XX - Daddy

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Olá leitores, sou eu a Anne, e sinceramente não sei o que vai sobrar de mim, pois estou prestes a levar uma surra.
- Harry! - Gritei tentando empurra-lo, mas não adiantou. Harry me pegou pelos cabelos e me arrastou pra fora da cama, até o guarda roupas, e então pegou uma cinta. Meu sangue estava gelado nas veias, e meu coração queria sair pela boca, tinha sido um acidente o que eu fiz. Eu não queria ter dado um tapa na cara dele, mas simplismente aconteceu, e eu nem consegui evitar.
- Você vai aprender a me obedecer e não se rebelar bubé. - Avisou Harry e eu tentei puxar sua mão, mas ele não soltava o meu cabelo e conforme eu tentava escapar de suas mãos, ele ficava ainda mais bravo, me fulminando com seus olhos esmeralda.
Eu fiquei me debatendo até ele me soltar, e quando isso aconteceu eu cai no chão, atrapalhada demais pra entender o porque ele tinha feito isso, e então senti, bem atrás das coxas, a estalada da cinta, uma. E eu gritei de dor. Quando tentei me virar levei outra, acertou minha barriga e o meu quadril. Gritei mais uma vez, dava pra sentir a pele queimar com a dor. E Harry não parou por ai, logo depois veio outra, direto nas minhas coxas. Forte o sufociente para o som do estalo ecoar pelo quarto todo. E depois outra e outra e outra. Até que enfim ele parou.
Meu rosto estava molhado de lágrimas, mas eu não conseguia me mecher direito, a pele nos locais atingidos estavam latejando de dor. Por um instante pensei que tinha acabado, mas eu estava enganada. Logo depois de guardar a cinta Harry voltou, eu me encolhi mesmo com dor, e então ele me pegou pelos cabelos, me obrigando a levantar e me arrastou até a cama.
- Para... Por favor! - Pedi entre as lágrimas e soluços, mas Harry não cedeu e muito menos me soltou.
Ele se sentou na cama, e me obrigou a debruçar meu corpo sobre as suas pernas. Só entendi o que ele estava fazendo quando ele abaixou a minha calça, depois a calcinha.
- Não por favor! - Implorei e senti a mão dele, próxima do local descoberto.
- Você vai contar comigo bubé, uma por uma, até dez. - Ordenou e eu neguei com a cabeça, e logo em seguida senti a primeira palmada, que me fez gritar.
- Vamos bubé, conte! - Ordenou e eu neguei com a cabeça, as lágrimas desciam como rios pelo meu rosto, isso era humilhante, nem mesmo meus pais me batiam, nunca me bateram, sequer levataram um dedo contra mim, e Harry estava fazendo isso agora. - Eu mandei contar. - Disse Harry ficando bravo e eu tentei sair de seu colo, mas ele me segurou e logo em seguida me puxou pelos cabelos - Conta! - Ordenou e me fez virar a cabeça me obrigando a olhar pra ele, seus olhos esmeralda estavam selvagens me observando.
- Um. - Cuspi a palavra e Harry me empurrou, me forçando a ficar naquela posição de novo, e então outra palmada veio - Duas. - E outra, tão forte que eu podia sentir as marcas vermelhas dos dedos dele seladas na minha pele - Três. - As lágrimas desciam aos montes, eu soluçava, mas toda vez que tentava sair da posição que estava Harry me batia de novo. Até acabar as dez palmadas. Até ele descontar toda sua raiva em mim. Quando parou ele levantou minha calcinha e a minha calça novamente.
E quando finalmente não estava mais me segurando, eu sai o mais rápido possível de perto dele. Cambaleando pelo chão, e mesmo que me arrastando, eu fui até a porta do banheiro, mas não tive forças pra abrir a porta e então me limitei a me encolher no chão, voltando a chorar.
- Bubé... - Escutei a voz de Harry me chamar, mas não respondi e cerrei os olhos. Escutei ele se aproximando, e quando senti o toque da mão dele no meu ombro eu me encolhi. - Bubé, venha, vou te por na cama, consegue levantar? - Perguntou e eu abri os olhos, o fulminando amargurada. Como ele pode tentar ser gentil comigo depois de tudo que acabou de fazer? Que bipolaridade é essa?
- Você é louco, e me agrediu. - Falei calmamente, e não me mechi, achei que ele fosse me dar um tapa pelo que eu disse, mas ao invés disso ele colocou uma mão em baixo das minhas pernas, e outra nas minhas costas. Me pegando no colo e me tirando do chão.
Eu me encolhi, meu coração estava disparando de novo, e de tanto chorar eu estava com dificuldade de manter os olhos abertos. Quando Harry começou a me carregar até a cama, eu pude sentir o coração acelerado dele, batendo descompassado na ponta dos meus dedos que estavam em seu peito.
Quando chegamos na cama, ele me deitou calmamente no colchão, tomando cuidado pra não me machucar, mais do que eu já estava.
Harry foi até a porta do quarto e apagou a luz e quando voltou, se deitou do meu lado na cama, mas eu não queria ficar olhando pra cara dele, não depois de tudo, e então me virei de costas pra ele.
- Me desculpe bubé. - Disse ele depois de alguns minutos, um nó se formou na minha garganta, porém eu não me virei pra ele. - Olhe pra mim. - Pediu gentilmente, mas eu não me mechi, sentindo uma lágrima quente descer pela minha maça do rosto, até tocar no travesseiro. Alguns segundos depois senti ele se aproximar, e então ele passou seu braço pela minha cintura e me puxou junto do seu corpo. Minhas costas contra o seu peito musculoso, e sua respiração quente na minha nuca. - Vira pra mim. - Pediu com a voz rouca no meu ouvido, e eu calmamente me virei, com os olhos cheios d'água.
- Pra que? Você me bater de novo?? - Indaguei nervosa segurando as lágrimas. Mas Harry não me disse nada, com calma ele se aproximou e então tocou seus lábios nos meus. Passando suas mãos ao redor da minha cintura e me envovendo num abraço. Me senti tão frágil naquele momento. Como se o toque dele realmente pudesse me quebrar.
Mas pelo contrário, isso acendeu alguma coisa em mim, o beijo calmo que Harry tinha me dado logo se intensificou, as mãos dele me puxaram mais contra seu corpo musculoso. E eu envolvi meus braços em seu pescoço, aceitando.
Quando o ar começou a fazer falta durante o beijo, Harry desceu sua boca pelo meu queixo, indo até meu pescoço, trilhando beijos molhados pela minha pele.
- Eu quero fazer você se sentir melhor... - Disse Harry e então voltou pros meus lábios, me beijando com desejo, fazendo meu sangue nas veias esquentar.

Meus Queridos ProfessoresOnde histórias criam vida. Descubra agora