Capítulo 29

657 109 17
                                    

Olívia

Passava das dez da noite quando paramos o carro no estacionamento da pousada, Lui deu a volta para abrir a minha porta. Imaginei que fôssemos sair cedo de São Paulo no sábado, mas, durante a tarde, ele me telefonou e perguntou se eu conseguiria me organizar para sairmos naquele dia mesmo, que era sexta-feira. Confirmei, estava tão ansiosa quanto ele.

— A gente faz o check-in e eu volto para buscar as bagagens. — Apenas balancei a cabeça em afirmação e senti que o vento frio poderia, até mesmo, cortar minha pele. Dos meus lábios saía um leve tremor. Ele percebeu que eu quase sucumbia e riu, abraçando-me pelo ombro. — Vem cá, deixa eu te esquentar.

Resolvemos as burocracias e já com as bagagens, seguimos um caminho de pedrinhas e ladeado por pequenos arbustos. Em ambos os lados havia muita vegetação.

A pousada ficava em Serra Negra, há cerca de duas horas e meia da capital e, em toda a sua extensão, havia uma suntuosa vista para as montanhas. Como ele havia dito, quando me convidou.

Logo no início, havia uma construção muito bonita, arquitetura estilo suíça, com muita madeira e um jardim bem cuidado à frente. O funcionário que nos acompanhava explicou que era onde ficavam os apartamentos.

Continuamos subindo, passamos pelas piscinas e, após uma escadaria, chegamos à área dos chalés. Eu fui surpreendida pela beleza, já era bem tarde da noite e eu tinha certeza de que estava perdendo muitos detalhes, no entanto, era muito mais incrível do que havia imaginado.

Os chalés pareciam estrar no meio das montanhas, com uma enorme distância entre eles, permitindo que todos tivessem privacidade.

— O de vocês é o último e é o maior deles. — o funcionário avisou e eu procurei Lui com o olhar, que deu de ombros.

— Eu disse que tinha muitas ideias! — respondeu, dando uma piscadinha ao final, o que já me deixou de pernas bambas em expectativa.

O carinha não exagerou quando disse que o nosso chalé era grande. Talvez ele tenha até atenuado. Era enorme, composto por dois andares, todo em madeira e com paredes inteiras envidraçadas. No térreo, havia uma pequena e equipada cozinha, banheiro, sala e o hall de entrada. Uma escada, também em madeira, levava ao segundo piso, onde estava localizada a suíte com closet e mais uma sala. Nos dois pavimentos, havia sacadas. Sendo que, na suíte, também tinha uma banheira de hidromassagem, redonda e posta sobre um deque, de frente para a vegetação e montanhas, separada por mais uma parede envidraçada.

— Gostou? — Lui me agarrou, colando suas costas em mim e enlaçando minha cintura. Eu estava parada no liame entre o quarto e a sacada. Diante de nós, somente a escuridão do céu iluminada pelas estrelas. Tudo parecia tão mágico. Nós dois naquele chalé lindo e tão romântico. A equipe da pousada havia o arrumado para nos receber, na mesa redonda da sala havia uma cartinha endereçada a nós dois, um balde de prata com champanhe, uma caixa de bombons finos e um mix de frutas secas, morangos e castanhas. Todo o cenário era como se tivesse saído de algum livro, parecia irreal demais.

— É tudo tão lindo... — apertei seus braços e aconcheguei-me em seu corpo, de um jeito que eu estava gostando de fazer.

— Também gostei daqui... Pensei em um banho de banheira, o que acha? — sugeriu, já atacando meu pescoço, com mordidas e beijos molhados. E como negar? Eu jamais que eu perderia a chance de entrar na banheira com aquele homem, ainda que estivesse quase congelando de frio.

— Acho maravilhoso! — virei-me para ficarmos de frente e enlacei seu pescoço. — Não posso negar, você tem tido ideias muito boas, essa viagem, banho na banheira...

— Vou te mostrar que é só o começo, Olívia! — safado, deu uma piscadinha e beijou minha boca. Eu estava viciada em seus beijos, em seus braços enormes e onde eu em encaixava perfeitamente, na voz forte ora sussurrando em meu ouvido o quanto me achava linda ou falando mil besteiras, deixando-me acesa e excitada demais.

Meu vizinho federalOnde histórias criam vida. Descubra agora