11º

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Boa leitura!

Reencontro desconfortável e sussurros.

O sol continuava radiante no imenso azul do céu. Estava calor, muito calor. Não poderia ter escolhido melhor dia para vir á praia, ver a maior estrela nascer. De certa maneira era estranho este estado de tempo, uma vez que em Portland chove muito, mas, no entanto quando o sol aparece, nem sempre aquece tanto como hoje.

Quando terminado o almoço, Matt seguiu para junto dos seus alunos e eu e Zayn decidimos que iriamos embora. Todos eles me acenaram de sorrisos expostos nos rostos e incentivaram-me para que voltasse para mais uma aula. Respondi-lhes que iria pensar e que tinha gostado muito desta experiência, assim como o tê-los conhecido. Eles foram muito simpáticos, sem exceção. Bastantes empenhados em seguir as indicações do loiro que os instruía da melhor maneira.

Zayn insistira que me levaria a casa e após cinco minutos de recusa da minha parte, acabei por ceder. Ao menos teria companhia até casa e assim, o tempo passava mais depressa e sem tanta dificuldade. Quando caminhamos com alguém a nosso lado, em que conversas surgem de pequenas coisas, o tempo voa e a maior distância possível, torna-se numa curta momentaneamente.

O moreno encaminhou-se para a minha frente fez-me sinal para que o seguisse. Os meus tênis desportivos calcavam a areia batida do parque de estacionamento enquanto que a mão direita de Zayn dirigia-se ao seu bolso, da frente, da sua mochila. Um barulho tilintava e não consegui esconder a minha surpresa e admiração quando umas chaves apareceram á frente do meu nariz.

"Apresento-te o meu bebé." Zayn disse. O seu corpo retornou um peageut 206 cinzento, salpicado de poeira nos pneus e no para-choques, até á porta do condutor.

"Tu conduzes?" A minha voz de surpreendida. O moreno sinalizou para que entrasse no lugar do pendura e assim o fiz. Ele de facto tivera mudado muito nestes dois anos. Zayn é mais velho que eu um ano, logo não deve ter carta á muito tempo.

"Desde á três meses atrás."

"Oh." O seu carro estava ameno. Sentia-se o aroma adocicado no ar e o conforto dos assentos almofadados nas minhas costas. Era acolhedor, embora o painel de instrumentos, me desse ideia de que o carro já tinha completado alguns anos. Talvez seja um carro em segunda ou terceira mão, mas o que isso importa? Desde que funcione adequadamente e sem por em risco a vida de quem o conduz, dos seus passageiros e dos outros utentes da via, não há mal nenhum em ter um carro velho.

"E tu?" Zayn ligou o motor, e pelos ruídos, conclui a minha suspeita. "Desculpa lá. O carro é pouco mais velho que nós." O seu rosto tristonho. Sorri-lhe.

"Eu ainda ando a pé." O rapaz gargalhou fazendo a manobra de marcha atrás e seguindo caminho.

"Mas não queres tirar a carta?" 

"Não, não é isso. Claro que quero." Gesticulei. Olho em redor. "Posso?" Aponto para a janela. Zayn faz a tarefa por mim e abre o vidro do meu lado através de um botão qualquer na sua porta. "Obrigada." Agradeci. "Apenas tenho de juntar dinheiro e sinceramente, não tenho pressa. Se pensares bem, eu só a posso tirar para o ano. Ainda tenho tempo." Sorri. Tínhamos acabado de entrar na via rápida. Iriamos chegar rapidamente a minha casa.

"Lá nisso tens razão." O seu rosto firme, de olhar implantado na estrada com uma concentração descomunal. O seu cabelo estava revolto e a sua tipica e estimada poupa estava desalinhada uma vez que era constantemente agredida pelo vento proveniente das janelas abertas e do andamento do carro.

O caminho não demorou mais de quinze minutos e eu sentia-me feliz por isso. Parecendo que não estava cansada e uma sesta iria ser prefeito para descansar. Ou talvez, assistir um filme estatelada no sofá. Sem Mark em casa para me chatear seria tudo ótimo.

Love Affair |hstyles|Onde histórias criam vida. Descubra agora