Love Affair |hstyles|

60º

Digam lá que não sou uma querida e fofinha? Ok, não.

SURPRISE!!!! Aqui está o capitulo prontinho e mais cedo do que o previsto! (não me agradeçam, não....)

POR FAVOR, LEIAM A "Untitle Love" da minha querida Juxx69 !!!

Boa leitura!

Um Diretor oportunista e um plano B.

Sinto-me dormente; todo o choro de ontem deu cabo de mim e pôs-me deveras cansada.

Nessa tarde, corri para casa o mais rápido que consegui; os meus pés pareciam não quererem parar até chegar ao meu sítio de conforto, onde eu me poderia enrolar numa bola e continuar a minha depressão sozinha.

Deixei-os moverem-se á velocidade da luz enquanto pequenas lágrimas se soltavam dos meus olhos, mas nunca parando para respirar. Sei que não o devia ter feito devido á minha condição de saúde, mas eu não quis saber e corri como se não houvesse amanhã. E sinceramente, era como se não houvesse nem amanhã nem o resto dos meus dias; como se não houvesse nada mais para viver. Estava deprimida.

A sensação era tão dolorosa, que os únicos pensamentos que me pairavam na mente eram todos relacionados com possíveis fugas e desaparecimentos.

Optei por não o fazer; seria irracional e eu não me podia abater de tal maneira. Deixei que as lágrimas se extinguissem por si mesmas, fluindo no meu rosto durante mais de três horas seguidas; eu pensei estar a esgotar todo o líquido salgado quando elas finalmente decidiram parar de rolar pelas minhas bochechas. Eu simplesmente já não tinha lágrimas para que continuassem, nem forças para as fazer continuar. Estava esgotada, cansada e numa completa lástima.

Eu podia ver-me ao espelho e deparar-me com a imagem mais decadente da minha figura, mas também não o fiz. A pequena bola que criei de mim mesma, enrolando os meus braços aos meus joelhos junto ao peito, era suficiente para mim no momento. Encostada ao parapeito da janela, coberta por uma manta quente e com um pacote de lenços por perto, eu conseguia sentir a minha dor diminuir; com o tempo, eu iria conseguir recompor-me e voltar a sorrir.

Ou assim pensava eu, quando fechava os olhos por segundos e respirava profundamente, esquecendo-me por meros instantes de todo este sofrimento insuportável. Mas ele voltava sempre...

Era como se me tivessem desfeito em pedacinhos e jogado com eles ao mar; ou como se me tivessem levado para longe, onde somente existia um mundo escuro de dor e frustração. Mundo esse que com o tempo iria desaparecer para dar lugar a um melhor e colorido.

Porém era tão difícil e parecia estar a demorar tanto até chegar a mim, que pensei não conseguir vir ao de cimo da imensidão de desilusão em que me afogava.

Ainda não conseguia acreditar no que Harry me havia feito e dito; todas as suas palavras que de tanto tinham esperança como desistência ecoavam consecutivamente na minha mente; ele foi realmente muito cruel e eu tive de me aguentar. Ele mentiu-me quando me prometeu ficar junto a mim em qualquer ocasião, acontecesse o que acontecesse; Harry garantiu-me isso e fez-me acreditar que eu poderia contar com ele, para sempre.

Ele enganou-me, é mesmo este o termo correto.

A única coisa que eu tinha de fazer naquele momento era pôr em prática a pouca dignidade que me restava; ela estava presa por um fino fio prestes a romper-se, mas, tal como o sol nasceu no dia seguinte, esse fino fio reconstruiu-se e eu larguei para trás aquela manta felpuda e os lenços húmidos, e levantei-me. Não ingeri qualquer tipo de alimento, apenas fui direta á casa de banho e encarei o espelho.