Meus Queridos Professores

XXXIII - É De Cair A Mão

Olá leitores, sou eu a Anne mais uma vez, estou exausta e com cãibra na mão direita, lembrando que sou destra e escrever com a esquerda está meio fora de cogitação.
Eu sempre achei exagero os castigos de escola, mas acho que o pior de todos foi esse de escrever a frase maldita do Professor Styles por 1553 vezes. Tá parecendo até que eu gosto de escrever!
- Acho que já está na hora de alguém apresentar pro cretino um computador! - Bufou Jung Kook e Harry ergueu as esmeraldas cintilantes na minha direção, como se pudesse sentir que eu estava olhando pra ele. Abaixei o olhar gaguejando baixo e senti as bochechas ficarem vermelhas de inquietação.
- Por quê você acha isso? - A pergunta pareceu meio vaga, mas mesmo assim Kook ainda me deu uma resposta.
- Porquê eu não faço nem os meus trabalhos impressos para os professores, quem dirá uma redação de 1500 e bolinha á mão...
Bufou mais uma vez e Harry se levantou para olhar nossas folhas, já estava indo pra minha quinta folha sulfite quando escutamos alguém pigarreando na porta. Assustados e com expectativa tanto eu quanto Kook levantamos o rosto para olhar. Aí meu santo Kook, depois de mil anos que eu mandei aquela mensagem a Meghan conseguiu ajuda!
- Que história é essa de castigo a mão professor? - Indagou Tae da porta e Seus olhos fisgaram o olhar perdido de seu querido Kook. Foi quase imperceptível, mas tinha faísca ali, com certeza tinha!
Jung Kook como se pudesse sentir que eu estava reparando nisso, abaixou os olhos e ficou vermelho, se voltando para suas folhas onde havia escrito "Harry é um idiota opressor" pelo menos uma 900 vezes! Kkkkk. Meu santo J-hope! Está cada dia pior!!!
- Acredito que um colégio com disciplina caia bem para sua fama... - Começou Styles e Tae levantou um dedo no ar, negando abertamente que reprovava tal atitude.
- Levantem crianças, tenho que falar a sós com seu professor, já cumpriram o bastante do castigo pelo que eu vi. - Tae deu ênfase na palavra castigo enquanto fulminava Harry, e eu e Kook não perdemos tempo, arrumamos as coisas depressa e saímos correndo da sala de aula, Kook passou olhando para Tae, que abriu um sorriso pra ele e pra mim afagou meus cabelos bagunçados. Foi o tempo o bastante para chegarmos a porta e ouvir que Tae ia dar uma bela bronca no professor.
Saindo vitoriosos por enquanto, eu me despedi de Kook e fui descansar, cehga de aulas por hoje, tudo que eu queria era uma boa comédia romântica e um sorvete de flocos com panetone.
Ah como eu precisava de alguma outra personalidade mais brava pra lidar com esses professores, eu sou tão fraca...
Tentei esquecer o assunto e assim que cheguei nos meus aposentos, que até que não estava tão desorganizado me joguei de braços abertos na cama, mas o lençol me agarrou depressa, me tapando a boca assim que eu tentei gritar. Ou pior, não era o lençol, mas alguém embrulhado nas minhas cobertas bem disfarçado aliás. Quando dei por mim, Tom olhou no fundo dos meus olhos e agarrou meus pulsos, pedindo encarecidamente com aqueles olhos e um sorriso nem cretino que eu não gritasse.
Comecei a ponderar qual era a probabilidade dele estar armado naquele instante, e qual a chance de alguém me salvar sendo que eu estava com a porta trancada e não tinha quase ninguém hoje a tarde no colégio.
- Anne por favor, seja boazinha, não estou aqui pra te machucar dessa vez. - Ele pediu humilde e então me soltou indo até a janela para ver se tinha alguma espiando. Quando constatou que ninguém daria pela minha falta ele fechou as cortinas, ligou a tv em um dorama do kill me heal me, e eu quase desmaiei quando ele voltou a me segurar pelos ombros e então apontou um dedo comprido diante do meu rosto.
- O-o o q-q-que você vai f-fazer com-comigo? - Consegui gaguejar, me lembrando fortemente que alguma das minhas personalidades tinha pegado uma birra gigantesca contra ele, eu só não conseguia me lembrar especificamente o porquê.
- Eu vim te avisar, o professor novo, fique longe dele, ele veio a troco de ajudar o mafioso que queria se vingar dos seus pais.
- Mas esse papel não era o seu?!! - Indaguei intrigada com tanta reviravolta e ele fez shiii! Pondo a mão pra tapar a minha boca, se aproximando o bastante para que eu pudesse sentir o seu hálito mentolado e seu cheiro amadeirado de perfume masculino almiscarado com o desodorante que era tão cheiroso quanto.
- Digamos, - Ele sorriu sarcástico enquanto tirava os dedos de frente da minha boca - Que eu deixei você escapar e agora minha cabeça está valendo tanto quanto a sua.
Agora quem ficou com o queixo caído era eu.