Love Affair |hstyles|

38º

DIGAM LÁ QUE NÃO VOS ENGANEI BEM! OK, na verdade eu só iria publicar mesmo no fim de semana, mas apeteceu-me escrever e vejam só: ESCREVI O CAPITULO TODO!!! e está enorme!!

Não vai ter Next Chapter, para não vos matar de curiosidade. Desculpem os erros, não revi!

(Eu não irei apagar a nota anterior, visto que votaram na nota e assim ganho mais uns votinhos já que nos capítulos poucas leitoras votam. Acham-me esperta? Hum, eu não xD ahahah)

Boa leitura e não me matem!

Choros compulsivos.

Eu posso ouvir todos os múrmuros que se formam á minha volta, no entanto, eu limito-me a ignora-los e apenas me consigo focar – ainda – no olhar preocupado de Eleanor.

A minha cabeça quer explodir por tanta dor, mas arrebatadora é a que sinto no meu peito que se intensifica a cada minutos que passa.

“Hm… Mr.Styles…” A rapariga capta a atenção do homem á nossa frente que desvia – pela primeira, passados alguns minutos – o olhar de mim. “Eu penso que a colega não se está a sentir muito bem. Podemo-nos ausentar?” Ela é educada, bastante educada, mas Harry parece não ouvir.

O moreno mantem-se chocado e ao mesmo tempo arrependimento espicaça cada traço seu. “Eu peço desculpa Mr.Styles, mas está a ouvir-me?” Eleanor balança o seu braço no ar e ai sim Harry parece acordar enquanto abana a sua cabeça fortemente.

“Sim, por favor. Acompanhe Ra-“ Engole mais seco que uma folha no outono. “Mrs.Reifler até lá fora.” Corrige-se. O seu olhar verde volta a pousar em mim e quase que suplica para que eu não desapareça do seu campo de visão.

Mas é exatamente o contrário que, o meu complexo cérebro-coração, me impulsiona a fazer. Quero desaparecer da sua vista. Para sempre!

A cadeira arrasta ferozmente, ecoando um barulho ensurdecedor pela sala. Já não choro, embora algumas lágrimas ainda corram pelas minhas bochechas chegando mesmo a traçarem-me o pescoço.

O meu rosto contorce com a dor que o meu peito sente, e a minha expressão muda de desolada inconsolável para algo mais firme e revoltado com a vida.

Ele não podia ter sido capaz! Berro interiormente.

Eleanor levanta-se também da sua cadeira e olha-me de lábios tortos, sem sorrir. A morena fita-me imóvel de olhar vazio e perdido, olhando fixamente o quadro esverdeado á minha frente. Eu posso senti-la a meu lado enquanto espeta o meu estojo e o meu caderno de capa preta para dentro da minha mala. Agarra na mesma e delicadamente sinto-a a colocar-me uma mão nas minhas costas.

“Com licença.” A morena pede enquanto me incentiva a caminhar.

Reticente caminho na sua frente e agradeço por me estar a segurar á retaguarda. Penso que sem a sua mão encorajadora, não seria capaz de me mover.

Juro que posso sentir a colónia adocicada, típica de Harry invadir-me as narinas quando passamos rentes ao seu braço direito. O seu cheiro provoca-me náuseas de o tanto desejar. Tanto me puxa para ele como me repela e faz o meu coração bombear mais fortemente por irritação.

Como é que ele deixou que isto acontecesse?

Sinto os seus olhos em mim, mas sinceramente eu não sou capaz de rodar a minha cabeça na sua direção. A desilusão corroí-me por dentro e eu sei que não haverá nada que me possa curar.

Simplesmente e inevitavelmente sei que ele é a cura, como obviamente é a dor que sinto neste momento.

Já fora da divisão, toda eu sou sangue dormente que não corre. Posso até dizer que sinto buracos em todo o meu corpo, especialmente e bem profundo: um buraco no coração.