Capítulo 22

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Olá, meus amores!

O capítulo que postei anteriormente estava correto, eu quem errei na hora de nomear.

Mas já consertei!

...

Luiz Henrique

O que eu estava arrumando para a minha vida?

Desliguei o chuveiro e voltei para o quarto que Olívia me contou ser o que seu irmão usava, quando ele ainda morava na casa dos pais. Troquei de roupa, vesti uma calça e um agasalho, por precaução, sempre tinha peças reservas no porta-malas do carro e saí em direção à sala.

Lá estava ela, encolhida no sofá, dentro de um moletom clarinho, que de longe já se mostrava ser bem quente, usava ainda uma calça preta justa e pantufas. Linda! Aproximei-me e sentei-me ao seu lado, estávamos sozinhos no cômodo, segurei com cuidado sua nuca e lhe dei um beijo rápido na boca. Olívia correspondeu o beijo e o contato, deitando levemente seu corpo em meu peito, mas logo nos soltamos.

— Como você está? — Perguntei, inspecionando-a.

— Acabei de tomar mais remédios... Vou ficar bem! — Embora tentasse parecer positiva, tinha o olhar caído e a feição abatida. Era nítido que lutava para não se entregar.

— O jantar está pronto, meninos. — O pai dela surgiu no liame da sala onde estávamos, que era um ambiente à parte da sala de jantar e nos chamou. Era um homem alto e sério, mas que me recebeu muito bem. Quando voltamos da confecção, fomos apresentados e passamos um bom tempo conversando. — A sopa da minha mulher é a melhor que existe, Luiz Henrique! Fique à vontade. — ele disse e, quando nos aproximamos, puxou Olívia para os seus braços, abraçando-a.

Uma família carinhosa e cheia de cuidados.

Sentamo-nos à mesa, a mãe dela justificou que o filho mais velho e sua família não iam jantar com a gente em razão da esposa estar grávida e não ser seguro entrar em contato com a Olívia.

— O senhor tem razão, é a melhor sopa que já provei. — disse ao seu José, mas o meu olhar vagou dele para a mulher, que recebeu o elogio com um sorriso no rosto. Ela era uma versão mais velha da Olívia. — Obrigado, dona Cida!

— Uma pena ter que ir embora tão rápido, Luiz Henrique. — ela disse.

— Não nos programamos, prometa-me outra sopa dessa e arranjo uma folga na delegacia. — Todos nós rimos, estava mesmo uma delícia, as torradas que ela serviu de acompanhamento pareciam coisa de outro mundo, de tão saborosas, crocantes e bem temperadas.

— Então, você é policial federal, uma profissão muito interessante! — o pai de Olívia comentou.

— Não vou negar, gosto do que faço. — respondi, satisfeito.

— Deve ser a única pessoa que ama plantões, papai. — Olívia disse e, como era típico dela, ficou vermelha, pois acabava de contar aos pais que de alguma forma éramos íntimos. O que não devia ser novidade, já que eu estava ali, na casa deles.

— Gosto de operações novas e, normalmente, elas iniciam com os plantões!

O jantar foi regado a boas conversas, que disfarçavam o olhar preocupado que seu José e dona Cida tinham sobre Olívia, que mais brincava com a sopa no prato do que comia. Ela reclamou que não estava conseguindo engolir.

Quando acabamos a refeição, fomos para a sala, seus pais disseram que cuidariam da louça e pediram que eu fizesse companhia a ela.

Sentados de volta no sofá confortável, minha vontade era abraçá-la, mantê-la na proteção dos meus braços, poder cuidar dela sem preocupar com quem estivesse ao redor. Mas, ali, eu era apenas o amigo que fez um favor. E, pensando bem, em outro lugar, o que eu era para Olívia? Estávamos nos envolvendo, isso era fato.

Meu vizinho federalOnde histórias criam vida. Descubra agora