* Boa noite meninas, primeiramente queria agradecer, todas as leituras, curtidas e comentários, espero que estejam gostando da história, postando o primeiro capitulo da noite ;), bom final de semana, com muitas leituras boas!!!!
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O bipe do aparelho não parava na minha cabeça e na sala, eu olhava para os lados tentando ver o bebê, que já tinha sido levado dali pelo jeito. Minha mão continuava segurando a da Caroline, que já estava mais fria contra a minha. Olhei para ela e fechei seus olhos pela última vez, meu coração apertou por uma pessoa tão nova praticamente com a minha idade, morrer assim, no momento que era para ser o mais perfeito da sua vida.
Peguei sua mão e coloquei contra o seu peito. Não se preocupe Caroline, vou proteger e cuidar desse bebê como você queria, não sei o que aconteceu e tudo que falou, mas pode ir tranquila, que vamos resolver tudo. Isso era tudo que eu podia prometer para ela agora.
Meu deus que bagunça estamos metidos, preciso conversar com o Matt primeiro. Caminhei fora da sala cirúrgica e dei de cara com um Jeff bastante preocupado.
- Sinto muito Gabi, por ela, felizmente o bebê está bem, um garotão de 53 cm com 3,200 Kg. - Corri e abracei ele.
- Graças a deus que ele está bem, você pode me ajudar a olhar tudo isso?
- Claro linda!
- Gabriele, estava te procurando, como sei que era conhecida sua, acredito que prefira dar a noticia para a família, mas se achar difícil posso fazer isso.
Fiquei um momento olhando para o Andrew sem saber o que fazer, seria muito mais fácil jogar essa responsabilidade nele, se não fosse pelo único detalhe que ele não sabia e que eu precisava resolver com o Matt sozinha.
- Pode deixar que faço isso Andrew, muito obrigado por ter permitido que eu entrasse na sala de cirurgia.
- Que isso Gabi, internamente você é da equipe, mas sinto realmente por não ter conseguido salvar sua amiga.
- Fica tranquilo, sei que você fez seu melhor e graças a deus o bebê está bem. Agora deixa eu fazer a pior parte e avisar outras pessoas do que aconteceu. - Me afastei deles e fui diretamente para a sala de espera, assim que abri a porta meus olhos se encontraram com o do Matt, totalmente assustado, eu não gostava de ver ele assim e as coisas só iriam piorar agora, puxei uma respiração profunda e fui na direção deles. Com toda a coragem e força que eu tinha no momento.
- Matt, nasceu! um belo menino de 53 cm e 3,200 kg, perfeito e está bem. Um sorriso tomou seu rosto e meu coração se apertou mais ainda.
- Ai meu deus! sou um pai agora, preciso vê-lo e a Carol como ela está? - Troquei um olhar com o Ty, percebi que ele entendeu o que estaria para acontecer.
- Matt, sobre isso sinto muito te dizer isso, a Caroline faleceu no parto, eles não conseguiram salva-la. - Seu rosto perdeu a cor e ele desabou na cadeira, balançando a cabeça.
- Não pode ser Gabi, me diga que isso é mentira, como vou fazer isso sozinho?
- Tem outra coisa Matt. - Me abaixei ficando de frente para ele, tinha que dizer o que ela tinha me dito antes de morrer, mesmo que não quisesse.
- Senhor esse pesadelo não acaba mais não? - ele está bem nervoso.
- Mano, escuta a Gabi primeiro sei que não é fácil, mas parece ser importante. - Aproximei mais dele, para só ele me ouvir.
- Antes de morrer, a Caroline me disse algumas coisas importantes e que você precisa saber, tudo que acontecer de agora para frente, depende de uma escolha sua Matt. - Ele me olhou mais atento e na expectativa.
- Está me assustando Gabi, fala logo caramba, não fica me enrolando.
- Ela disse que o bebê não era seu, que ele era meu sobrinho, filho do meu irmão e que precisávamos protegê-lo de uma mulher. Sei que isso parece loucura, nem faço idéia de que irmão ela está falando. O fato é o seguinte Matt, você queria o teste de DNA agora, mas como ela não está viva e se você renegar a criança eles podem mandá-la para um abrigo temporário até resolverem as coisas. Como casados e pai do bebê ninguém vai questionar seu direito e podemos resolver as coisas depois.
- Meu deus isso não pode estar acontecendo, ele não é meu filho então no fim das contas?
- Matt, não podemos ter certeza sem o DNA, só que ela foi bem clara. E no fim a escolha vai ser sua.
- Está jogando a responsabilidade em mim agora Gabi? Não posso fazer isso, meu deus. Que diabos de irmão que você tem e que ninguém sabe e ela sim?
- Não tenho mínima idéia, vou descobrir sobre isso depois. Matt por favor, estou te contando isso porque não quero mentiras, precisamos ficar com o bebê, pensa se ele é meu sobrinho então. Não podemos deixar eles levarem ele nem que seja por um tempo, ele precisa de cuidados agora, vou te ajudar em tudo. Depois podemos fazer o teste de DNA e faço o teste de parentesco também.
- Gabi não sei se posso fazer isso agora, preciso pensar em tudo.
- Que merda Matt, não temos tempo, daqui a pouco todos vão vir com a parte burocrática e o que você vai dizer?
- Para! Que droga, não me pressiona agora, já temos que pensar no velório e tudo mais da Carol. - ele se levanta rápido se afastando de mim.
- Desculpa me intrometer no assunto, como possível tio da criança, tenho esse direito. Olha mano, já estamos totalmente no barco e você quer fugir agora, pelo amor de deus é uma criança que querendo ou não foi esperada. Logo o papai e a mamãe vão chegar e o que vamos falar para eles? E antes de tudo podemos ver ele Gabi? - Mesmo surpreendida pelas palavras do Tyler, voltei minha atenção para seu irmão novamente.
- Claro que sim, vamos ao berçário, ok Matt?
- Sim, vamos vê-lo. - Felizmente vi um brilho de excitação no seu olhar. Não podíamos abandonar essa criança, sem chances, nem que eu tivesse que me envolver feio nisso.
Caminhamos em silêncio até o berçário, pedi para eles esperarem atrás do vidro, enquanto eu entrava, encontrei a enfermeira responsável e pedi sua autorização para ver e mostrar o bebê para o pai e o tio. Quando parei do lado do berço, seus olhos se voltaram para mim e ele soltou um resmungo.
- Oi príncipe da titia, estávamos te esperando e não vamos te deixar sozinho nunca mais. Uma lágrima desceu pelo meu rosto, por toda aquela situação e pelos problemas que esse bebê já estava no meio apesar de tão pequeno, sua vida pronta para ser decidida.
- Vem comigo Joshua! . - Veio tão automático que nem percebi e no fundo me assustou, nem sabia se eles escolheram um nome.
- Fica só entre nós tudo bem bebê! No momento que o peguei nos meus braços, pareceu tão bem e perfeito, sorri para ele, que se acalmou nos meus braços, peguei sua pequena mãozinha e fiquei admirando, quando levei aos meus lábios dando um beijo e sentindo seu cheiro tão perfeito. Voltei para realidade, até tinha esquecido que uma pequena platéia me observava, me aproximei do vidro, me organizei para dar um visão melhor para eles. Os seus rostos foram tomados por um sorriso instantâneo, mesmo que em choque o Matt, não tirava os olhos dele, uma chama de esperança me tomou.
Nossa atenção foi roubada, quando os pais do Matt chegaram correndo e pararam eufóricos olhando para o bebê e acenando para mim, acenei de volta e observei eles parabenizarem o filho.
A enfermeira me sinalizou que o tempo tinha acabado, olhei para o bebê nos meus braços e quando levantei minha cabeça e tranquei meu olhar com o Matt. Não precisou que suas palavras fossem altas, só li os seus lábios com as palavras direcionadas somente para mim.
- Vamos fazer isso...
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Fica comigo! (Retirada 27/07)
Literatura FemininaSabe aquela vontade de chutar o balde e fazer tudo que você sempre quis e desejou, mas ficou anos guardando esses sentimentos, o destino simplesmente escolhe te mostrar os resultados por ser tão idiota... Conheci o Matt quando tínhamos três anos...