Capítulo 32- "Minha esperança."

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Era só ele

E pra ele só bastava migalhas.

Tudo que eu tive dele foi migalhas, de qualquer forma.

O que poderia dar errado?

E assim, eu o beijei e ele retribuiu, como um acordo mudo disso que teríamos, seja o que for, não precisava de muito, segundo Potter.
Se estaríamos se amando ou se destruindo, pouco importava no momento insano.

AGORA

Harry.

Estar o beijando novamente era quase estar num sonho, num paraíso, como voar em plena liberdade pelo céu. Draco era o vôo mais intenso e perigoso que existia para mim no universo e também o único capaz de fazer dessas sensações um fogo sem fim, queimando, me tomando, me sugando. E eu queria isso, pela primeira vez em muito tempo, eu estava fazendo o que queria, por mim mesmo, sem ninguém por trás, sem razões..

Só por que era ele

Eu amava voar pela sensação de liberdade, tal como amar ele. Tendo ele ou não, não importava realmente. O pouco já era o bastante para mim, eu não exigiria nada mais.

Nada que eu não merecia.

Foi um pouco estranho depois de o beijar por que não repetimos o ato, só nos demos um selinho no corredor dos quartos e fomos dormir. Confesso que o diálogo fazia falta, por que eu já não sabia mais o que Draco pensava e isso era agonizante. Então quando de repente começamos a conversar tomando café da manhã, Hermione quase me puxou pelos cabelos da mesa para dizer-lhe o que aquilo significava.

Não significava muito.
Não para Draco, e estava tudo bem.

.


E apesar do surto de Hermione, por que, segundo ela, não conversemos, nem fizemos nada do que deveria, ainda sim, o que foi, foi. E por mim estava de boa, eu poderia me contentar.

Até eu o visitar na loja de poções, afim de sairmos com Scorpions, era algo que eu avistava que fazia Draco feliz, uma saída rápida a três e bem, eu adorava Scorpions.
A questão foi ter encontrado Johnny no caminho, com Draco. O certo não seria ficar irritado e apesar de manter a expressão de indiferente, ainda sim, era algo que no fundo me cortava, pedaço por pedaço.

Eu não podia evitar de sentir o que sentia por ele, nem se eu quisesse e bem, sentir ciúmes era ser humano. Eu não tinha o porquê, afinal não tínhamos nada e eu era tão sem importância quanto Johnny, não havia por que trazer isso a superfície. Portanto, deixei a ideia do passeio e fui pa casa de Sirius, mas ele não estava lá, estava com Remus em algum lugar. Eu sabia que não podia simplesmente invadir a vida alheia, Hermione tinha sua vida, Ronald também, Remus e Sirius viviam em conjunto e bem, só eu estava parado no tempo.

Eu não tinha ninguém para me receber em casa, ainda sim, fui para lá. Estava silencioso e tudo estava tão agonizante, apenas me sentei no sofá e peguei um porta retrato que havia por perto, era do tempo da escola, o trio de ouro. E também havia algumas fotos do casamento pela casa, com a família Weasley, com Ginevra, eu ainda não havia arrumado, apesar das muitas coisas dela terem sido tiradas pela própria mãe, que estava devastada pela situação da filha estar sendo julgada, por mim.

Eu não queria na verdade. O que passou, passou na verdade. Ela ser julgada me ajudaria no que? Eu já perdi tudo que queria de qualquer forma e isso não é algo que o julgamento dela possa me trazer de volta.

E meu celular tocou e eu atendi confuso, era um número desconhecido.



Olá?— perguntei após atender e a pessoa no outro lado não falar nada, eu podia sentir a respiração dela um pouco irregular, nervosa. — Olha, se não falar, eu vou desligar..

This Is LOVE - AmortentiaOnde histórias criam vida. Descubra agora