Love Affair |hstyles|

59º

Não me matem! Dentro de três capítulos, a 1ª temporada fica completa. Não chorem corações!!!

Este capítulo é enorme, não me agradeçam (a)!

Boa leitura!

Ofensas e promessas quebradas.

Dizer que me sinto arrependida por toda esta situação estaria, certamente, a mentir. Eu não me sinto arrependida, nem tão perto disso. Eu apenas me sinto perdida no meio da confusão que se gerou á minha volta.

Sinto-me triste, também, por estar em risco de perder umas das coisas mais importantes da minha vida. Sinto-me abalada ao pensar que fui eu quem criou isto tudo; que pisei a linha e acabei por pôr hipótese de Harry desaparecer da minha vida.

Já se passou uma semana desde que fôramos descobertos; desde que o meu irmão mais nove nos descobriu. Uma semana de angústia e desilusão.

Quando sai do hospital, passado um dia de internamento, Harry não estava lá.

A única vez que o vi foi quando acordei e pedi ao médico para que mo chamasse. Poucas palavras trocámos e isso, eu não sei se deveu á quantidade de analgésicos que me deram e me puseram mais lenta que uma tartaruga, ou devido ao constrangimento que se formou á nossa volta.

Harry olhava para mim e sorria carinhosamente; ele passou a sua mão pelo meu cabelo e beijou-me a pele da testa. Soube bem; ele estava quente e por isso o meu corpo adaptou-se logo ao calor dos seus lábios.

Ele estava ali; ele não me havia deixado como eu pensei que fosse. Não queria acreditar que ele o fizesse, mas a dúvida suscitou quando ouvi a sua conversa com a mãe no caminho até ao hospital.

Ela não queria que ele interferisse mais na minha vida, e isso significava que jamais Harry poderia ver-me e trazer-me daquele hospital, obviamente. Eu queria acordar e dizer que concordava com todas as palavras do rapaz, mas simplesmente não conseguia abrir os olhos.

O meu peito doía e se não fosse a mascara de oxigénio que a enfermeira me colocou no rosto, eu não conseguiria respirar sequer.

Eu ainda não entendo porquê que o moreno não me fora buscar ao hospital quando o médico me dera alta; foi como se me tivessem tirado mais um pedaço do meu chão por não ter comigo o seu apoio. Fiquei triste e sentida com a sua escolha, mas acabei por esquecer o assunto ao recordar-me que tenho uns pais conservadores e bastantes protetores que nunca permitiriam que eu saísse do hospital com Harry.

Ao longo desta semana, pouco ou nada soube do rapaz de olhos verdes; foi como se ele tivesse desaparecido do mapa por completo. Harry respondia-me às mensagens com respostas monossilábicas e nunca me atendera as chamadas que eu fazia às escondidas dos pais. Era intrigante.

Pensar em sair de casa para um passeio ou somente ir tomar o pequeno-almoço á cafetaria estava fora de questão. Estar de castigo numa altura destas era tão óbvio que quando o pai me informara que não poderia sair de casa nos próximos tempos, não tivera sido uma surpresa. Sendo assim, as possibilidades de ver Harry seriam cada vez menos.

Nego acreditar que seja verdade, mas começo a desconfiar que o moreno se queira afastar de mim, infelizmente. Acho sinceramente que refletiu sobre sua vida e que chegou á conclusão que eu não sou a pessoa indicada para ele, tendo em conta todos os nossos problemas; afinal eu sou apenas uma miúda.

E isso magoa-me e entristece-me. Eu adoro-o e depois de tudo pelo que passámos, as coisas não deveriam ficar assim, - tão estranhas; ele deveria de me dirigir a palavra; deveríamos de falar seriamente.

Mesmo não tendo certezas da sua parte, a minha mente permanece a embater nesse tipo de questões e a massacrar-me em como fui uma louca apenas porque um homem mais velho me atraiu irremediavelmente.