interesse em conhecer melhor a área filosófica.

Fazer questões, saber articular as palavras de modo a ter bons argumentos e descobrir as devidas respostas eram coisas interessantes que ela encontrava nessa disciplina.

Desde o seu primeiro dia de aulas sobre filosofia em seu liceu - 11° ano de escolaridade, ela nunca perdera o interesse nesse ramo do saber e não podia vir em melhor momento, pois ela tem sentido uma constante vontade de saber mais em função do incremento do seu conhecimento.

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Joyce é uma adolescente de dezassete anos. É uma estudante e é uma flor nascida no arquipélago de Cabo Verde. Ela é doce, amável, linda, deseja sempre saber mais, ama Deus acima de tudo e de todos, deseja exercer um trabalho relacionado à psicologia organizacional e gosta da língua portuguesa e da inglesa.

Gosta de estudar psicologia, filosofia e economia - algumas disciplinas de sua área Económico-social (ES).

Ama ouvir e dançar funaná - uma das danças tradicionais de Cabo Verde, ama ouvir músicas cristãs e ela gosta muito de ouvir zouk francês e também do zouk cabo-verdiano.

Joyce ama sua família e suas amigas, tem uma ótima relação com seus professores e vizinhos, e sonha estar com o Ser que a criou.

Ela tem uma única irmã, que é a Ayla - sua irmã mais nova. Apesar de ser muito chata às vezes, ela também é uma boa menina e Joyce a ama imensamente apesar de todas as diferenças.

E o mesmo acontece com a Ayla. Brigam, porém se amam muito!

Maria é a mãe delas. É professora de filosofia, às vezes um pouco furiosa, porém não perde a sensatez e claro, ela é um amor de pessoa.

O pai de Joyce e Ayla, e marido de Maria é o José - bancário, chefe de família e um pouco teimoso. Sem sombra de dúvidas, ele também é um amor de pessoa.

Aliás, todos dessa casa são teimosos, que a verdade seja dita. Contudo, o amor é grande e avassalador, especialmente o amor de Cristo que, por sua vez, os envolvem.

A família Fernandes é uma família abençoada, unida, feliz e esperançosa de dias melhores por causa da covid-19. Portanto, eles terão de estar constantemente a afirmar e reafirmar a razão de sua esperança.

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<1 Pedro 3:15>