Capítulo 48

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Josh Beauchamp

Gabrielly estava na reta final da gravidez e por mais que eu tentasse mantê-la calma e dizer que ficaria tudo bem, eu estava nervoso também. Totalmente feliz e ansioso para conhecer o rostinho da minha pequena mas ainda sim, nervoso.

Era o penúltimo ultrassom dela e eu estava sorrindo como um bobo enquanto observava minha filha se mexer.

— Nós temos um papai extremamente apaixonado por aqui. – Laura comentou olhando para mim.

— Você não faz ideia do quanto.
– eu não conseguia tirar o sorriso do rosto.

— Espero que vocês estejam com tudo pronto para a chegada dessa pequena.

— Acha que ela irá nascer antes de nos mudarmos para a casa nova?
– Any perguntou.

— Bom... Você está com trinta e quatro semanas e pelos seus exames e tudo o que estamos acompanhando, ela não irá adiantar, então se vocês correrem, talvez ela consiga estrear o quartinho novo.

— Acho que a gente consegue.

Laura disse tudo o que nos deixava feliz e com um sorriso gigante. Que a nossa filha estava desenvolvendo perfeitamente, que nesta fase conseguia sentir mais facilmente a luz externa, ouvia nossa voz com maior clareza e que Gabrielly ainda levaria alguns chutinhos.

— Bom, além de médica obstetra, eu também sou conselheira amorosa, fada-madrinha, terapeuta de casais, enfim. Então, eu preciso perguntar, como vocês estão como um casal?

— Ela foge de mim. – apontei para Gabrielly.

— Não é verdade. – protestou. — É só que... Eu me sinto cansada o tempo todo.

Começamos uma pequena discussão sobre isso e Laura pareceu adorar ouvir.

— Eu posso? – levantou o indicador pedindo permissão para falar, nos interrompendo. — Vocês ainda podem curtir de outras formas, se vocês me entendem, e eu não quero lhe entristecer, loiro, mas, vocês ainda ficarão de "castigo" após quarenta dias do nascimento da bebê.

— Eu quero chorar. – murmurei.

— Não chore. Faz parte do processo. – Laura comentou mais algumas coisas antes de nos liberar e eu segui Gabrielly ainda resmungando pensando nos quarenta dias.

— Você vai mesmo ficar de cara feia por conta disso?

— Eu estou carente, Gabrielly, me deixe em paz.

Ela fez um burburinho fofo em ironia e esmagou minhas bochechas.

— Você é só um bebê de quase dois metros que precisa de carinho.
– revirei os olhos segurando sua cintura.

— Eu preciso transar, Gabrielly.

— Sinto muito, alteza, não posso realizar seu pedido agora, embora eu queira muito. Volte após quarenta dias da chegada da nossa pequena. – ela prendeu o riso.

— Tchau. – soltei sua cintura e marchei até a porta e ela ria se divertindo.

— Não vou voltar com você.
– avisou. — Vou para casa de Sina, aula de yoga e depois teremos um "dia de beleza" que as meninas insistem em dizer que eu preciso.

— Tudo bem, se divirta.

  Any Gabrielly

As meninas estavam fazendo o impossível para que eu saísse de casa e fizesse algo além de dormir, comer e reclamar de dores nas costas.

Me arrastaram para um barzinho local no último final de semana e antes da meia-noite eu já estava em casa descansando sobre uma pilha de travesseiros. Me fizeram ir ao cinema também e eu dormi praticamente o filme inteiro e mesmo que elas soubesse que eu voltaria mais cedo ou daria um jeito de fugir somente para dormir, elas continuavam me fazendo sair às vezes para socializar.

Pretty Hurts • BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora