XXV - Dançarina de Boate

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... Wonho narrando...

- Você ainda vai pagar caro! - Esbravejei socando o rosto de Harry e os dois caímos no chão, mas eu não parei, socando ritmadamente, com força até sentir os ossos do meu punho se chocando com os de sua face - Eu avisei você que não era pra encostar um dedo nela seu filho da p... - Um disparo urrou pela sala e eu parei de socar, analisando o sangue que escorria pelo nariz e boca do militar com impaciência. Era pouco, eu devia fazer mais, porém agora não era hora de brigar. Ainda com os punhos cerrados, um na gola da farda dele e o outro parado no caminho de mais um soco, eu me levantei do chão, irritado, e então me coloquei em formação. Olhando pros pais da Anne com o máxilar cerrado. Dois vermes que não passavam de adultos cruéis e desinformados. Eles não ligam pra Anne, só pra fortuna gorda que o velho deixou pra ela antes de morrer.
- Que bonito. - Ironizou a mulher com a arma na mão, fitando a cena com desdém, e pela maneira que as veias no pescoço dela saltavam eu pude constatar sem dúvidas que ela estava prestes a mirar aquela arma na minha cabeça, na dos dois, mas era incapaz de matar um agente quando sabe que precisa dele - Dois vermes. - Rosnou ela, e então olhou pra porta onde mais quatro seguranças estavam aguardando ordens. Foi quando ela de voltou para nós dois novamente, agora com a face tomada de uma determinação aterradora.
- Vocês dois, tem exatas dez horas pra me trazer de volta a minha filha, o que trazer primeiro não morre. E então pode ir embora. - Declarou ela, e então guardou a arma na cintura, se virando em passos apressados porta a fora, os saltos batendo no chão.
O marido foi atrás sem dizer nada.
E só então que Harry resolveu se levantar, olhou pra minha cara, os olhos verdes tomados de ódio, eu olhei pra ele na mesma intensidade, conseguia sentir o olhar dos seguranças sobre nós, e então ele deu o primeiro soco.

... Anne narrando...

Olá leitores, ainda sou eu, a Alana, e sim ainda estou presa aqui por causa da Anne.
Depois da confusão no escritório, ou sala de estar, eu não sei ao certo o que exatamente era aquela sala onde eu estive, bom, depois da confusão eu e Jung Kook fomos jogados no quarto onde eu fui largada pela primeira vez, desta vez por Tom, que me olhou com um olhar sério e levemente afetuoso, que me encheu de ódio. Quem aquele traste pensa que é? Ta achando o que, que eu vou me apaixonar pelo meu sequestrador como se fosse numa fanfic de romance e que daqui a pouco ele vai estar morrendo de amores por mim querendo se voltar contra seu próprio chefe pra me proteger? Até parece.
Em hipótese alguma ele faria isso, homens como o Tom só pensam em dinheiro, e em mulheres no meu caso apenas como objetos pra distração. Não sou um objeto, sou uma mulher que vai destruir a vida desses babacas e quando sair daqui vai deixar uma chacina pra trás.
Quando os brutamontes mal encarados, incluindo o Tom, nos abandonaram naquele cômodo sujo, eu corri pro banheiro para conferir se meus acessórios de veneno ainda estavam no meu esconderijo, quando constatei que sim, eu corri de volta pro quarto. Me deparando com uma cena de cortar o coração.
Jung Kook estava escorando o corpo contra parede, perto da porta mal se sustentando em pé, respirando com dificuldade e aparentemente todo dolorido enquanto matinha seus olhos fechados.
- Jeon. - Fui até ele e me aproximei, segurando em seus braços para lhe dar apoio. Fomos com cuidado até a cama, e então eu o coloquei lá, quase caindo junto porquê ele não me soltou na última hora. Quase.
- O que fizeram com você? Você sabia lutar, não deixava ninguém te tocar sem permissão sua e além disso era extremamente direta, por que está tão diferente? - Jeon perguntou pausadamente respirando com dificuldade e senti suas mãos tateando meus pulsos. Me sentei na cama ao seu lado, olhando seu rosto com dó, ele precisava de um banho pra limpar os machucados, e de curativos. E estava curioso, ou seja, a dor não devia ser tão terrível já que ele ainda estava consciente.
- A curiosidade matou o gato Jeon. - Sussurrei, e instintivamente toquei seu rosto machucado, acariciando desde a calda da sobrancelha até o queixo, com delicadeza. Ele era bonito. A Ally sempre teve bom gosto, pelo menos pra isso porquê o resto...
- Responde pra mim... - Jeon sussurrou, e quando eu me mantive calada ele me agarrou pelos pulsos bruscamente, me puxou pra cima dele e quando abriu os olhos de repente eu arquejei - Quem é você garota? - Quase me engasguei com a atitude dele, eu estava em cima dele, ele ficou louco??!
- Não sou quem você pensa, mas já fui em outro momento. - Expliquei e ele apertou os punhos nos meus pulsos.
- Não sou bom com enigmas.
- E nem eu com agressão, diminui a força ou você nunca vai ter filhos. - Alertei posicionando o joelho entre suas pernas e Jeon me soltou, pendendo a cabeça pra trás cansado, parecia até derrotado.
- O que está havendo? Por que pegaram a gente? - Perguntou e eu sai de cima dele, fugindo o mais longe possível da cama.
- Não é hora de pensar nisso, você está bem machucado. - Falei e ele levantou a cabeça para me encarar, seu olhar me analisando incomodou meus instintos - Vai tomar um banho e depois te faço curativos. - Propus e ele levantou da cama, sem dizer nada.
- Por que? - Perguntou mais e eu perdi a paciência.
- Só vai logo e depois eu te explico inferno! - Gritei e ele arregalou os olhos.
- Calma eu já estou indo Ally! - Retrucou ele e eu suspirei irritada, não ia corrigi-lo, podia ter câmeras ou escutas no quarto e eu não quero que descubram quem sou eu ainda.
Quando Jeon ameaçou sair da cama, a porta foi aberta, sem esperar um brutamonte chutou a porta e olhou o quarto envolta, esse eu não conhecia, mas pelo jeito que ele me olhou quis correr.
- O que você quer?! - Esbravejou Jeon se aproximando e o brutamonte me pegou pelo braço.
- Você vem comigo, e você - O brutamonte fulminou Jeon - Para de encher o saco! - E então começou a me arrastar pra fora do quarto. Assim que trancou a porta e Jeon a socou com força do outro lado eu me lembrei porque estava sendo retirada do quarto, eles iam me arrumar pra trabalhar na boate.

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