21. Melancolia I

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Oi, meus amores! Por incrível que pareça, eu demoro, mas retorno! Essa vida de plantonista acaba com qualquer tempo livre da gente. E vocês como estão? Prontos para mais um capítulo? Estou ansiosa para saber as reações de vocês, está ficando difícil de acompanhar por causa da rotina, mas sempre que eu posso, dou uma passadinha aqui. Sempre me deixa animada.  Sem demoras, vamos ao que interessa:

A obra de hoje é uma gravura e nela existe um ser alado, sentado, e cercado de objetos pouco comuns à ciência e às artes, características comuns da era renascentista. A pose da figura principal, com as mãos apoiando o rosto, se tornou uma imagem da "alma afligida" no final do século XVI. Melancolia I é uma gravura de 1514 criada pelo mestre alemão renascentista Albrecht Dürer.

Boa leitura....... ❤️

Uma vitrine de televisores à venda tinha todos os seus aparelhos sintonizados no principal noticiário de Seoul, que pertencia exclusivamente à emissora de Kim Namjoon. O dia trazia polêmica, catástrofes boas ações, mas nenhuma das notícias contaram sobre o ocorrido no apartamento de Park Jimin, mesmo ele sendo um personagem nacional e internacionalmente famoso. Não houve comoção, não houve repercussão, ninguém soube. Ninguém soube de suas perdas naquela semana, ninguém viu ele chorar no caminho para casa depois de quebrar a confiança de Jungkook, ninguém viu ele chorar enquanto abraçava o corpinho ensanguentado da Corgi caramelo que fora sua verdadeira companheira no processo de solidão.

Somente horas após ele conseguiu ligar para Namjoon e Seokjin e pedir por ajuda. Então os amigos foram buscá-lo e Jimin pediu para que fosse deixado na delegacia.

Contudo ninguém viu o olhar frio da polícia, que prometeu que ninguém mais sairia ferido, mas disse que esperava que coisas do tipo pudessem acontecer.

Ninguém mais viu a o rancor de Jimin subir pelo corpo, ninguém mais viu ele apontar o dedo para o delegado responsavel e ameaçar:

Se algo acontecesse com Jeon Jungkook ou sua familia e amigos, Jimin entregaria a cabeça de cada pessoa envolvida ali.

Todo mundo viu a raiva daquele olhar.

...

Taehyung olhou através da janela para o céu bonito da periferia de Seoul. O sol jogava uma luz morna, apesar do inverno que se instalava cada dia mais. Os pássaros cantavam felizes e da janela da sala, conseguia ver uma parte do prédio de Yoongi. Se olhasse além do horizonte, sabia que em algum lugar naquele amontoado de concreto, também se encontrava o condomínio de Hoseok.

Sentia falta. Só Deus sabia o quanto ele sentia falta.

Sentia falta do sorriso gengival de Yoongi, dos abraços quentinhos de Hoseok, de dormir espremido entre os dois corpos em sua cama apertada, de ser acordado com carinhos no cabelo, de ser xingado pelo apresentador quando deixava a toalha molhada em cima da cama, ou quando Yoongi o obrigava a ir à padaria da esquina só para se certificar de que o gatinho da rua havia comido a ração que ele deixara mais cedo.

Considerou infinitas vezes abrir aquela porta quando via Hoseok esperar ali por tanto tempo, ao mesmo tempo em que se culpou infinitas vezes por ter sido a viga que se quebrou e fez aquela casa desabar.

Rezou para que Yoongi confiasse em Hoseok. Rezou para que Hoseok confiasse em Yoongi.
Rezou para que parasse de doer neles.
Rezou para não ser esquecido.

Olhou para a janela novamente e sorriu.

Aquela dor tinha data de validade e iria terminar em breve.

Passou no quarto que dividia com Jungkook e observou o irmão dormir, como se estivesse tranquilo, como se o coração não estivesse partido. Suspirou e pediu aos céus que o destino fosse bom com Jungkook, e se houvesse um Deus, que ele segurasse a sua mão quando sentisse falta de Taehyung.

Dressed For SuccessㅣtaeyoonseokOnde histórias criam vida. Descubra agora