"Adeus S/n Fernández"
Dias antes depois do planejamento de revelação, escrevi uma carta endereçada a Jake caso algo do plano fosse por água abaixo. Me conformei com o passado felizmente e estou pronta pra seguir em frente. Assim que desci do carro, fui recebida por flashes e repórteres fazendo - me perguntas, e me dei conta de que eu me revelaria para mais de mil pessoas presentes ali no momento de "tristeza". Minha mãe ao longe me viu e veio correndo ao meu encontro e o de Carla, enquanto Robert pestejenou e lhe fiz um sinal para dar a volta por trás da capela para colocar o plano em ação em algum momento.
Estela: Hija mi corazon! "Filha meu coração" ─ Mamãe me puxou para um abraço afagando meus cabelos. ─ Estou tão despedaçada...
── Mamãe, eu sinto muitíssimo. ─ Apertei meu abraço em sua cintura. ─ Sei o quanto Enrico era ruim com a senhora, você o amava de verdade.
Estela: Venha, vamos entrar para conversar em paz lá dentro. Esses urubus estão procurando por carne e não vão parar de nos encher o saco. ─ A mais velha puxou - me suavemente para dentro do local.
Entramos e me dei de cara em um altar o caixão de Enrico Fernández aberto. Estela me olhou com tristeza, e logo presumi a pergunta que estava por vir. Chegou a hora de contar oque tinha acontecido dentro do meu quarto, em totais detalhes.
Estela: Filha me conta oque houve por favor... quando recebi a notícia da morte dele, senti que o pior havia acontecido. ─ A mesma se sentou em uma cadeira indicando para acompanhá - lá.
── Eu estava me arrumando para o meu aniversário... estava observando e relembrando algumas memórias de Matteo comigo sabe? Eu ainda não tinha o superado e me sentia corpulada pelo ódio que Enrico me causou.
Estela apenas me observava com interesse e a ansiedade estampada em seu rosto. Me sentia mal por minha querida mãe.
── Foi quando ele entrou no quarto e começou a me provocar dizendo que Matteo não foi bom o bastante pra mim só por que ele não era de família rica como nós e não tinha uma etiqueta adequada. ─ Lágrimas ameaçaram em meus olhos.
Estela: Matteo era um ótimo menino filha. Sua ousadia foi passante e uma lição no qual devíamos ter feito a muito tempo. ─ A mulher soou o nariz em um lenço.
── Mãe... Enrico iria me estuprar! Ele tirou a roupa e ficou totalmente nu e aquilo me fez entrar em desespero... ─ A mãe Fernández se desmanchou em lágrimas.
Estela: Q-quem o matou? ─ Suas mãos limparam seus olhos avermelhados.
Antes que eu pudesse responder, toda nossa família da Espanha começou a adentrar no grande local e um grupo de advogados entrou os seguindo. Acho que depois dos discursos eles irão falar sobre a herança, e apenas pegarei o necessário para minha fuga de Duskwood.
[...] - Horas depois...
Chegou a minha hora de dar o discurso e pela primeira vez em minha vida estou com medo. Eu sei que a minha verdade ira assustar a todos e os fazerem me odiarem... não gosto como as coisas estão acabando, mas preciso dar um fim nisso tudo. Subi ao altar em frente à um microfone e limpei a garganta me preparando para minhas falas.
── Enrico Fernández... um homem que era ambicioso para trazer a confortividade pela sua família e amigos, um homem que um dia já foi incrível... ─ Analisei a multidão de olhos curiosos. ─ E um pai de merda e um puto de um mentiroso!
A multidão exclamou exagerada e com palavras surpreendentes em total confusão.
── Seu sucesso grandioso começou por que ele me prostituia para ter o seu maldito dinheiro sujo e só se tornou alguém importante e rico por causa de seus contratos idiotas em troca de meu corpo e inocência. ─ Alguns rostos ficaram vermelhos de vergonha. ─ Eu já o amei como pai um dia quando apenas éramos uma família inexistente pelo mundo todo... Enrico ficou ganancioso pela fama e fortunas que daria até a última gota de sangue de sua filha para poder ganhar mais. ─ Carla estava chorando por saber meu próximo passo. ─ Nem todo mundo vai compreender isso tudo que você é. O que não significa que você deva se esconder ou se calar.
Olhei para algumas mulheres de políticos à uma fileira afrente com feições esperançosas e quase felizes.
── O mundo tem medo de mulheres extraordinárias como nós e homens como ele... ─ Apontei para o caixão onde Enrico estava. ─ Vão continuar fazendo de tudo para fazer de nossa esperança e sonhos, um banho de traumas. ─ Retirei um pequeno botão de minha calcinha discretamente e olhei mais uma vez para a multidão. ─ Eu sou a Deusa. ─ Todos gritaram exagerados mas levantei a mão os calando. ─ E hoje eu termino oque uma mulher começou a séculos atrás. Todos esses homens que morreram faziam parte de contratos para estuprar e assassinar mulheres inocentes. ─ Olhei para minha mãe que estava mais assustada que o normal. ─ Mãe... a senhora não teve culpa de ter uma filha como eu. A educação que a senhora me deu foi o suficiente pra saber que a pessoa que me criou e me amou com a mesma intensidade era minha mãe. Eu te amo tanto e obrigada por sempre tentar intervir quando Enrico me entregava de bandeja... obrigada por tudo mãe.
Olhei para a multidão que estava de pé observando meus próximos passos. E logo meus olhos encheram de lágrimas enquanto observei minha mãe novamente.
── Peço que todos saiam correndo daqui já. Não quero matar mais ninguém, nunca mais em minha vida irei tirar a vida de alguém. ─ Fechei os olhos deixando as lágrimas escorrerem e os abri novamente. ─ Te amo madre.
Ergui a mão com o botão enquanto todos correram pra fora inclusive minha mãe com Carla. O lugar foi explodido e o fogo tomou conta, antes das chamas acobertarem minha visão observei Jake gritando aos pulmões sendo puxado por Carla. Eu estou morta.
[...]
Depois de sair pelas tubulações conforme eu havia combinado com Robert, o encontrei numa vala atrás da capela apreensivo. Havia alguns ferimentos e hematomas em meu corpo, mas não era grave o bastante pra mim parar de correr. Pulei no banco traseiro e Robert deu partida no carro indo em direção a saída da cidade de Duskwood. Todavia alguém nos impediu de fazer nossa trajetória... Jake estava parado no meio da rua com uma arma na mão apontando em nosso carro.
•Tempo Cronológico: A trajetória de S/n como a Deusa acabou. Assim como seu sobrenome infeliz... colocando seu plano "Alisson Dilaurents" em ação, a garota forja sua morte e se desprende de todos aqueles que ela ama. Mas será que ela ira embora sem levar alguém junto?
•Votem e comentem pessoal, digam oque estão achando do erendo até agora. Sem contar que tenho uma surpresinha pra vocês no final da fanfic hshs🤭
Palavras: 1145.
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O Senador - Duskwood
Mistério / Suspense𝗗𝗜𝗡𝗛𝗘𝗜𝗥𝗢, 𝗙𝗔𝗠𝗔, 𝗣𝗢𝗣𝗨𝗟𝗔𝗥𝗜𝗗𝗔𝗗𝗘. Essa era a vida que S/n Fernández ganhou ao ter nascida como a filha mais nova de um senador famoso. Porém, não era isso que ela realmente queria. Por baixo dos panos, ela sabia a verdade sobre o...