28º

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Bom meninas, não chegámos ás 10.000 leituras mas estivemos lá quase. Faltam cerca de 100 por isso muito obrigada na mesma!!

Falem comigo nos comentários :c

Boa leitura!

Tristeza e Rays of Sunshine.

29 de Agosto de 2013, Portland

O meu peito salta á medida que o meu tronco se levanta de rompante. Com respiração ofegante os meus olhos abrem-se rapidamente. A minha mão direita embate no meu peito devagar na intenção de me acalmar.

“Desistes-te de nós.”

Arfo dezenas de vezes. Diversas pingas de suor estão sob a minha pele, encharcando desse modo o pijama de algodão que visto. Os lençóis estão igualmente molhados e terrivelmente amarrotados, provavelmente devido aos meus constantes repuxos neles e movimentos bruscos que investi

 “Tal como eu vou desistir.”

A minha cabeça dói e memórias enchem a minha mente. Ligeiras lágrimas escorrem do meu rosto, sem a mesma intensidade do que outrora.

“Calma Rach.” Murmuro para mim própria tentando assimilar o acontecido. “Fora apenas um pesadelo.” Digo calmamente.

Sei que estou na cama envolta em cobertas que me aquecem. Os feixes de luz solar que trespassam a janela indicam-me que já é de manhã, ao qual eu agradeço.

Destapo-me com brutidão, não me importando com a possibilidade de poder ficar doente pela diferença de temperatura. Está realmente frio fora da cama quente.

Corro até aos estores e, com a máxima força, faço com que se levantem. O sol embebede o meu quarto enchendo-o de luz matinal, no entanto existe nevoeiro impedindo a sua total intensidade.

Paro por meros instantes. Tenho o coração acelerado e uma sensação de tamanha tristeza percorre todo o meu corpo deixando-me emotiva. Sinto-me em agonia e não sei explicar o sentimento de traição que possuo. Com certeza é devido ao pesadelo. Todos eles me enganaram, deixando-me vazia como o espaço lunático.

Recordo-me do dia de ontem, relembrando tudo o que fizera com Harry. Estivemos realmente bem naquela feira de diversões. Os nossos beijos foram verdadeiros e todas as palpitações que sentia apenas com o seu toque, tiveram sido intensas como o momento.

Foi completamente perfeito e Harry cuidou de mim como eu imaginara. Tal e qual um príncipe cuida da sua princesa. Eu realmente não podia ter pedido melhor.

Porém, nem mesmo essas fantásticas memórias e todo o amor que sinto pelo moreno me tiram as sensações tristes que me invadem. Parece que tenho uma nuvem terrivelmente escura sob a minha cabeça e que me quer sugar para um buraco de escuridão.

Os meus pés apenas cobertos por meias de lã correm até á porta do quarto para descer a escadaria em direção á cozinha. Procuro pela mãe. Preciso dela, sei que um abraço seu irá acalmar o meu coração. Talvez um de Harry seria o melhor remédio, mas visto que ele não está aqui, a minha progenitora é a minha única opção.

“Mãe!?” A minha voz sai num fio, baixa e rouca. Procuro-o do último degrau da escada.

Os meus olhos entre a direita e a esquerda até verem a sua figura a cozinha num avental amarelo. Cheira a café acabado de fazer e ouve-se o fogão a trabalhar.

“Mãe?” Aperto as minhas mãos em agonia e espero que ela ouça a minha presença.

“Bom dia querida.” Ela vira-se para mim e sorri. Assim que eu tento fazer o mesmo, lágrimas quentes escorrem pelo meu rosto. Não percebo o que se está a passar comigo. Estou terrivelmente triste e não tenho justificação. “Rachel. Querida o que se passa?” A mãe caminha até mim cautelosamente.

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