Décimo Quinto Capítulo

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Após o entendimento das duas, elas estavam tomando café em silêncio para irem ao escritório, porém Macarena se recordou de algumas de suas palavras.

– Te disse que te entendia e que nós iríamos descobrir para onde foi o dinheiro não? - Macarena diz quebrando o silêncio.

– Sim.

– No reinado do meu pai, eu desconfiava que ele tentava transferir dinheiro para caprichos pessoais do que deveria ir para o principal, que era os problemas da cidade e o país, mas... havia outra primeira-ministra no comando e ele ficou tão feliz quando ela perdeu a eleição e Ramala foi eleito, eles tiveram breves reuniões das quais meu pai saia muito contente.

– O que você quer dizer Rubia?

– Eu acho que ele pode ter começado algo e não haver terminado, consequentemente não terminou por causa da sua morte, mas a coroa anda e temo que meu irmão possa estar fazendo isso, desviando o dinheiro que meu pai queria. Ele deve ter somente jogado as cartas na mesa e Román está jogando agora.

– Maldita reforma de merda! - Zulema se altera e bate na mesa - Duzentos e noventa milhões de euros assim tão fácil na conta dele, isso se tiver na conta porque ele não irá querer deixar provas.

– V-você não pode criar conflitos com Ramala, sabe lá o que esse cara pode fazer contra você.

– Mas aí sim estaríamos sendo cúmplices por não contarmos nada, quem estará errado são eles e não a gente... Maca, temos que fazer alguma coisa.

Macarena pensa por alguns minutos, ela sabia que não seria nada fácil enfrentar os dois maiores nomes da Espanha, ainda mais por desvio de dinheiro e se rebelar contra sua própria família.

Iria ser um sacrifício e um dever como monarca.

– Seja lá o que for e como for, eu estou com você - Macarena diz pondo a mão em cima da de Zulema.

– Essa é minha garota - Zulema pega sua mão e deixa um beijo em cima dela, sorrindo logo em seguida.

[...]

Zulema e Macarena passaram a semana investigando a relação de Ramala e Román com os gastos e investimentos em melhorias do governo; Descobriram que havia mais gastos do que investimentos em melhorias de hospitais, na economia e isso as alertava pois em breve poderia haver uma enorme crise financeira no país.

Elas decidiram em conjunto que retornariam ao Palácio para ficarem mais perto de Román e saber de suas artimanhas, já que as reuniões com o primeiro-ministro e o rei, aconteciam no Palácio.

Tudo estava indo tão bem até o dia em que Zulema deu de contra com Ramala nos corredores do Palácio perto da saída em um dos dias de reuniões.

- O que faz aqui?

- Eu moro aqui ou você não sabe? - Zulema responde.

- Voce pensa que eu sou algum idiota? Pensa que eu não percebi que quando eu estou aqui, você sempre está nos arredores como uma sombra.

- Que merda você está falando?

- Vamos lá, não se faça de tonta... Diga para a imprensa sobre o que estamos fazendo, você não tem provas, conte tudo mas não se esqueça, você é apenas a mulher de Román com título de rainha, não a dona do país e do trono.

Zulema iria para cima do pescoço de Ramala e o enforcar até ele implorar para que ela o deixasse viver, mas Macarena apareceu, viu a cena e correu até eles, se pondo a frente de Zulema e segurando seus braços.

– Zulema! Deixe-o! Não vale a pena.

Palavras em vão, já que Zulema continuava tentando ir pra cima dele.

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