Capítulo 34

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    Josh Beauchamp

Eu ainda sentia raiva de Mark todas às vezes que pensava em sua cara cínica mentindo e enganando a minha menina, a fazendo se sentir culpada por algo que nunca foi culpa sua.

Eu estava realmente fritando de ódio por ele e tentando não deixar o lado primitivo falar mais alto. Confesso que não estava sendo fácil.

Any me distraiu ao me arrastar para uma loja gigante e com uma variedade enorme de fantasias, me fez sentar em um daqueles puffs macios e confortáveis e me fez prometer que seria sincero em relação a qualquer coisa que experimentasse.

E eu perdi as contas de quantas vezes ela abriu o vestiário, mostrou a fantasia e por mais que eu dissesse que estava linda, ela discordava.

Foram horas intermináveis até ela finalmente dizer as palavras mágicas:

— Acho que finalmente encontrei algo que eu goste.

— Tudo bem, me deixe ver.

— Não.

— Não? – franzi a testa, mesmo que ela não estivesse vendo.

— Não. Você saberá no dia da festa.

— Você é fantástica, Gabrielly, me trouxe para cá, me fez ficar sentado por horas e no final das contas, fará uma surpresa.

— Confie em mim, valerá a pena.
– ela piscou graciosa após sair do vestiário.

Não reclamei e a segui loja a fora morrendo de curiosidade.

Voltamos para sua casa e Gabrielly reuniu todos para contar sobre a gravidez. Nancy nos abraçou apertado e chorou enquanto repetia diversas vezes que merecíamos isso e que já desconfiava.

Também espalhamos a notícia para Cadence e eu sabia que em pouco tempo, ela e Nancy estariam conversando sobre o bebê.

Laura havia dado uma lista gigantesca de recomendações para Any e eu estava disposto a me certificar de que ela a cumpriria religiosamente.

Entre elas, tínhamos a sugestão de uma caminhada pela manhã e foi árduo fazê-la sair da cama.

— Nós podemos ficar aqui e dormir mais um pouquinho? – Any me abraçou, lenta pelo sono e eu a abracei de volta.

— Não, não podemos. São quase dez da manhã.

Ela resmungou dizendo que me odiava e no fim, saiu da cama. Se enfiou em um macacão esportivo, tênis de corrida, blusa de frio e cara feia.

— Não me olhe assim.

— Eu estava bem mais feliz quando estávamos deitados, sem roupa e sem planos para acordar cedo.
– ela encheu sua tigela de cereal.

— Você vai sobreviver sem o meu corpinho aquecendo o seu por algumas horas. – pisquei para ela.

Any devorou seu cereal e algumas frutas antes de irmos.

— Será divertido. – sorri, tentando animá-la.

— Desde quando correr estando grávida pode ser divertido?

— Em primeiro lugar: não vamos correr, vamos caminhar. Em segundo: tudo comigo é divertido.

Gabrielly não deu mais uma palavra e ela realmente estava arrastando os calcanhares ao meu lado, até segurar meu braço, me fazendo parar.

— Está tudo bem? – a analisei e ela assentiu.

— Está, eu só... Estou sendo uma chata, não é? Gostaria de pedir desculpa. Você está sendo incrível e paciente e eu estou sendo uma estúpida e reclamona desde que saímos de casa. – ela parecia envergonhada.

Pretty Hurts • BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora