Capítulo 15 - Fio Vermelho do Destino

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"Em uma outra vida, eu seria sua garota
Nós manteríamos todas as nossas promessas, seríamos nós contra o mundo
Em uma outra vida, eu faria você ficar
Para eu não ter que dizer que você foi aquele que foi embora
Aquele que foi embora"

The One That Got Away-Katy Perry
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Ao pisar em solo suíço, foi a sensação  mais próxima a liberdade, mesmo aquele lugar sendo o começo de tudo.
Andando pelas mesma ruas, entrando no mesmo Coffe que frequentavam, passando pelo mesmo banco que um dia se trombaram e também no mesmo hotel que um dia dividiram. Só faltava ele. Quanto mais tentava desligar, mais ligada ficava como o fio vermelho do destino.

Segunda a lenda, todas as pessoas que são destinadas a ficarem juntas, levam amarrados ao dedo mindinho esquerdo um fio vermelho desde o nascimento. Inquebrável. Indestrutível. Que conecta-se ao seu companheiro de alma.

Mas hoje, andava sozinha pela estrada..

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-Alô, filha!

- Mãe, Graças a Deus! Onde raios você se meteu? Todo mundo morrendo de preocupação.- os olhos dos irmãos voltaram-se a ela, afinal era um sinal de vida depois de quase três dias sem notícias.

- Perdão! Você está sozinha?

- Se eu estou sozinha? Pra que?

- Isso, não quero que ele saiba onde estou. -a imperatriz realmente não fazia idéia que em poucas horas, justamente ele também estaria lá. Bons em guardar segredo, nada falaram. Ninguém atreveu a pensar nessa possibilidade.

- Tudo bem, pode falar.

- Recebeu meus presentes?

- Sim e todos lindos. A altura de uma imperatriz. Mas o que significa? Foi embora pra sempre, mãe?

O coração apertava, como explicaria que foi embora por não aguentar, não aguentar olhar pra ele, conviver com ele. O amor era uma arma de autodestruição.

- Eu preciso ficar um tempo fora. É o melhor. Fique tranquila que sempre estarei em contato com você e seus irmãos.

- Eu te amo, mãe! Volta logo!

- É coroa, volta logo! Tá fazendo falta já, não tem ninguém pra passar as ordens.-brincava Lucas que tomou o celular da irmã, sempre foi o mais descontraído.

- Não diga besteiras! Mãe, qualquer coisa liga pra gente. Fica bem!-repreendeu Pedro, o mais cabeça deles que também apanhou o celular para si.

Aqueles crianças grandes faziam um falta absurda também. As brincadeiras do caçula, as ideias da menina e a compreensão do mais velho, todos se complementavam e eram o pilar do outro. Sempre foi assim, desde pequenos, se um estava ruim os outros também sentiam. Da enteada a falta bateu também, a princípio não tinha se afeiçoado por ela mas depois acostumou-se com a presença da garota. Não negava o sangue dos Medeiros, tinha a determinação do pai.

- Eu amo vocês também! Muito!-dizia com lágrimas nos lindos olhos de esmeralda.

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Finalmente!! Uma viagem nunca foi tão demorada. Impaciente estava. Agora chegava a parte complicada: como achar em uma cidade daquela.

Seu desejo foi de comprar a passagem e embarcar no mesmo dia que soubera de sua partida, porém não deu. Tinha trabalho para adiantar, foi corrido.
Precisava pensar em como proceder. Tudo valeu a pena! Hoje estava onde queria estar.

Nós Poderíamos Ter Tido Tudo-MalfredOnde histórias criam vida. Descubra agora