Episódio 0.9

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A liberdade que merecemos

Conseguimos rastrear o veículo e sem espera, fomos até o paradeiro da criança.

Informamos ao jovem Taehyung sobre a busca e em pouco tempo, ele se encontra conosco.

Seguimos para o encontro da garotinha.

Chegamos rápido pois eu já sabia aquele caminho de cor.

Paro em frente à casa suspeita. Olho para o outro lado da rua e vejo a casa de Jieun.

Espero que essa mina não apareça.

Descemos do veículo e batemos leve na porta. Tocamos a campainha, mas ninguém atendia.

Yoongi perde a pouca paciência que ele tem e esmurra a porta com força.

— Polícia! Abra a porta se não arrombaremos esse caralho!

Escutamos o barulho da fechadura e logo uma senhorita aparece.

Seu cabelo estava bagunçado como bolo de linhas. Vestido longo e florido. Seus olhos vermelhos como quem tivera passado noites sem dormir.

Mostro meu distintivo e me apresento enquanto Yoongi e Chen adentram em sua residência, chamando pela garotinha.

— Eu- eu não fiz... — Engole seco e assustada — O que estão fazendo? Isso é invasão domiciliar.

A moça baixa, exalava a álcool e cigarro.

— Viemos buscar essa garotinha

Mostro a foto da menina e assim que a ver, a mulher desorientada se afasta e me encara mais assustada que antes, como quem tivesse visto uma assombração em sua frente.

— Eu não a conheço! Eu nunca a vi. — Sua voz saia trêmula — Saiam da minha casa!

Ela grita desesperada. Se apoia no meu peitoral, tentando me empurrar.

— Ou você se acalma ou terei que te algemar — Digo segurando seus pulsos

A garotinha aparece chorando me pedindo para solta-la

— Não machuca minha amiguinha, tio. Ela é do bem.

Yoongi estava ao seu lado enquanto Chen vasculhava a sala a procura de algo suspeito.

— Ei, menininha. — Yoongi se abaixa para ficar na altura da criança — Ela não é sua amiguinha. O que ela fez foi errado. Trouxe você escondida do seu irmão.

— Ela na pracinha e ela me chamou para comer bolo de chocolate, então ela é minha amiga. — Falava com os dedos na boca.

Sua boca e seus dedos estavam melecados de chocolate e eu sentia o cheiro de algo no forno.

— Eu só queria uma companhia. — A moça se deita no meu peito e chora — Meus filhos me deixaram. Eu estou sozinha aqui. Eu não tenho mais ninguém.

Ela soluçava como criança

— Então onde você conseguiu isso? — Chen aparece segurando um pacotinho com drogas e cocaína

— Eu... — Seu semblante de medo era nítido — Eu encontrei na gaveta do meu filho.

— Poderia nos mostrar onde? — Pergunto

Ela nos leva até o segundo andar de sua casa, onde fica os quartos. Enquanto vasculhamos o quarto do seu filho, Yoongi leva a garotinha até seu irmão que o esperava no carro.

Encontramos mais dois pacotes com cocaína e um convite de um aniversário que ainda irá acontecer. Guardo em meu bolso com cuidado para que ninguém perceba

— Podemos olhar o quarto ao lado? — Chen pergunta para a senhorita que mordiscava seus dedos

— Aquele quarto é do meu filho mais novo. Ele não é envolvido nisso, não. Só o mais velho que é o Jin. — Ela tampa a boca — Eu não deveria... — Ela chora ainda mais

— Senhora, me escute bem. — Chen se aproxima e pega em suas mãos — Iremos leva-la para uma clínica de recuperação. Você não está bem, precisa se tratar.

— Eu não vou voltar pra lá! — Ela se joga no chão

— Tenta ligar para o filho mais novo dela. Quem sabe ele a convence. — Digo para Chen

— Qual é o nome e idade do seu filho, senhora? — Ele se abaixa e pergunta para a mulher jogada no chão

— Eu não vou dizer! — Diz em prantos — Jimin... dezenove.

Ela se senta e apoia sua cabeça em suas pernas.

Chen disca o número do dito que a senhora nos tem passado, mas a ligação não é concluída.

— O número está fora de área. O que faremos? — Ele me pergunta enquanto acalmo a senhora desamparada

Não conseguimos convence-la a ir conosco então tivemos que pedir ajuda para alguém da vizinhança.

— A casa da sua namorada não é nesse bairro, Jungkook? — Chen me pergunta ao entrarmos no carro.

— Sim. — Suspiro alto — Falando no diabo.

Jieun aparece na porta de sua casa e observa o movimento.

Chen desce do veículo e vai de encontro com a dita. Observo os dois pela janela, estranhando o comportamento do Chen.

— 'Tá sentindo? — Yoongi pergunta — O cheirinho dos ciúmes.

— Se refere a mim? — Me viro para encara-lo

Ele estava sentado no banco de trás com os irmãos que se abraçavam.

Olho para a garotinha.

— Você está bem? Está machucada? — Passo a mão no seu cabelo, arrumando seus fios.

— Estou bem, tio. — Ela sorri com seus dentinhos a mostra.

— Você quer um sorvete? — Pergunto e ela afirma com a cabeça — Okay, vou chamar o titio ali e já volto.

Desço do veículo e atravesso a rua

— Oppa! — Jieun me abraça com força e eu a afasto.

— Eu 'tô com pressa. Chen, vamos. A menina quer ir para casa.

— Beleza, irmão. A Jieun conhece a mulher e disse que vai ficar de olho.

Chen sorri para a dita e dá uma piscadela para ela.

— Pode deixar. Qualquer coisa eu te ligo, Jungkook.

— Ligue para a delegacia, Jieun. — Digo a encarando e com as mãos no bolso — Vamos.

Jieun tenta me abraçar, mas me viro antes e atravesso a rua e volto para o meu carro. Chen vem logo atrás.

Paramos em uma sorveteria próxima. Pago um sorvete para a garotinha e seu irmão.

Sentia a mesma vibe vindo dos dois. Taehyung parecia um rapaz sério, mas é brincalhão e alegre como uma criança.

— Você tinha me dito que conhecia aquela senhora. — Yoongi diz ao moreno que devorava seu sorvete

— Sim. Eu sou o melhor amigo do filho dela.

Me inclino na mesa

— O Jin? — Pergunto

— Não. O Jimin. — Põe uma colher de sorvete na boca — Ele é o mais novo e... — Ele fica em silêncio por segundos como se tivesse se lembrando de algo — Eu não sei se ainda somos amigos.

— Por que? — Chen pergunta curioso

— Eu não o vejo a meses e ele não atende minhas ligações e não responde minhas mensagens. Nem para a escola não vai. Tenho medo de algo ter acontecido com ele.

Eu não sei o porquê, mas me sinto na obrigação de investigar mais sobre esse Jin e esse Jimin.

— Taehyung, você poderia me passar seu contato? Temos muito o que conversar. 

Criminal | A forbidden love • [jjk + pjm] Onde histórias criam vida. Descubra agora