Capítulo 12 (+18)

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Any Gabrielly

Fui para o banho repassando mentalmente tudo o que havia acontecido naquele dia ao lado de Joshua.

As nossas implicâncias eram irrelevantes aos olhos de outras pessoas, mas, eu gostava daquele jogo. Mesmo que não passasse de cama ou apenas palavras atravessadas que faziam meu corpo incendiar imaginando sua barba arranhando minha pele.

E por falar em pele, resolvi cuidar dela, já que a mesma estava implorando para que eu ficasse longe de qualquer maquiagem. Mas, parecia impossível atendê-la no momento.

Eu estava sempre trabalhando ou fazendo algo que exigia um rosto limpo, sem olheiras e que não revelasse como eu estava exausta.

O jantar fora a base de salada e um suco verde que apesar de gostoso, não colocou fim ao buraco do qual meu estômago se encontrava.

Resolvi ir para o quarto, ignorar a presença fastidiosa de Mark e fiquei conversando com Sina por algum tempo e após me despedir dela, resolvi ler o livro do qual ela me indicou há muito tempo e eu nunca tive disposição para ler.

E nas primeiras páginas, tive certeza que deveria ter feito isso antes, pois, era um livro incrível, engraçado e com uma leitura totalmente envolvente.

Ignorei o fato de que eu precisava estar de pé na manhã seguinte e continuei a leitura até alguém bater à porta. Pensei em ignorar e fingir estar dormindo até a pessoa desistir e voltar para o seu quarto, mas, o sussurro rouco do outro lado me fez franzir a testa antes de ir até ela e a abrir.

Uma garrafa de vinho, dois copos e uma provável pizza em mãos. Regata preta igualmente seu short e cabelos molhados foram o suficiente para trazer à tona toda a tensão que eu tentei esconder enquanto estávamos juntos.

— O que faz aqui? – perguntei e ele olhou o corredor antes de entrar no quarto, mesmo não tendo sido convidado.

— Vim trazer o seu prêmio de liberdade. – sorriu.

— O que é isso? – apontei as coisas em suas mãos.

— Isso foi criado na Itália e eles a nomearam de: pizza. – falou pausadamente a última palavra.
— E essa iguaria maravilhosa aqui, se chama: vinho.

— Eu sei o que são. – rolei os olhos. — Mas você não está pensando que iremos comer pizza e beber vinho, está?

— Não, eu estou afirmando. Eu precisei inventar toda uma história de que estava completando cinco anos de casado hoje e que queria fazer uma surpresa, por isso, o motoboy não podia buzinar de maneira alguma. Não faça desfeita.

— Eu não acredito. – ri de sua criatividade. — É uma pena que o seu casamento não exista e tão pouco, sua esposa.

— É, mas você existe e como minha colega de trabalho e morta de fome, como eu, dividirá comigo o peso de sermos solteiros solitários comendo essa pizza e bebendo vinho, em minha ilustre companhia.

Coloquei as mãos na cintura e o olhei, ele era fora de série.

— Eu não sei o que eu faço com você. – indiquei a mesa no canto do quarto. — E se eu por acaso estivesse dormindo?

— Eu beberia sozinho e teria uma pizza inteira somente para mim.
– sorriu antes de posicionar todas as coisas sobre a mesa. — Mas, eu prefiro fazer isso em sua companhia.

— Por que?

Ergui os olhos até os seus e pela primeira vez, eles não transmitiam sarcasmo, ironia, duplo sentido ou coisas do tipo, apenas uma branda tranquilidade.

Pretty Hurts • BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora