Love Affair |hstyles|

7º

Hey girls, votem e comentem pffff!!!

Boa leitura!

Telefonema indesejado e pratos na garagem.

O caminho até casa fora calmo. Sempre com a pequena brisa gelada sob a minha pele, mas igualmente de coração quente. Lila fez-me companhia até á rua que separa cada uma das nossas casas. Embora a sua fosse mais longe, não demoraria muito até lá chegar.

O meu cabelo esvoaçava, agora com mais rebeldia. O sol já se estava a por e a dar lugar a uma imersa escuridão. A pele estava arrepiada fazendo os meus pelos ficarem eriçados. Uma lua praticamente invisível surtia pelo céu já a escurecer.

A luz da sala, assim como a da cozinha estavam acesas. A mãe e o pai já devem ter chegado da tal entrevista. Não sei se Mark chegou a sair, mas também é algo que dentro de poucos minutos irei saber. Provavelmente foi ao centro no fim da cidade com Niall e agora devem estar os dois esfomeados sentados nos múltiplos puffs do meu irmão, estatelados a jogar um vídeo jogo qualquer de pancadaria.

Não evito um sorriso ao lembrar-me desta tarde. O regresso de Lila. O poder voltar a tê-la comigo para me fazer companhia e ter a sua atenção para desabafar. Vê-la, deixou-me feliz. Com o seu jeito divertido e animado, conseguiu, de certa forma, abstrair-me de tudo o que me aborrecia. Ou de tudo o que me provocava inquietação.

O meu rosto a tornar-se mais sério e rígido ao pensar no irónico que a vida é. No momento a seguir sorria por culpa da minha melhor amiga, um dos meus assuntos inquietantes regressa. No seu semblante descontraído, juvenil mas ao mesmo tempo adulto, sentado numa das poltronas da cafetaria, a ler o jornal diário e a beber chá e a comer bolachas de canela açucaradas. Algum tipo de coincidência? Algo do destino?

Não tenho respostas para as preguntas que se começam a formular na minha cabeça, mas de uma coisa tenho a certeza. Gostei realmente de o ver e falar com ele tranquilamente. Foi como se a sensação que eu tivera antes, a que me iria levar ao fundo de um poço, enclausurando-me, se dissipasse e se tornasse em algo maravilhoso que provocava mexericos constantes na minha barriga e apertos emocionais no meu peito.

Procuro, entre os meus pertences, pelas chaves de casa. Assim que as alcanço, obrigo-me a puxar o cabelo para trás da orelha, ganhando uma melhor visão dos objetos férricos a tilintarem na minha mão. Rodo a mais comprida na fechadura e de imediato o cheiro a especiarias quentes invadem-me as narinas. Cheira bem. Provavelmente algo no forno.

“Querida.” O pai saúda-me assim que entro. Trás na sua mão uma garrafa de vinho tinto. A sua fina camada de pó indica-me que é algum dos antigos, que o pai guarda para ocasiões especiais. Retiro a malha fina do meu tronco e coloco-a no cabide de cano alto atrás da porta. Pouso as chaves no móvel de entrada e olho em redor.

“Olá Rach.” Mark acena-me do sofá. Não há sinais do loiro de olhos azuis, como esperava, mas a posição desleixada do meu irmão a fazer zapping por todos os canais televisivos, vão de acordo com o meu pensamento. Talvez não tenha saído.

“Olá.” Sorrio-lhe. Parece que a nossa pequena zanga está resolvida. Zayn não irá estragar a nossa relação como quase já aconteceu.

“O Niall preguntou por ti.” O seu tom gozão sobressaído na sua fala. Assenti. “Eu não percebo qual é a panca daquele rapaz por ti.” Rolo os olhos.

“Oh cala-te Mark!” Dirijo-me para aquele cheiro maravilhosamente delicioso.

“És uma miúda.” Mark implica. Ouço o seu riso infantil e interrompendo o meu trajeto, encaminho-me a ele.