Criminal | A forbidden love • [jjk + pjm]

Episódio 1.9

A caminho do sucesso, ops! Da vingança

Eu sou um cara bem compreensível e também muito sensível. Fui criado assim, com muito carinho, amor e respeito. Meu pai me ensinou a me portar como um cavalheiro e a respeitar as damas e o próximo, já a minha mãe me ensinou que existe várias formas de amar e que não devemos ter medo de compartilhar isso com o mundo.

Perdi meu pai aos oito anos de idade. Seria uma fase difícil e complicada para uma criança dessa idade, mas comigo foi diferente. Sempre soube que a vida pode ter um fim a qualquer instante.

Nesse exato tem alguém dando seu último adeus.

Com a morte do meu pai aprendi a valorizar quem está do meu lado, aprendi a guardar memorias boas e significativas para mim. Não sou de guardar rancor e muito menos de desprezar alguém, mas também não sou um idiota que corre atrás de quem não tem reciprocidade comigo.

O quem tem acontecido recentemente, justo com a pessoa que sempre admirei até então.

Nunca havia me imaginado nessa situação em que estou agora, com o Jimin apelando o meu perdão.

Eu não sei o que tem acontecido com ele durante esse tempo em que o mesmo tomou um chá de sumiço, ainda mais no momento em que eu mais necessitei da sua ajuda.

Como eu disse, não guardo rancor, nem magoas, mas... não é sobre o Jimin, mas o que sua mãe tem feito por causa dele é o que me deixa muito indignado.

Depois de tudo o que aconteceu, resolvi deixar o Jimin viver como ele bem pretendia, sem minha presença, mas claro que sempre vou estar aqui para ajuda-lo e apoia-lo no que for preciso, porém eu não esperava que o assunto que ele precisaria da minha assistência seria tão seria assim.

Eu estou no último ano do ensino médio agora, na qual o Jimin também está. Não estou com medo de reprovar, até porque já passei direto - sempre fui o melhor da turma, digo o "melhor" pra não dizer CDF, como eu sou classificado na escola -, meu medo agora é sobre o meu futuro. O que será dele se eu escolher ir com o Jimin?

Observo o Jimin da cabeça aos pés. O sumiço dele deve ter feito bem para ele, já que estava com ótimas vestes. Jimin sempre foi estiloso, mas dá pra notar a quilômetros que essa jaqueta de couro é a das mais caras, tanto que não são vendidas aqui na Coreia.

Talvez eu esteja enganado de uma coisa. Por um lado, fez bem para ele, mas no outro consigo ver seu desespero e vejo o quanto ele está sentido o desprezo agora.

Eu odeio, mais que tudo, ver as lágrimas caírem dos olhos dele.

— Taehyung, eu não quero que você sinta dó de mim, nem nada do tipo. Eu só vim pra te pedir perdão por ter te ignorado durante esse tempo, mas foi preciso... — Ele respira fundo, tentando segurar suas lagrimas que já escorriam pelo seu rosto — Eu quero te contar cada detalhe do que vem acontecendo comigo, mas preciso saber se você quer me ouvir... Na verdade, preciso da sua ajuda.

— E que tipo de ajuda seria? — Pergunto estando curioso

—Você teria que fazer uma escolha que com certeza, irá mudar sua vida.

— Jimin... Cara... — Respiro fundo e ando para um lado e outro, pensando no que dizer

Eu sinto que isso é muito sério para o Jimin, nunca o tinha visto falar de maneira tão seria assim.

— Jimin, vamos pra um lugar em que você se sinta mais à vontade, beleza?

— Sério? — Ele me olha com os olhos brilhando — Você vai me ouvir?

Ela respira fundo e o vejo dar um passo em minha direção. Meu corpo se arrepia. O vi me abraçar naquele momento, mas ele corta seus passos e suas bochechas ficam avermelhadas.

— Então, tem um lugar..., mas eu não sei se você.... —

— Beleza! Vamos para esse lugar. — O puxo pelo braço. Saio com ele pela porta da frente e vejo um carro preto e muito caríssimo estacionado em frente à minha casa — Wouh! Que carrão. De quem será? Tem algum vizinho novo por aqui?

Observo a vizinhança para ver se encontrava alguém que teria o perfil de alta classe para ser o dono daquele veículo, mas meu queixo vai ao chão ao ver o Jimin entrar no Cullinan Black Badge.

Fico admirado olhando cada detalhe do automóvel até me espantar com a buzina e Jimin me chamando para entrar no seu carro.

Em poucos segundos de viagem, Jimin estaciona atras de uma boate. Ao entrar, olho para o palco e vejo algumas mulheres ensaiando uma coreografia. Duas estavam no pole e três dançavam sensualmente no piso escuro do palanque.

— Aqui é onde eu me sinto bem, Taehyung. Se você não estiver se sentindo bem, podemos ir a outro lugar. — Ele esclarece cuidadosamente

— Não, por mim tá tudo bem, é que... — Ele me encara — Eu achava que você fosse gay.

— O quê? — Seus olhos se arregalam surpreendido — Como descobriu?

— Então você é? — Agora os meus olhos que saltam — Por que você nunca me disse?

— Bom, já meio caminho andado.

— Como assim, Jimin? Eu realmente estou muito perdido nesse assunto. Você sumiu por que estava com medo de se assumir?

— Não, Taehyung. Vamos sentar aqui. — Ele diz parando em frente a um balcão

— Vão querer uma bebida? — Uma moça que estava atrás do balcão, põe dois copos sobre a mesa

— Sim, eu quero um iogurte de mamão se não tiver aceito um achocolatado. Obrigado. — Digo com um grande sorriso e Jimin gargalha.

— Traz a bebida mais leve que tiver, por favor. Você tem que aprender a beber, Tae.

— Que monstro você é, oferecendo álcool para um bebe como eu.

— Taehyung, você já está saindo do ensino médio, quando vai fazer algo diferente além de estudar?

— Quando eu tiver uma oportunidade...

— E se essa oportunidade tiver chegado?

— Ok, agora eu 'tô bem curioso.

Passamos horas conversando e a cada palavra do Jimin, minha boca se estabaca no chão.

Jimin não deixou faltar nenhuma informação, desde quando ele começou a trabalhar na boate até seu momento atual e a decisão ainda estava nas minhas mãos.

— Então, Taehyung. Você aceita ser o meu Braço direito?

Eu poderia pedir tempo para pensar e repensar nesse assunto, mas eu não poderia deixar meu amigo sozinho nessa.

— Fique ciente que eu nunca vou te perdoar pelo teu sumiço, mas pelo histórico da nossa amizade, eu vou te ajudar.