Capítulo 50

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Em Our estava o caos. Com a mais recente derrota e as inúmeras perdas, eles tentavam achar uma forma de se reerguer ou ao menos se organizarem, procurando saber quem eram os desaparecidos, mortos ou presos por Líber, que agora se vangloriava pela vitória e fazia marketing usando os dois jovens que tinham decidido deixar aquele mundo, obviamente junto da figura real que dizia apoiar e receber esse público, como quem dá toda a atenção. Em meio a essa bagunça, o presidente Iago se encontrava em seu escritório repleto de obrigações e papeladas, buscando um modo de fazer tudo isso.

- Senhor. - disse Castilho entrando no ambiente. Ainda tinha sua postura irreverente, todavia se mostrava carregada de seriedade.

- Novidades? - indagou sem esperança, já fazia poucos meses desde que a batalha havia ocorrido, porém não pareciam melhorar.

- No momento nada muito significativo, ainda estão contando os mortos e desaparecidos. E nenhum sinal dele também. - ela já sabia que Iago perguntaria por Lian - Quando cheguei em sua sala ele não estava mais lá, estava uma bagunça e tinha marcas de sangue no chão. Há várias possibilidades: ele pode ter sido atacado, morto ou até mandado para outro mundo, havia rastros de portal. - após uma pausa ela acrescentou - Ou ele fugiu.

- Não, ele não faria isso. - falou pensativo - Se não for te sobrecarregar procure por ele, está bem?

Ela assentiu:

- Só peço então que me mantenha no meu cargo. - Iago lhe lançou um olhar confuso - Vou procurar por ele o melhor que posso, o que significa viajar entre mundos, tempo em outros mundos muitas vezes são variáveis e posso me perder nisso. Sendo assim gostaria de ter a garantia de meu cargo não importa o tempo.

- Não se preocupe quanto a isso. Entendo e logo faremos um documento oficializando. Só para não ser dada como morta tente aparecer de tempos em tempos, obviamente com um relatório. - ela concordou, já sabia que teria que fazê-lo como de costume - Fique certa que tanto você quanto ele permanecerão em seus cargos. Algo mais?

- Na verdade, sim. É mais uma sugestão. Sei que não sou a melhor em estratégias, nem ocupo tal cargo, mas acredito que deveria assinar o tratado de paz com Líber, pelo que sei isso é feito para que haja paz entre os dois lugares.

- Certo... - falou cauteloso, não conseguia prever o que ela planejava - O que ganho com isso?

- Apesar de todas as corrupções de Líber, eles ainda se mantém firmes a palavras em público, principalmente tratados. - respondeu com um sorriso minaz, seu olhar rosa flamejante mais perigoso do que nunca - Logo não farão nada conosco e poderemos atacá-los. Esperemos algumas semanas, até que tudo esteja em ordem e na mais falsa paz, então soltamos a bomba com o mesmo veneno que testamos nos presos, que como vimos funcionou perfeitamente.

- Mas era temporário. - frisou.

- Mas lhe garanto que esse novo não é. Será permanente, inclusive testamos em alguns e usamos Lian como base.

Iago levou um tempo para responder, ponderando tudo aquilo enquanto observava a papelada.

- E quanto a essa bomba, está pronta?

- Sim, atingirá toda Líber. - falou certa.

O presidente levantou o olhar para a garota, ela sem dúvida era muito articulada, desde a reunião que decidiram atacar Líber Castilho veio com uma outra proposta que se prontificou a fazer enquanto se preparavam para tudo: ela e sua equipe cuidaram de retirar o máximo de material das pesquisas de Lest, deixando quase nada para trás. Assim quando Líber invadiu ela ainda estava nesse processo, por sorte havia obtido sucesso e graças a isso Líber não fazia ideia dos avanços no veneno ou sequer outras descobertas que possuíam.

- Vamos assinar esse tratado. - concluiu o presidente com um sorriso.

Líber vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora