Capítulo 9 - Perigo Eminente

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"Corre, corre, corre, coração
Dos dois você sempre foi o mais veloz
Leve tudo o que quiser
Mas não volte atrás
Que minhas lágrimas jamais vou te dar
Por isso
Corra como sempre, não olhe para trás
Isso é normal
E na real eu não ligo mais"

Corre-Jesse & Joy
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Assim, passou a semana. Sem grandes acontecimentos no reino. Continuaria assim?

Apenas suportando a presença de Maurilio na empresa, que estava cada vez mais sufocante. Ele fazia questão de a todo momento estar supervisionando, ouvindo conversas e e se metendo onde não era chamado.

Maria Marta, seu ponto em específico.

Para a imperatriz e os filhos estava sendo incômodo e pior em casa. Evitavam José Alfredo todo o tempo e desde da sua volta e não deixando nenhum assunto se estender. Mas o homem de preto estava decidido em dar um basta naquele clima tão pesado. Percebeu que sozinho não ganhava a batalha. Precisava de seus aliados.

- Marta? Estou entrando.

- O que quer?-perguntou sem o olhar.

- Conversar...

- Sobre?-novamente sem o encarar. Estava provocando e fingia ler um livro, virando página por página.

- Pode me responder direito? Vim em missão de paz.-definitivamente não sabia lidar com a indiferença. Preferia Marta o atacando do que calada, sabia que não era boa coisa.

- Devia me agradecer por ainda te responder.

- Tem todo o direito de estar brava, mas já deu. Ninguém olha na minha, quando eu chego vocês saem. Já deu Maria Marta!

- Se é em relação aos meus filhos, não posso fazer nada. Quer que os amarre e obrigue a conviver com você?

- Nosso filhos, Maria Marta! Bem que você podia ajudar. Quero resolver a nossa situação.

- O que me sugere?-pergunta ainda sem mira-lo nos olhos.

- Primeiro que olhe pra mim enquanto estamos conversando. E segundo, preciso da sua ajuda para recuperar nosso patrimônio.

- Como? Pensei que soubesse resolver tudo sozinho, não é o todo poderoso? Que patético!

- Então?-estendeu a mão

- Tudo bem! Sei que você precisa de uma mente pensante.-disse apertando a mão do homem a sua frente.

Estava selado. Temos uma aliança. Bom para eles e difícil para o resto do mundo. A vida tornou-se assim, tudo um grande acordo que por enquanto não tinha fim.

Inimigos na maior parte do tempo e aliados quando necessário

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- Você aceitou mãe?- perguntou Clara indignada.

Depois da morte do pai que a princípio não foi bem aceita. Mãe e filha se aproximaram bastante. A menina compreendeu a mãe e deu o braço a torcer.

- Aceitei. É o nosso império que está em jogo. Império que pertencerá a você e seus irmãos futuramente.

- Não confio nele!

- Você está chateada Clara, é diferente. Ele ainda é o seu pai.

- Defendendo ele mãe? Jura mesmo?

- Não. Apenas expondo a situação. Aquele bode velho pode até não admitir mas está sentindo, e principalmente a sua falta.

- Merecido né mãe? Abandonou a família, só a filha protegida dele sabia.- seus olhos encheram-se de lágrimas.

Nós Poderíamos Ter Tido Tudo-MalfredOnde histórias criam vida. Descubra agora