XIII - Fim de Semana/ Sábado 1

560 38 7
                                    

Olá leitores, sou eu a Anne, me sinto estranha desde que levei o tiro ontem a noite, talvez seja por que eu nunca levei um e é estranho sentir que meu braço está dolorido. Mal consigo acreditar que levei um tiro na escola, eu nunca pensei que levaria um tiro, e muito menos na escola. Pelo menos eu estou viva!
Me espreguiçei na cama enorme de casal e abri os olhos ainda ensonada, Wonho estava no balcão fazendo alguma coisa, eu não sabia que ele cozinhava...
Bem, hoje começa o fim de semana, é pleno sábado de manhã e Wonho e Harry se conversaram por telefone com a minha família e decidiram que era melhor eu não ir pra casa como estava previsto, seria perigoso que eu me afastasse dos professores que na verdade não são professores e sim meus... Acho que seguranças... Não sei o que são na verdade, mas pelo que entendi eles estão aqui pra me proteger de um mafioso bem malvado que quer me matar, fico imaginando o que meus pais aprontaram pra ficar com uma dívida antiga com um sujeito tão perigoso como esses, eles quiseram falar comigo pelo telefone, Wonho até mesmo insistiu para que eu pega-se o celular e pelo menos dissesse a eles que estou bem, mas eu estou muito assustada ainda, não imaginei que haviam segredos entre mim e meus pais, e mesmo eu sendo uma garota muito lesada e em certos momentos infantil e sei que sou boba, eu confiava neles, e eles podiam no mínimo me avisar que contrataram os professores pedófilos sádicos pra... É melhor chama-los só de professores mesmo kkkkkkk, bem meus pais poderiam ter me avisado pra mim não levar um tiro de graça sem nem saber do que tinha culpa. Mas graças ao Wonho eu ainda estou viva, não sei o que poderia ter acontecido se eu estivesse lá sozinha... Na verdade eu consigo imaginar, ia morrer antes de cair na tentativa de fuga. Acho que estou muito pessimista hoje. Me sinto triste e queria algo bem doce pra melhorar meu humor, tipo brigadeiro, eu sempre como brigadeiro quando estou triste ou muito feliz e sempre me sinto bem.
- Por que está tão calada Anne? - Perguntou Wonho e eu emergi do mar de pensamentos que me afogava e olhei para o maior que ainda estava no balcão, fazendo alguma coisa.
- Não é nada demais, só pensei que poderia ter morrido. - Comentei com desânimo e Wonho abriu um sorriso carinhoso.
- Tudo bem Anne, essas coisas acontecem quando tem um assassino de aluguel querendo te matar. - Explicou Wonho e eu me sentei na cama me sentindo mais mal ainda, acho que ele percebeu porque acrescentou logo depois - Eu estou brincando minha pequena, eu e o Harry não vamos deixar mais nada acontecer com você, antes que tentem cortar sequer um fio do seu cabelo castanho o ser vai morrer. - Falou Wonho orgulhoso e eu tentei me segurar, mas acabei começando a chorar, percebi Wonho sair do balcão e vir até a cama.
- Tá tudo bem Anne. - Disse ele e então me puxou pra um abraço carinhoso e acolhedor. Eu não quis dizer mais nada e continuei chorando.
Depois de um tempinho que eu consegui me acalmar e me senti mais tranquila, Wonho me contou que tinha preparado meu café da manhã, e também me disse que trouxe algumas coisas do meu dormitório pra mim poder tomar um banho e me vestir, ele só não tinha encontrado nenhuma camiseta limpa, mas achou duas calças jeans e quatro conjuntos de roupas íntimas, por isso ele me emprestou uma de suas camisetas pra mim vestir, era um moletom preto que tinha capuz, bem quentinho. Sai da cama com as bochechas vermelhas por Wonho ter achado minhas langeries na minha bagunça que é o meu dormitório... Só de imaginar ele pondo as mãos num sutiã meu sinto minhas bochechas queimando. Fui pro banheiro de Wonho e liguei o chuveiro, tirei a roupa que estava vestindo e coloquei num cantinho embaixo da pia, eu não sabia onde jogar então o melhor era não fazer bagunça. Tirei o curativo e a faixa do braço e entrei no box. Respirei tranquilamente quando senti a água quente molhar meu cabelo e a minha pele. Meu braço ardeu assim que senti a água escorrer por ele, tinha uma marca bem evidente onde a bala me atingiu, também tinham alguns pontos e estava bem avermelhada a pele envolta do machucado. Por causa da dor eu tomei um banho rápido e me vesti, a blusa do Wonho ficou enorme em mim, mesmo assim eu sai do banheiro, com a manga levantada por que o ferimento estava começando a sangrar. Era bem pouquinho, mas estava ardendo. Assim que Wonho viu, ele me pegou pela mão e me levou até uma salinha cheia de medicamentos e um monte de outras coisas, parecia até a enfermaria da escola, só não tinha uma maca, mas pra compensar havia uma poltrona creme bem confortável onde eu me sentei.
Em seguida Wonho limpou meu machucado, isso ardeu muito, depois secou tranquilamente, o que ardeu ainda mais, e depois fez o curativo, eu quase gritei quando ele pois a faixa, doeu demais, eu tentei sair correndo e Wonho me segurou pela cintura e me colocou contra parede, me prometendo que seria mais gentil, o problema é que ele já estava sendo super gentil e estava doendo mesmo assim.
Antes de entrar em desespero eu abracei Wonho, na esperança dele ter compaixão de mim e parar de tentar fazer o curativo, mas então ele me pegou no colo, me levou até a cama, me fez sentar e então me puxou para um beijo que me arrepiou completamente. E eu senti as mãos dele no meu braço, terminando o curativo, mas eu me esqueci da dor naquele momento, por que o Wonho praticamente me matou com seus lábios pressionando os meus com selvageria.

Meus Queridos ProfessoresOnde histórias criam vida. Descubra agora