•Capítulo 12• A vitória é amante da preparação

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Havia uma mistura de alegria e nervosismo por parte de Joyce: alegria porque estava muito feliz pelo facto de Augusto estar dando espaço para Deus aproximar-se dele. Em contrapartida, ela também estava nervosa pois sabia que o atraso dela no percurso de regresso para casa, sem margem para dúvidas, não escaparia ao interrogatório de seus pais.

Enquanto subia as escadas até o quarto andar do prédio em que ela e sua família moram, Joyce respirava fundo - tendo em conta o esforço que fazia para subir as escadas que pareciam intermináveis e ao mesmo tempo pedia ao Senhor dos Exércitos, Redentor de sua preciosa existência que a ajudasse nesse momento.

A porta já estava aberta e mal aproximara-se da porta, Joyce ouvira Maria a falar com José sobre o facto de Joyce ter-se atrasado sabendo que em todas as sextas-feiras ela chega mais cedo devido às folgas nas duas últimas aulas.

Joyce tirara as suas sapatilhas com pequenas flores, a mesma calçara os seus chinelos cor pink, pegara as suas sapatilhas que estavam à frente da porta e foi iniciar as explicações, soltando o ar calmamente.

- Quem era o rapaz com o cabelo da cor do mel que estavas a conversar? - interrogou Maria indo direto ao ponto e tendo esta os braços cruzados, esperando ansiosamente por uma resposta de sua primogénita.

- O nome dele é Augusto - enquanto explicava, Maria ia em direção à porta para fechar a mesma. No entanto, as suas vias auditivas estavam bem concentradas na voz de Joyce - Ele é um amigo. - Joyce tocava, freneticamente, seus dedos direitos em seu braço esquerdo.

- Quando é que o conheceste? - fora a vez do pai de Joyce.

- Foi naquele dia em que quase foi atropelada pelo motorista da moto. Uma semana depois, ele enviara-me um pedido de amizade nas redes sociais e passamos a conversar. - explicou Joyce olhando, paulatinamente, para os seus pais.

Ayla surge, de repente, para poder ouvir melhor a conversa entre seus pais e sua irmã mais velha. Os pais das mesmas entreolhavam-se repetitivamente, analisando a situação.

Maria lambeu seu lábio inferior após fazer uma careta pensativa. Ela fitou Joyce com seriedade.

- Pelos vistos ele é estrangeiro. Não é? - indagou Maria de modo a satisfazer a sua curiosidade.

- Sim, se não estou em erro, Augusto nasceu em Inglaterra, mas ele é descendente de cabo-verdianos. Ele possuía avós cabo-verdianos, por parte do seu pai - Alan. Ele é um empresário. A mãe dele chama-se Olivia, ela é advogada e a mesma vive na Inglaterra. Os pais de Augusto estão separados. - concluiu Joyce com a última frase.

- Uau! Já sabes muitas coisas sobre ele apesar de terem-se conhecido à pouco tempo. - comentou o senhor José tendo os olhos postos no ecrã do portátil que ele usa no seu trabalho.

- Nós falámos muito. É só isso. - explicou Joyce com a testa franzida.

- Ele é o teu namorado, Joy? - perguntou Ayla muito animada com a "novidade".

Joyce sentira seu coração disparar em virtude da pergunta inusitada e definitivamente desproporcional feita pela sua irmã mais nova. Definitivamente, ela havia passado dos limites do seu atrevimento.

- Ayla não! - respondeu o mais rápido que conseguia naquele momento - Ele é somente um novo amigo. - finalizara Joyce querendo que esta pergunta fosse lançada o mais rápido possível para as profundezas das águas do esquecimento da mente.

- Aham, sei. - declarou Ayla desconfiada e insatisfeita com a resposta de sua irmã mulata. Joyce olhou para Ayla com um olhar de pura reprovação.

- Ayla não comeces...

Nada Além Da Esperança ▪︎ Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora