Terceiro Capítulo

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"Nessa manhã fria de domingo, às 08:00 da manhã, venho anunciar com muita dor o falecimento do Rei Leopoldo. Sinto que ainda tínhamos muito a fazer, seu coração não bate mais neste mundo, mas você será para sempre recordado como um grande homem e pode ter certeza que jamais será esquecido, pois pessoas assim acabam por se tornar imortais. Descanse em paz e se puder sinta orgulho do bem e de todos os ensinamentos valiosos que deixou a tantas pessoas. Até um dia." - Victor Ramala.

E esse foi o anúncio e posicionamento do Primeiro-Ministro, Victor Ramala após o falecimento do Rei Leopoldo, a família real decretou luto por sete dias em respeito a vida daquele que assim como pai, os ensinaram a viver.

Zulema estava assistindo o jornal com sua xícara de chocolate quente nas mãos numa tentativa de aquecê-las com o calor do líquido.

- Solo muere quien es olvidado - Zulema diz e suspira após ouvir a campainha tocando e vendo uma carta sendo empurrada por debaixo da porta de casa.

• 2 horas atrás •

Os empregados que serviram o café da manhã de Leopoldo adentraram ao quarto, abrindo as cortinas e o chamando, logo vendo que não tinha resposta, foram verificar sua pulsação e não havia nenhum sinal.

Prontamente os membros da família real foram avisados, Encarna recebeu mal a notícia, pelo impacto se desesperou e saiu gritando pelo caminho até o quarto o dizendo não e se negando a acreditar.

Román e Macarena, alarmados com o grito ensurdecedor de sua mãe carregado de pura angústia, abriram a porta da sala de onde estavam e correram para o corredor, onde vários empregados passavam apressadamente alguns em direção à entrada principal do palácio e outros ao quarto do rei.

- O que será que houve? - Román perguntou para Macarena, assustada, mas a loira sabia tanto quanto ele. Rapidamente eles seguiram os empregados até o quarto de seu pai.

A visão que tiveram ao chegarem fez seus corpos estremeceram, Encarna estava ajoelhada no chão do lado do corpo de seu marido aos prantos, logo foi amparada por Román que passava as mãos em suas costas, o rosto do mesmo estava branco e sua expressão demonstrava puro choque.

- E-ele tá bem, chama o doutor, chama, chama ele volta. Não faz isso, ele não pode ir. Não me deixe Leopoldo, não vá - Encarna dizia chorando e suspirando ao meio de suas palavras, sendo levada para fora do quarto por Román. - Eu quero ficar com ele.

Macarena foi a próxima a entrar no quarto e se sentar ao lado da cama de seu pai, segurando sua mão. 

- Posso dizer que nossos melhores momentos foram na minha infância. Não só a coroa subiu a sua cabeça, o poder a luxúria mas não vim aqui pra te julgar, eu vim realmente pra me despedir do meu pai e não do Rei. Desculpa pela rebeldia mas em alguns momentos eram necessários. Obrigada por me dar a vida e por apoiar a mamãe em momentos difíceis - Macarena deixou uma única lágrima rolar de seu rosto mas logo secou para que ninguém visse.

Enquanto Fábio colocou a mão em seu ombro, prestando respeito, mas ela sabia que nem nesse momento havia sequer respeito, logo se levantou saindo de perto do mesmo.

Zulema saiu de seu pequeno transe e recolheu, logo abriu a carta e vendo o conteúdo, lendo o que estava escrito. Logo abaixo da carta, havia um número de telefone colocado, prontamente o decorou e ligou  sendo atendida por uma voz masculina do outro lado da linha.

- Alô, quem fala? - Román atende.

- Zulema com Z de Zahir - A mesma tenta retirar uma risada de Román conseguindo com sucesso - Primeiramente meus pêsames, sei que esse momento é muito doloroso e que temos que estar do lado das pessoas certas para nos apoiar.

God Save The CrownOnde histórias criam vida. Descubra agora