XXVII - Escapatória De Mestre

71 8 1
                                    

  Olá leitores, aqui é a Alana novamente, mais sábia e inquieta do que da última vez.
  Estava a beira do palco e aquelas barras de pole dance estava começando a me dar náuseas. Acho que já ouviram aquela expressão a beira de um colapso?
  Eu sabia que a Ally ia sair de cena assim que visse que podia se estrepar, o pior é que ela jogou a pior função pra mim. Eu não sei rebolar. Posso ter mais coordenação motora do que aquela lesada da Anne, mas ainda sou um desastre na arte da sedução.
  Não sei nem dizer pro Kook como acho ele bonito, quem dirá rebolar feito uma dançarina numa barra de metal como se fosse profissional.
  Vamos torcer pra eu não cair e quebrar alguma perna essa noite. Vou precisar das duas intactas pra correr.
  Quando um dos brutamontes mal humorados acenou pra mim, empurrando meu ombro para que eu subisse no palco eu congelei no lugar. Não, mas de jeito nenhum eu ia subir naquilo!
  - Eu imagino que esteja com medo. - Aquela voz... Era o asqueroso do Tom, até que enfim deu as caras pra eu poder lhe envenenar. Mal sabe ele o que o espera. Eu tinha guardado uma quantia bem suficiente para envenenar ele com mercúrio daquele termômetro que eu tinha encontrado.
  - A onde vocês colocaram o Jung Kook? - Tentei disfarçar as minhas ideias maléficas enquanto ele se aproximava, saindo do escuro para ir próximo a entrada do palco. Agora estava tão perto de mim que eu podia sentir seu hálito de menta vindo no meu rosto. O cheiro do smoking ajeitado como se fosse feito sob medida. O que ele estava fazendo aqui? Não devia estar cuidando de sabe-se lá o que do lado do comparsa loiro dele?
  - Ele está no mesmo lugar onde você estava quando acordou, e vai voltar pra lá assim que dançar pros convidados.
  Ele se aproximou mais de mim depois de responder a minha pergunta, parecia prático como um professor de exatas, mesmo que de matemática não tivesse nada ali. E seus olhos verdes começaram a me cercar com urgência. O que ele estava tramando?
  - Veio me desejar boa sorte ou garantir que não vou cair? - Indaguei, me aproveitando da fraqueza da Anne. Nunca vi uma menina tão atrapalhada como aquela. Era perigoso ela morrer se tivesse que atravessar uma corrida de obstáculos. Com certeza não passaria nem da primeira fase e já iria parar num hospital com traumatismo craniano.
  - Não, sabemos bem o bastante que você não é a Anne, muito menos a Ally. E pelo seu jeitinho de moça está mais do que na cara que você não é a Ágata. Então que bom dar as caras com você Alana. - Tom se aproximou o bastante para pegar meu pulso com as mãos e começar a alisar com o polegar a pele fina do meu antebraço. Estava maravilhado com a ideia? Ou será que ele também era apaixonado pela Anne? Bom se for já pode ir tirando o cavalinho da chuva, as três gostam de outros caras. A Ally tá muito interessada no Wonho e a Anne também, e eu tô ocupada demais pensando no Kook. Se bem que ainda não tivemos tempo de ver qual era a opinião da Ágata. Já faz um bom tempo que a bichinha não sai pra fora. Acho que ela teria mais facilidade de encarar aquele palco do que eu. Se bem que pensando bem a respeito de jovens amores, digamos que a Ágata tenha gostos mais peculiares do que eu e as minhas outras colegas de corpo. O time dela era outro podemos afirmar.
  Senti o coração pulsar assim que pude notar que ela tinha sentido que estava sendo chamada. Busquei na memória uma última vez onde estava o mercúrio. O termômetro quebrado estava no meio dos meus peitos. Escondido como se fosse uma lâmina. Bem o bastante para ser utilizado no pescoço do Tom.
  Olhei dentro dos olhos dele assim que notei que era exatamente 23:59 no relógio de pulso dele. Mal sabia que seu Rolex de prata tinha acabado de me denunciar a hora de começar o show.
  - Bom se não se importa, eu tenho um show pra começar. - Falei, já sentindo o coração acelerado comprimir no peito e a outra começar a assumir meu lugar. Antes de lhe dar a vez fiz o que eu estava ansiosa por um tempo pra fazer. Olhei bem fundo nós olhos de Tom e arranquei o frasco do termômetro quebrado e enfiei no pescoço dele o caco de vidro. Com ímpeto o bastante para fazer o sangue dele espirrar no meu rosto e o mercúrio cair todo de uma vez em sua garganta angulosa.

  Olá leitores, há quanto tempo! Bom depois de muitos pedidos, finalmente me encorajei a voltar a continuação dessa trama maravilhosa de meus queridos professores. Bom como vocês já sabem, e não me xinguem por favor. Vou voltar a postar ela, e votem e comentem, todas as críticas são bem vindas.

Meus Queridos ProfessoresOnde histórias criam vida. Descubra agora