Capítulo 17

6 2 0
                                    

Foram uns bons 4 anos de minha vida. Bastava eu ignorar os emails de minha mãe, que não estava lá para me forçar a ler o que me mandava. Sempre ignorava as notificações de mensagens e emails. Não conseguia ver o nome dela em lugar nenhum.

Não queria ver. Queria continuar a aproveitar essa felicidade e liberdade que tinha enquanto estava lá. De aparecer, seduzir, e de amar.

Sentia finalmente que o mundo estava me ajudando, oferecendo-me a Manu como suporte e dando-me a escolha de responder as mensagens de minha família ou não. Sabia das consequências de meus atos, mas queria apenas mais dessa liberdade que pouco tinha sentido antes.

Não fui um dos melhores alunos, mas consegui colocar meu nome na boca do povo. Dos alunos, e dos professores. Sabiam quem eu era porque conseguiam ver meu óculos de sol em formato de coração rosa há quilômetros.

Os que me conheciam e falavam comigo super me apoiaram e me ofereceram as conexões para projetos incríveis que participei. Acabei aprendendo muitas outras línguas além do inglês e português. Logo foi o francês, espanhol, italiano, até mesmo um pouco de japonês e chinês.

A turma era uma rede de conexões. Atrele isso ao fato de que a maioria vinha de fora. A turma era um mundo por si só. Fofoquei com todo mundo que tinha chance.

Em uma aula vaga específica, decidi que queria fazer uma rodinha de informações. A gente rodou a garrafa vazia de vinho que um dos alunos tinha, e quem terminasse apontando tinha que trocar informações com o outro de como eles poderiam pegar um serviço juntos.

Escutei sobre vários temas interessantes, inclusive sobre a máfia italiana. Uma família com diversas conexões, seria bom para trabalhos futuros.

Tudo aquilo era pra que a gente pudesse saber quem procurar e os serviços que a gente poderia oferecer, não só um para o outro quanto aos nossos arredores. Afinal de contas, como hackers e estudantes de computação, tínhamos o mundo.

Ariel.EXEOnde histórias criam vida. Descubra agora