47º

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Olá meninas.

Este capitulo é mais para encher a história, no entanto, também é importante para o seguimento da fic (e há um promenor importante no capitulo que mais capitulo menos capitulo arrebenta, aguradem muchachas!!)

Espero que gostem!

Boa leitura.

Uma gravata

"Humhum..." A minha cabeça nega mais uma vez. A mãe olha-se ao espelho e volta a entrar no provador; olho o relógio de pulso.

Ela sorri para mim quando sai de novo e eu enrugo o nariz. "Não." Digo negando novamente a sua escolha; o seu rosto numa careta.

A mais velha saltita até mim mais uma vez, nos seus pés descalços e de sorriso brilhante. "Nem pensar." Rodo o meu indicador de volta para os provadores. Os ombros da mãe descaem já cansados e todo o seu corpo é pela quinta vez coberto pela cortina laranja.

Em meros minutos e num só movimento ela abre a cortina fazendo ruídos metálicos no varão do cimo. A mais velha força um sorriso e inclina a cabeça para o lado pedindo opinião. "Mãe!" Bufo em descontentamento.

Eu sabia que vir a esta loja seria uma perda de tempo; não que a loja seja de má qualidade ou que a roupa não preste; apenas é muito limitada a uma faixa etária e vendem somente peças para mulheres com mais de cinquenta e cinco anos, - na minha opinião. Saias compridas, saiotes antigos, camisas démodé, calças sem corte e ainda vestidos floreados. Definitivamente não. Eu não quero que a minha mãe apareça numa gala importante com um daqueles trajes.

"Rachel já vou no quinto vestido e tu não gostas de nenhum." Ela bufa também escapulindo-se para dentro do provador para se voltar a despir.

"Céus são terríveis! Confessa." Levanto-me do pequeno puff e encosto-me á ombreira do provador esperando a sua saída; os meus braços cruzados junto ao peito.

"Talvez não façam o teu género, mas também não são assim tão maus!" A mãe riposta do outro lado da cortina fazendo-me rir.

Eu sei que a mais velha também não gosta deles; não percebo o porquê de os ter escolhido para experimentar. Talvez pelo preço reduzido ou pela razão de uma das suas amigas de infância ser proprietária da loja onde nos encontramos. Provavelmente será isso. O subconsciente aponta.

"Claro. Folhos á espanhola são sem dúvida a última tendência de moda." Ironizo soltando uma gargalhada inevitável.

A cortina move-se rapidamente quando a mãe decide arregaçar as suas mangas e sair por fim de lá. O seu rosto cansado de tanta procura sem sucesso. "Oh. Vamos sair daqui." Resmunga.

"Certo!" Descolo-me da parede do provador e solto um riso abafado. Arregaço a minha mala ainda com livros escolares no meu ombro e sigo atrás dela.

A mãe acena a Camila, a sua amiga, e esta sorri-lhe dizendo que espera vê-la em breve; deseja-lhe sorte para a vida elogiando a sua filha cada vez mais bonita e crescida - eu. Rasgo um sorriso para a mulher e aceno-lhe também. A sua camisola com um estampado tigresa abana fazendo-me rir interiormente. Eu posso gostar de Camila como sendo uma das amigas da mãe que ela tanto preza, mas sou incapaz de gostar dos seus gostos; da sua vestimenta ou da maneira como arranja o seu cabelo - com extremo volume tal e qual aos anos 80. De qualquer das maneiras isso agora também não interessa nada.

Seguimos caminho pelo corredor do centro; este a encher-se de estudantes esfomeados nas suas horas de almoço.

"Pára de gozar!" A mãe pede empurrando-me ligeiramente.

Love Affair |hstyles|Onde histórias criam vida. Descubra agora