Bom dia, meus amores!!
Vamos acompanhar o desenrolar desse encontro inusitado!!
Vêm ler!!
...
Luiz Henrique
— Paes, pode ir direto para a viatura — ordenei, sem encarar Dani. Seria sua última operação ao meu lado, ao menos, quando eu pudesse escolher a equipe com quem trabalharia. — E você, me acompanha. — Apontei para o outro agente.
Devia ter escutado Paulo, o cara não passou para o cargo de delegado à toa. Até podia ser apaixonado pela ex, mas era inteligentíssimo e muito perspicaz. Ele enxergou o que eu não vi.
Dani tinha ciúmes de mim e perdia toda a razão por isso. Ela empunhou a arma contra uma funcionária da empresa, que estava visivelmente amedrontada. Se os seus anos trabalhando como agente não foram suficientes para perceber que Olívia desorientou com a nossa chegada, e, não por esconder algo, pois a mulher exalava inocência, então não servia para atuar comigo.
Um agente administrativo subiu até o andar onde estávamos para recolher os materiais apreendidos. E eu segui para as outras salas, supervisionando a operação.
Soraya pediu para conversar comigo em particular, o que neguei, deixando-a carrancuda. A vergonha estava estampada em sua face. É engraçado como as pessoas não têm o mínimo pudor em roubar, sonegar, corromper e tantos outros crimes, mas ficam pudicos quando são pegos.
— Brandão, por aqui finalizamos. — Um agente me chamou e era a última sala que verificávamos dentro da empresa.
— Certo, leva os materiais daqui, fim da operação.
Quarenta minutos depois eu estava dentro da sala do Paulo entregando-lhe o relatório da ação que concluímos durante toda a manhã. Não mencionei nada sobre o comportamento da Dani, mas em breve teria que fazê-lo, pois ele não ia engolir quando eu pedisse que ela não estivesse mais na mesma operação que eu.
— Então correu tudo bem, Lui — fechou a porta e aí podíamos nos tratar como os velhos amigos que éramos.
— Você tem material suficiente para indiciá-los. — recostei no encosto da cadeira, diante da sua mesa. Ainda não havíamos analisado o que tínhamos em mãos, no entanto, não havia dúvida quanto a nossa tese de que o dinheiro acumulado por Mauro através de jogos ilegais e cassinos clandestinos, era lavado na empresa da sua mulher e outras de fachada que ele possuía.
— Provável, meu amigo. E você sabe que essa história vai feder muito ainda. Eles não fazem ideia que chegamos aos prefeitos. — Como normalmente acontecia, Mauro não estava sozinho. As falcatruas iam além, prefeitos do interior de São Paulo também faziam parte do esquema, recebendo propinas para facilitar os negócios ilegais nas cidades.
— Será mesmo que não sabem? Porque estava muito mal escondido. — questionei, desacreditado, e ele confirmou sua teoria.
— Uma coisa que a PF nos ensinou: o dinheiro não apenas deslumbra, ele também deixa as pessoas burras, tamanha a sede por ganhar mais.
— Tem razão.
— Agora vai, me conta logo o que aconteceu na loja da madame. — ele também recostou na cadeira e cruzou os braços. Revirei os olhos, nem sei porque achei que conseguiria ir embora sem relatar o ocorrido de mais cedo. — Eu posso até adivinhar, mas, para não dizer que estou sendo injusto, quero ouvir da sua boca.
— Está sendo patético.
— Desembucha, Brandão.
— Dani apontou a arma para uma funcionária da empresa. — Contei, após um suspiro e sem revelar que, de certa forma, eu a conhecia. Não encontrei um motivo válido para chamar atenção para Olívia.
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Meu vizinho federal
Romance"Luiz Henrique, vulgo Brandão, é agente da Polícia Federal, filho de advogados criminalistas e acostumado a investigar e prender clientes dos seus pais. Durante uma Operação policial, descobre que a mulher assustada, que chamou sua atenção, é a dona...