XXIX - E O Veneno? Cadê?

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  Olá leitores, ainda sou eu, a Ally. É eu sei, eu sei. Eu entendo que vocês ficam confusos assim já que a Anne troca de personalidade mais do que troca de roupa, mas eu prometo que a quem vós escreve vai ter a decência de acabar o capítulo comigo, agora nas últimas duas linhas pra acabar eu já não prometo nada.
  Bom onde paramos? Ah é mesmo, esse cretino devia ter morrido! A Alana se certificou disso! Eu olhei perplexa para Tom que estava me fitando com uma fúria assassina no semblante, mas como? Ele não estava de máscara e todo o recinto estava contaminado com veneno, veneno até demais! Até eu estava ficando com receio mesmo cobrindo o rosto. Será que ele tinha tomado os antídotos para as toxinas que a Alana implantou nas fumaças da boate? E outra, como ele ia saber quais antídotos tomar? A não ser que... Minha nossa ele tinha armado tudo! Nossa, de que lado essa besta está?! Desse jeito quem fica confusa sou eu.
  - Sai da frente Tom! Ela tá carregada e eu te garanto que a Anne pode não saber como funciona, mas eu sei! - Ameacei com o cano já mirado certinho no peito do professor e ele abriu caminho, como se fosse simplesmente nos deixar passar.
  Como eu não confio nele, eu mirei a arma em seu pé e disparei. Pena de não sei a onde pegou. O homem deu um pulo com o alarde do barulho que a arma fez, e nesse mesmo momento as janelas começaram a explodir e outra coisa foi jogada como se fosse um tijolo para dentro. Parecia até pedra pelo barulho que fez, mas assim que começou a apitar percebemos que aquilo não era tijolo nem pedra nenhuma. E o Kook fez as honras de nos explicar o que era.
  - Gás de Pimenta! - Ele berrou me empurrando para a porta e eu comecei a desatar a correr também. Os dois na maior pressa do mundo. A arma sacolejando como se fosse um pedaço de ferro tiquetaqueando as engrenagens na minha mão. E ao mesmo tempo que atravessamos as portas em fuga contínua, um monte de homens e mulheres, mais especificamente soldados começaram a invadir pelas janelas o local. Pareciam uma imensidão de ninjas do exército todos armados e precisos numa missão.
  Mas eu e Kook estávamos com pressa demais para pensar a respeito disso.
  Continuamos a correr, dois, três, diversos quarteirões. Até percebermos que tínhamos chegado longe o bastante e os pulmões já estavam ameaçando disputar com o coração quem ia sair primeiro pelas nossas gargantas. Imagino que Kook devesse estar se sentindo da mesma maneira já que assim que paramos de correr no meio da rua vazia ele sentiu no chão arfando.
  - Porque, porque você... - Ele pegava e eu sentei no chão também. As pernas estavam formigando como se mil agulhas estivesse pinicando a minha pele. Quando se acalmou o bastante ele continuou, limpando com as costas da mão o suor proeminente em sua testa - Porque nós? Que história é essa? Você não é a Ally? - Ele Finalmente perguntou e eu o fitei exaltada. Sabia que devia estar horrível. Minha aparência física era uma menina magrela cheia de hematomas vestida como uma prostituta, com certeza eu não parecia uma figura digna de atenção. Imagino que seria difícil pedir ajuda desse jeito. Jung Kook quem teria de dar a cara a tapa para irmos perguntar em que lugar estávamos e como iríamos pra casa. O problema era que ele era homem. As pessoas tem mais receio de ajudar homens, mesmo que sejam adolescente.
  - É uma longa história. Agora precisamos continuar com a nossa fuga. Antes que... - Senti o coração afundar no peito e as batidas perderem o compasso no ritmo que eu caia de joelhos sentindo uma dor nanuseante atravessar o corpo inteiro. A arma que estava nas minhas mãos caiu no chão feito um papel e eu tive que conter com todas as forças o grito que irrompeu da minha garganta.
  Péssima hora Anne, péssima hora!

Olá leitores, se divertindo? Bom como sabem deixem aquela estrelinha se estiverem com vontade e comentem para que eu posso saber o que acham! Todas as críticas são bem vinda.🥰

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