XLII - De Volta ao Inferno

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  Entrei no recinto sentindo os pulsos latejando de tanta tensão, com pressa deixei no quarto da Anne o buquê ao lado da cama junto com o bolinho. Tae e Jeon nem mesmo se manifestaram, o que foi bom, estava com muita pressa naquele instante. Deixei ela sozinha com eles e me encaminhei para o elevador, estava na hora de um acerto de contas.
  Eu sei que prometi nunca mais ficar longe da Anne, mas vão ser só alguns minutos, é por uma causa crucial.
  Quando finalmente cheguei no andar comecei a procurar depressa pelo quarto, quase chegando no final do corredor finalmente o encontrei, a porta estava aberta e ao invadir o que parecia ser uma ala bem vazia, exceto pelo paciente, eu tranquei a porta atrás de mim.
  O que eu estava prestes a fazer não podia ser visto por ninguém.
  Em passos calmos comecei a me aproximar da cama dele, o rosto inchado e contorcido estava com os olhos abertos, enquanto ele fitava o teto tentando entender o que se passava. Os aparelhos interligados em suas veias estava fazendo tanto barulho, e os batimentos cardíacos começaram a aumentar freneticamente assim que ele me viu.
  Pela máscara de oxigênio e o óbvio acesso em seus pulsos consegui ver com clareza que aquilo era apenas paliativo. Realmente as enfermeiras estavam certas. Pra quem acabou de levar um tiro esse filho da puta está vivo até demais!
  - T-Tom... - Um gemido esgarniçando saiu de sua garganta, mas eu nem perdi meu tempo, peguei o aparelho de medir batimentos cardíacos e coloquei no meu dedo, meu coração  estava bastante acelerado, porém não o bastante para transpassar um alerta para o médico que estava cuidando do crápula. Harry tentou me empurrar para que não chegasse perto dele, mas depois da surra estava fraco demais pra reagir direito.
  Com gosto eu grudei a mão em sua garganta e olhei fundo dentro das suas esmeraldas nebulosas, estava estava entrando em pânico, meus batimentos aceleraram mais um peito, estava tão forte que eu conseguia sentir o coração batendo nas costelas pedindo mais espaço.
  Nunca fiquei tão nervoso a ponto de correr o risco de matar uma pessoa de forma tão miserável. Porém e tá necessário, esse verme nunca mais ia chegar perto da Anne, mesmo se eu for preso depois disso, ela estará segura com Tae e com quem quer que ela queira viver, mas eu vou protege -la de verdade dessa vez.
  - Não vou falhar com você de novo Anne. Não vou mais. - Um sussurro rouco escapou da minha boca, carregado de raiva enquanto eu esmagava a traquéia do infeliz nos meus dedos - Eu te vejo no inferno filho da puta!
  Harry soltou um gemido entre-cortado, sem ar bastante para pedir socorro, quem dirá viver. E então foi questão de segundos até ele se render e parar de se mexer de vez, fiquei aguardando mais cinco minutos por precaução para ver se ele não voltaria a respirar, quando tive certeza, me encarreguei de sair do cômoda por outra porta, devolvendo o aparelho de medir batimentos de volta a Harry, só que dessa vez sem comunicar o monitor que ele estava vivo, não tinha nada na telinha esverdeada do computador além de uma linha reta. O fim da vida de Harry Styles, e mais um pra minha lista enorme de assassinatos.

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⏰ Última atualização: Jun 29, 2022 ⏰

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