Eroda, a cidade das tempestades.
Nessa cidade onde o sol mal aparece, e as nuvens carregadas tomam conta de todos os dias, Harry e Louis carregavam suas próprias tormentas e, principalmente, não se davam nada bem. Por uma provocação, Louis e Harry...
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Harry esperava Louis no outro dia. Só não esperava ser tão cedo.
Louis apareceu em sua casa ás oito da manhã, acompanhado de um céu com poucas nuvens porém o frio ainda era bastante presente. Anne já havia saído para trabalhar, Harry fez de tudo para esconder os machucados quando chegou na noite anterior. Bem, tem dado certo. Até porque o diretor não havia ligado para sua mãe. Sendo sincero, Harry tinha certeza que o diretor o deixaria apanhar mais 10 vezes antes de ligar para a Srª Styles.
Louis vestia um conjunto de moletom preto. Parecia mais alegre que o usual, mesmo sendo a cor padrão e triste de sempre. Harry anotou mentalmente, para mais tarde escrever em sua lista. Louis ama roupas pretas.
_ Bom dia, Anjo. - Ele disse, com um sorriso torto nos lábios. Mas um corte em seu supercílio esquerdo chamou a atenção.
_ Bom dia. - Harry respondeu, puxando Louis pelo braço para dentro da sala, fechando a porta e cruzando os braços com a expressão séria ao encarar o mais velho. - Que merda você tem na cabeça?!
_ Do que está falando? - Louis escondeu o sorriso mordendo o lábio inferior. Percebeu quando Harry demorou olhando sua boca.
_ De você bater em três caras sozinho ontem a noite, Tomlinson!
_ Aquilo não foi nada. Olhe só... - apontou para o corte em seu rosto. - Só rasguei um supercílio. Eu estou bem.
_ Mas poderia ter levado uma surra! - argumentou.
Louis olhou para o rosto cheio de cortes e hematomas do cacheado. Harry teve sorte de ter ganhado um olho roxo e não um nariz quebrado.
_ Anjo, eu quem tenho motivos para me preocupar com você agora. Não o contrário. Aliás, ainda dói muito? - Louis deu dois passos para perto de Harry, segurando seu rosto com as duas mãos, analisando de perto os cortes.
Harry não percebeu quando prendeu a respiração, e tudo o que ele fazia era olhar dentro dos olhos azuis que ainda o examinavam.
_ Um pouco, os remédios estão ajudando. - Ele respondeu sussurrando.
_ Ótimo. - Louis parou de olhar os machucados e fixou o olhar nos olhos verdes. - Acha que consegue sair hoje? Podemos ir na casa da floresta.
_ Você não tinha que estar na escola agora?
_ Não tem nada importante hoje. Me viro depois para conseguir nossas atividades.
Harry quase sorriu, mas conseguiu segurar. Respirou fundo, sentindo o perfume forte de Louis com um pouco de cigarro no meio. Balançou a cabeça positivamente.
_ Vou me trocar. Pode subir comigo ou esperar aqui?
_ Vou com você.
De repente o coração de Louis acelerou, e ele tirou suas mãos que ainda estavam segurando o rostinho de Harry, e o seguiu escada a cima até seu quarto.
