The Maid

Revolta

Seus olhos que me julgavam pairavam sobre mim e apesar da forma que ele me decepcionou não consigo ouvir a voz dele e não sentir meu corpo inteiro estremecer, não consigo olhar para ele sem querer ele para mim mesmo sabendo o quanto isso era impossível.

Jay - Você não vai dizer nada?

Ele se aproxima de mim e eu estava completamente imóvel, eu queria fugir dali e não olhar mais na cara dele, mas a forma que ele me olhava enquanto se aproximava e a forma que seu perfume chegava até mim antes mesmo que ele o fizesse, me deixou com as pernas bambas. Ele agora estava a poucos centímetros do meu rosto e seus olhos focaram em meus lábios enquanto eu fazia o maior esforço para não me atirar nos braços dele. Eu podia sentir a sua respiração e meu coração estava acelerado de uma forma que só acontecia quando ele estava por perto.

Jay - Eu pensei que você gostasse de mim...

Seus olhos se encheram d'água e eu só queria gritar para ele o quanto eu gostava dele, mas eu precisava preservar um pouco do meu orgulho.

Jay - Bem, não é a primeira vez que eu me engano com alguém...

Ele parecia decepcionado, mas a única que realmente se decepcionou nessa história fui eu. Ele deu de ombros e eu percebi que ele estava se segurando para não chorar. Ele estava tentando agir como se eu tivesse o magoado, e não ao contrário, ele coloca as mãos nos bolsos da calça abaixando a cabeça e me dá as costas andando em direção a casa.

S/N - Você não tem o direito de fazer isso!

Quando eu finalmente consigo falar, as lágrimas que com muita dificuldade eu pensei que tinha conseguido afastar se fizeram presentes e já rolavam pelo meus olhos sem pedir permissão. Ele se vira para mim e vi um lágrima rolando pelo seu rosto perfeito que fez eu querer consolá-lo sendo que eu era quem precisava de consolo depois de ter visto ele na cama com ela.

Jay - Eu sei...

Sua voz estava embargada e ele bagunçou o próprio cabelo, depois abaixou a cabeça como se confirmasse o que eu estava dizendo.

S/N - Você não pode me lançar esse olhar acusador, não pode dizer que eu superei rápido, não pode julgar a forma que eu escolhi colar os cacos do meu coração que se partiu em mil pedacinhos quando eu abri aquela porta hoje.

Jay - Eu sinto muito...

S/N - Não, você não tem que sentir muito. Você estava em um momento vulnerável ontem e eu deveria ter pensado melhor antes de te beijar, mas eu não consigo raciocinar quando você está perto! Então eu não te culpo por isso... Não te culpo, pois você nunca escondeu seus sentimentos, fui eu que mesmo sabendo disso me arrisquei. Fui eu que te quis tanto que passei por cima dos meus princípios para poder te ter perto pelo menos uma vez. Então eu não te culpo, mas você também não pode me olhar assim, não pode dizer que eu te superei porque sendo sincera eu nem sei como fazer isso...

A forma como ele me olhava me dava vontade de correr para seus braços, ele parecia uma criança perdida, parecia estar tão magoado quanto eu e eu não podia entender porque ele estava me olhando daquela forma.

S/N - Eu nem sei como e nem se eu vou conseguir te superar...Mas por favor Jay...

Eu fecho meus olhos tentando conter o nó na minha garganta que deixa minha voz trêmula ao falar.

S/N - Me deixa tentar...

Eu falo em tom de súplica e ele confirma com a cabeça por alguns segundos, ele pareceu pensar um pouco e começou a negar com a cabeça vindo na minha direção, ele pegou meu rosto em suas mãos e uniu nossos lábios em um beijo tão intenso que me fez perder o fôlego logo no começo. Eu não podia e não sabia como afastá-lo, sentir o gosto dele era tudo que eu mais queria desde que o vi pela primeira vez e apesar de ter beijado ele anteriormente eu sentia como se o estivesse beijando pela primeira vez, o jeito que meu coração disparava e o meu estômago gelava de uma forma que me fazia tremer quando ele se aproximava, me fazia sentir como se eu nunca tivesse beijado outra boca antes. Ele fazia tudo que eu já senti por qualquer outra pessoa parecer insignificante, como se nunca tivesse acontecido, como se ele apagasse as memórias de outros beijos e agora somente ele reinasse meu pensamento. Ele exigia cada vez mais dos meus lábios, entrelaçava seus dedos pelos meus cabelos aprofundando cada vez mais o nosso ósculo, ele desceu suas mãos pelo meu corpo levando a mesma a minha cintura colando seu corpo no meu de uma forma bruta, urgente e febril. Ele desceu suas mãos até a minha bunda e a apertou de uma forma que me fez ficar de pernas bambas, senti seu membro duro colado em mim e delirei. Ele separou nosso beijo lentamente mordendo meus lábios devagar e nossas testas permaneciam coladas.