XLII - Ex- Namorada Morta

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Olá leitores, é a Anne ainda, estou chocada em como as coisas acontecem diferentes nas nossas vidas. É engraçado como uns podem ter tanto e outros tão pouco, como se fosse apenas uma questão de escolha, mesmo não sendo.
- É complicado demais Anne. - Tom disse simplesmente e então se aproximou mais, eliminando o pouco espaço que ainda havia entre nós.
- Tom o que você está fazendo? - Perguntei sentindo meu coração acelerar enquanto Tom me rendia, segurando meus pulsos em suas mãos enquanto se colocava na minha frente e olhava no fundo dos meus olhos.
- Você já matou alguém Anne? Sabe qual é a sensação? - Ele indagou, se aproximando mais se é que aquilo era possível, e enquanto nossas respirações se misturavam ele sussurrou na minha maçã do rosto - Sabe como é angustiante olhar nos olhos da outra pessoa vendo ela simplesmente sair do corpo levando a alma embora enquanto o que sobra é um resto que jamais vai se mexer outra vez?
- N-não eu não sei. - Gaguejei tentando respirar, mas estava ficando difícil com Tom em cima de mim, tão perto. Ele colocou a mão no meu pescoço como se fosse começar a me esganar e então eu percebi que tudo que ele ia fazer era colocar uma mecha do meu cabelo para trás. Foi então que no calor do momento soltei a resposta que estava segurando a um bom tempo - Eu sou mais esperta do que você imagina Tom, só sou desastrada e não inocente.
Um doce divertimento passou pelos olhos daquele homem, tirando toda a carranca de sofrimento que vi agora há pouco, e então ele me soltou completamente, se afastando e pondo a cabeça apoiada em uma das mãos que estava escorada em seu joelho.
- Fala como se entendesse a verdadeira essência da vida, mas nós dois sabemos que é jovem demais Anne. Nova demais para ter vivido qualquer coisa.
- Eu não sou nova demais! - Rebati ficando nervosa, era injusto ele achar que eu era tão ignorante assim, tão errado quanto estarmos sozinhos naquele banheiro, comigo usando aquele decote dos botões da camiseta abertos e ele estar sem camisa e com a braguilha da calça aberta enquanto me fitava com curiosidade enquanto seus músculos relaxavam sob aquele homem charmoso e sarado.
Isso não ia ficar assim. Me levantei, me aproximei de novo dele e subi em seu colo. Tom ficou tão surpreso que chegou a tentar se apoiar nos braços, mas tudo que conseguiu foi perder o equilíbrio e cair para trás, me jogando em cima de seu peito musculoso sem querer.
- Anne o que você...?! - Mal teve tempo de dizer e eu já estava na sua boca, roubando um beijo de Tom, que ficou petrificado nos primeiro segundos, comecei a refletir que talvez aquela não tenha sido a melhor decisão que eu já tenha tomado, e que Tom ia me empurrar e me chamar de maluca em poucos instantes, mas uma outra parte minha sofreu e esmagou o coração que havia em meu peito, fazendo minha alma chorar de tristeza e soluçar um sussurro que seria inespressível em palavras...
" Por favor, só por favor Tom, não me negue... Não parta meu coração..."
Tom estava tentando assimilar se eu tinha mesmo feito aquilo, estava perplexo com a minha atitude, e durante aqueles cinco segundos, quando eu já estava decidindo me afastar e desistir porque talvez não fosse tão recíproco quanto eu imaginava, Tom segurou meu quadril com a mão espalmada, até eu conseguir sentir que ele relaxou embaixo de mim e segurou meu rosto com uma das mãos enquanto me beijava de volta.
Os dedos dele se entrelaçam nos cabelos pela minha nuca e sua boca se abriu mais para me beijar de volta.
Ah foi como assistir a chuva de fogos no ano novo! Me derreti de desejo, correspondendo a ele, pedindo por mais com a língua até sentir que ele estava gostando tanto quanto eu. O frio na barriga que me assolou e arrepiou meu corpo inteiro fez eu querer ir mais longe, estava com calor e com vontade daquele homem, queria ele pra mim. Precisava sentir algo mais, quando Tom desceu aqueles beijos pelo meu pescoço eu consegui sentir cada partícula do meus pensamentos se desbotando, o calor se apoderando do meu corpo e um gemido involuntário escapou da minha boca quando ele se voltou para ela.
Tom agarrou ainda mais forte o meu quadril, nos rolando no chão para se por em cima de mim e sua mão desceu para agarrar uma das minhas coxas num aperto firme e decidido. Percebi que era a deixa, comecei a desabotoar minha blusa por completo e a joguei de lado, prendo o quadril de Tom com as coxas enquanto o mesmo rosnava um grunhido na minha boca, quando cheguei no sutiã, os lábios formigando de desejo por mais daquela boca faminta, Tom se afastou na mesma hora, como se eu tivesse o queimado com meu toque.
- Tom - Consegui dizer sentindo o rubor nas bochechas e o calor subindo nas minhas temporas. Conseguia sentir que meu cabelo que antes estava preso agora estava mais armado do que nunca - O que foi? Eu fiz alguma coisa? - Perguntei aturtida sentindo o sangue tilintar nos ouvidos e Tom começou a negar com a cabeça enquanto passava a mão em seus cabelos.
- Não é você. - Quando Tom olhou novamente nos meus olhos, aquela entrega pura e ardente que estava lá havia desaparecido. Substituída por outro sentimento de fúria que eu não conseguia entender. - É a sua idade Anne, cacete onde eu estou com a cabeça! - Tom continuou alisando os cabelos loiros nervoso e eu abaixei suas mãos, voltando para o seu colo. O que o fez se desvencilhar ainda mais rápido de mim. Uma pontada de mágoa amarga o bastante começou a alfinetar o coração que batia forte no meu peito.
- Tom...
- Não Anne! Não! - É errado isso, você é menor de idade, e...
- Eu vou fazer dezoito em questão de semanas Tom!
- Mas esse ainda não é o maior dos problemas! - Negou com a cabeça ficando de pé e eu me levantei indo atrás dele no quarto.

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